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[00:08:19]

Estamos ao vivo. Estamos ao vivo, funcionando. Salve, salve família! Boa noite! Começando mais um slider cast aí na sua residência. Já deixa o like, se inscreve no canal, manda pra geral, Já faz aquela pipoca que hoje vai ser que nem filme filho, Hoje vai ser foda. Desliga a luz da sala, pega um cobertor que já tá esfriando e bota até no fone de ouvido. Liga o celular, Liga a televisão. Liga a TV do quarto que o bagulho hoje vai ser louco, certo? Boa noite.

[00:08:51]

Bom dia, boa tarde, boa noite a todos os meus amigos. A família. Pessoal do WhatsApp já sabe né? Motorista de aplicativo O pessoal que recolhe lixo todo mundo.

[00:09:03]

Os cara que coveiro.

[00:09:07]

Hoje Coveiro.

[00:09:11]

Tem mais. Florista?

[00:09:12]

Florista.

[00:09:13]

Tanatopraxia. Empreiteiro. Empreiteiro. Pedreiro. Escuteiros. Cara que.

[00:09:20]

Punheteiro?

[00:09:23]

Punheteiro Também.

[00:09:24]

Punheteiro também. Pô!

[00:09:26]

Ator pornô Todo mundo, mano. Abraço pra vocês, caralho! Hoje a tiazinha recebeu uma mensagem muito foda, mano. Tiazinha Não. Ela vai ficar triste. Tiazinha Mas, mano, recebi a mensagem. Muito da hora, mano. A mulher. Mulher Nosso.

[00:09:41]

Público.

[00:09:42]

Nosso público não tem 12 anos, 13 anos. Nosso público vai desde 18 até 50, 60, 70. E hoje a mulher mandou a mensagem lá para mim e falou Danilo, eu não sei se você vai responder ou não, mas mano. Ano passado perdi a minha mãe. Foi uma das piores dores da minha vida e de lá para cá eu conheci vocês pela Josy.

[00:10:04]

Se eu tivesse o telefone já tinha pego o nome dela.

[00:10:05]

Conheci vocês pela Josy. Eu te mandei aqui.

[00:10:08]

O mandou, mas não tô conseguindo acessar.

[00:10:10]

Mas só o nome dela. Vamos falar o nome dela que é a Daniela.

[00:10:14]

É isso.

[00:10:14]

Conheci vocês pela Josy e eu só não caí numa depressão por causa de vocês aí, certo? Então, de lá para cá, o meu meu passatempo é assistir vocês aí dar risada o caralho. Então, Daniela, obrigado. Aí, tamo junto. Isso daí só só deixa a gente mais feliz pra fazer essa porra aqui todo dia e saber que vocês gostam como se fosse um jornal, uma novela e a porra toda.

[00:10:40]

Recebo também vários aí no Recados aí no Instagram o pessoal fala que tava passando por uma depressão, começou a assistir, a gente começou a curtir, começou a sair da depressão, né? Tinha momentos de alegria ali quando estava assistindo a gente. E a gente quer isso aqui, nosso podcast aqui. E primeiro ele quer exaltar as forças de segurança e segunda a gente faz isso de um modo legal, leve, divertido, tira um barato Na zoeira é assim, senão.

[00:11:09]

Vira um jornal nacional. William Bonner. Deus me livre, Guarde aqui, tá mais pro Ratinho. Boa. Vai pro Ratinho, Ratinho.

[00:11:17]

Aquele programa do Jô, aquele que faz lá no Siqueira Siqueira também. A gente entende tudo, filho.

[00:11:23]

Hoje nós vamos ter aqui, ó o bagulho que vocês gostam. Vocês não vão precisar falar contra algo aí sobrenatural, que hoje vai ser só bagulho louco. E a galera que faz os cortes aí se prepara e marca. Nós hoje estamos aqui com Tiago do de Souza.

[00:11:41]

O que.

[00:11:42]

Te assusta? Seja bem vindo! Valeu galera da boa noite pra geral ali na sua câmera ali. Boa noite.

[00:11:48]

Pessoal! Tudo bem? Vamos lá.

[00:11:50]

Vamos lá, Thiagão, bater aquele papo ao vivo?

[00:11:53]

Mais ou menos, né? Bem ao vivo ou não?

[00:11:57]

Um beijo aí pra Antonela Santos. Tá assistindo a gente lá de Portugal? Valeu, Antonella. Curte a gente aí. Hoje vai ser top!

[00:12:04]

Temos a história legal de Portugal, mas eu fiz um quando teve o Pô, nem me apresentei. Mas só para não perder. Antonella e Antonella vamos chamar mais gente para ver lá de Portugal. Quando eu fiz os fantasmas imperiais no. No ano do bicentenário da Independência do Brasil, eu peguei um livro que chamava Fantasmas de uma Portugal de uma Portugal Antiga. Agora não lembro. A Vanessa Fidalgo a a escritora. E lá ele contava várias histórias de assombração de Portugal. E é engraçado que algumas são parecidas com as nossas. Assim é Portugal, País antigo. Antigão também, né? E onde tem coisa velha tem fantasma.

[00:12:48]

Com certeza a Antonella curte que a gente aqui.

[00:12:51]

Aqui tem uns três fantasmas. Ai cara, que foi ontem que me meteu lá, que o cara falou como é que era, mano? O cara falou que eu falei que tinha um velho.

[00:13:06]

Ah, é? Para para velho, para velho. Para grade. Tem o para grade, o para não sei o que leve e para pente tem o para gordo e o para velho.

[00:13:20]

Ai carai, não é o não é o que te assombra, é o que te assombra, é o que te.

[00:13:25]

Assombra e o que.

[00:13:26]

Te assombra. Caraio, falamos certo, Porra! O Thiago do O que te assombra? Da onde vem esse nome, irmão? Por que? O que te assombra? O que Que que? Como começou tudo isso, irmão?

[00:13:36]

Se apresentar. Meu irmão.

[00:13:38]

Sou Tiago.

[00:13:40]

Apresentaram Tiago que tinha sombra.

[00:13:43]

Mas o pessoal quer saber.

[00:13:44]

Quer saber, Quer saber? Quer puxar a capivara? Beleza. O que te assombra, na verdade é um projeto meio terapêutico meu assim. Porque eu hoje eu consigo elaborar melhor tudo, tudo isso, né? Mas assim, eu tive uma. Minha sogra morreu de câncer e foi um negócio muito maluco para gente. E aí a gente, faltando três semanas assim da morte dela, falou Não precisa ficar triste não, tá tudo bem resolvido e tal. Mas é um papo, mas é a vida.

[00:14:13]

Aí perdi minha mãe com câncer.

[00:14:15]

Então e aí a gente e aí ela, a gente optou lá na época por cuidar do paliativo e foi muito bom, foi muito legal, foi muito humano. Assim, ela teve o contato da gente até o fim. Não precisou ir para uma UTI. Foi um negócio.

[00:14:28]

Ela era nova, ela.

[00:14:30]

Tinha 60 anos, bem nova, nova, mas.

[00:14:33]

Ela sabia que.

[00:14:34]

Sabia tudo. E então, quando? E esse é o momento, Esse é o momento muito louco da nossa existência. Quando você fala Bom, acho que eu agora vou morrer mesmo, porque todo mundo sabe que vai morrer, mas a gente não sabe quando. Nem sabe no horizonte quando esse momento vai acontecer. Quando você tem uma doença? Quando você tem uma. Quando você tem uma doença grave e se aproxima desse momento, é muito foda, né? E aí ela entrou. A gente optou por cuidado paliativo e aí eu achei muito louco aquela experiência, porque foi uma situação tão humana que eu sempre falo que quando eu cheguei estava todo mundo tomando sorvete de limão porque o cunhado dela levava sempre sorvete para ela. Ela já não conseguia deglutir, então passava o sorvete na boca porque era docinho, geladinho. Ela não conseguia beber mais água, estava hidratada, aquela coisa. E aí foi tão leve esse momento, apesar da dificuldade que eu achei aquilo muito imagético. Aí eu comecei a estudar um lance que é cuidado, paliativo e eu fiz um vídeo, fiz um filme, na verdade um doc com a.

[00:15:40]

Com a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp sobre ensino de cuidado paliativo na Faculdade de Medicina. E nesse vídeo eu descobri e nesse nesse estudo meu também. Até para fazer o roteiro do roteirista também, eu acabei entendendo que a gente tem quatro dores, né? Quatro domínios das dores humanas física, social, psíquica e espiritual. Espiritual não é religiosa necessariamente, mas que a gente dialoga exatamente com o inexplicável, né? Muito bem, Fiz esse filme em 2000, captei esse filme. Em 2018 eu fui fazer, fui terminar ele só em 2023, mas dentro desse processo, entende? Isso passou um pouco. A gente viveu a pandemia, aquela puta loucura, a gente morrendo para caramba. E aí eu perdi uma tia de convívio e aquilo também mexeu muito comigo, até porque eu tenho um pai idoso para a gente. A gente assistiu a transformação de pessoas em números, pessoas em estatística. Isso é muito, muito. Para mim foi foda, porque a gente se acha especial, né? Cada um aqui se compreende como um ser especial.

[00:16:49]

Quer dizer, qual a razão de você estar aqui? Tem essas. E aí eu. Porque eu precisava arrumar um jeito de negociar com a morte. Era essa a ideia mesmo? Bom, como é que eu vou colocar esse assunto no meu cotidiano sem que isso fique me consumindo? Me deu muito medo a ponto de eu não conseguir fazer mais nada de pirar nesse bagulho, cara. Que é muito difícil E tava ali, né? A gente acha que nunca vai.

[00:17:15]

Acontecer com a gente.

[00:17:16]

Entendeu? A gente não sabe, né? E aí eu comecei a consumir muito conteúdo disso. Então, história de assombração no podcast, lendo livro, assistindo filme, não sei o quê. Tudo naquele período meio de 2021. Tudo meio fechado ainda. E aí eu decidi junto, depois de ler um livro do Gilberto Freyre que chama Assombrações do Recife Velho, eu resolvi fazer o mesmo processo que o Gilberto Freyre fez no Recife, em Campinas, porque eu sou de Campinas, estava em home office em Campinas e aí eu queria. Eu procurei as histórias da minha cidade e não achei. Não existia uma coisa organizada, um pouco. Era ouvir todas as histórias de Campinas. Não tinha isso. São Paulo é fácil de achar. São Paulo você tem já isso há muito tempo. Lá não tinha. E aí eu peguei e fiz o quê? Chamei mais alguns amigos e a gente criou um canal e colocou na internet. Mas para mim não tinha graça nenhuma. Internet mais um cara contando histórias, assombração. Então eu decidi Eu não tenho formação nenhuma de turismo, mas eu decidi levar as pessoas nos lugares onde aquelas histórias eram relatadas, a maior parte delas na parte velha da cidade, então no centro da cidade e, claro, no cemitério.

[00:18:26]

Como o passeio era meio caótico, eu fazia no centro da cidade de carro. É caótico, não tinha ideia. E todo mundo de carro para. Imagina, Puta loucura, velho, porra, nego levando multa, entendeu, porra? E se perde no caminho. Onde tá? Xinga? Bom, te falo. Bom, vamos fazer o seguinte passeio a pé. Meus passeios são todos de graça. Passeio a pé no centro. Passeio a pé no cemitério. E aí a gente criou e eu comecei a estudar o cemitério. Para além das histórias de assombração que eu achei demais, porque foi o reencontro com aquele, com aquelas histórias que eu, com aquelas lições que eu tive quando estudei. Cuidado paliativo porque o cemitério é o lugar que a gente vive. As dores humanas todas. Física, psíquica, social e espiritual. Então a gente vive tudo isso no cemitério e a gente vive isso num arco muito maior. A gente sabe que em São Paulo, o cemitério mais antigo público de Santo Amaro, a gente tem o Cemitério de Parelheiros, que é de 1829, que é o primeiro cemitério daqui mesmo.

[00:19:36]

Então a gente vive isso num arco mais do que centenário, quase bicentenário, se levar em conta o cemitério de Colônia de 29, então quase de 200 anos. Então a gente entende muita coisa que aconteceu e que acontece É que nessa espiral a gente vai vivendo, às vezes repete, às vezes resolve. E Mas está tudo lá. Isso que é a parte mais legal, é isso. Então, lá a gente tem grandes histórias, grandes tragédias, grandes injustiças.

[00:20:09]

Brigas, tudo, tudo crimes.

[00:20:12]

Vocês são policiais. Você tem os crimes, os crimes históricos, os crimes midiáticos. O resultado disso tudo está lá. Então o cemitério. E aí? Como que eu me interesso disso do ponto de vista narrativo? Eu, ao invés de muita gente assim, tem muita gente que faz isso há muito tempo. Grandes pesquisadoras, grandes pesquisadores. Mas a maior parte dos passeios era sempre segmentado. Então o cara ia fazer um passeio no cemitério sempre para ver a parte artística do cemitério. Então, o que era o Cemitério da Consolação, que talvez seja o exemplo mais presente no consciente das pessoas? Cemitério da Consolação tem um acervo artístico monumental, importante Esculturas, capelas, mausoléus, os túmulos, os personagens da cidade. Então você tem um monte de gente lá da Marquesa de Santos, Luiz Gama, os modernistas. Tá tudo lá. Então é, mas eu acho, eu achava muito. Eu queria de segmentar para falar em uma experiência, tudo que é possível ser dito para todo mundo. Então, uma criança que acha legal história de assombração.

[00:21:25]

Ela vai escutar uma história de assombração junto com a história de um personagem da cidade, junto com a história de um grande trauma da cidade, junto com uma história de um escultor, de uma família de industriais, da pessoa mais simples que foi enterrada lá, da milagreira, etc. Então, o grande lance para mim, eu acho que talvez seja o que seja diferente do que a gente faz, é propor tudo de uma vez, tudo numa hora só. Então, duas horas é pouco. As pessoas vão ter contato com todos esses assuntos.

[00:21:55]

Milagre? Milagre.

[00:21:57]

Eu sou apaixonado do cemitério. Milagreiro de cemitério. Cara, sua paixão chegou lá.

[00:22:03]

Juntou tudo isso lá na cabeça. E aí hoje você vai e sai falando pra galera, contando histórias.

[00:22:11]

A gente vai lá com mais de 100 pessoas e.

[00:22:13]

Falar agora vou mostrar pra vocês a milagreira do cemitério.

[00:22:16]

Se a gente conta, vamos lá. Cemitério da Consolação Marquesa de Santos conta a história toda dela, inclusive que ela foi.

[00:22:23]

Eu não sei nem quem é.

[00:22:24]

A Marquesa de Santos foi a esposa de Tobias de Aguiar.

[00:22:29]

Mas ela não teve um.

[00:22:29]

Pança como teve antes com Dom.

[00:22:32]

Pedro, com Dom.

[00:22:32]

Pedro. Exatamente. Ela era amante do Dom Pedro e foi esposa. E foi esposa de Tobias de Aguiar.

[00:22:38]

Ela devia ser fodona, né, meu caralho?

[00:22:41]

Dom Pedro e Dom Pedro.

[00:22:43]

Dom Pedro chegou nela e.

[00:22:45]

Força pública, caralho! Caralho!

[00:22:48]

Mulher era foda! Vou dar um recadinho pro cara que ele falou Quanto eu cobro pra uma casa de dois cômodos? Se for com a sua mãe, eu vou de graça. Beleza, Eu e sua mãe. De graça. Beleza. E o que é o Tiago? Astolfo?

[00:23:04]

É isso aí, irmão. E vamos voltar agora. Antes de você começar a contar as histórias.

[00:23:09]

De assombração.

[00:23:10]

Vamos voltar na sua sogra. Como é que foi isso daí? Ela faleceu. Isso aí.

[00:23:15]

Foi. Então foi isso. Na verdade, foi muito modificativo. Por isso, cara gente.

[00:23:20]

Vocês conseguiram fazer um jeito diferente. Foi o jeito, foi boa, foi um.

[00:23:24]

Jeito que foi mais humano, porque a gente ficou presente com ela até o último momento. Se você não escolhe certos protocolos, por exemplo, quando a gente chegou no hospital, como ela tinha? Ela tinha ainda um tempo que ela tinha condição. Ela escolheu, ela escreve. A médica escreve uma carta. Lógico. A médica também assina e ela assina que ela não quer, Por exemplo, quimioterapia também, mas, por exemplo, ressuscitação. Ela parou. Se você não fala que você não quer, o cara tenta te reanimar. Eu sou um.

[00:23:56]

Cara que eu sou. Eu sou a favor da eutanásia, cara. Eu sou a favor.

[00:24:00]

É uma. É uma. É uma. É um debate, É um debate.

[00:24:03]

Grande, porque é igual a sua sogra estava nessa situação paliativa, um câncer cara que tem. Tudo bem, pessoal, fala. Os religiosos falaram Ah, mas Deus pode tudo. Beleza. Deus é todo poderoso. Ele pode tudo. mas tem certas situações que ele fala assim ó, eu não vou atuar aí.

[00:24:20]

É um debate, é um debate.

[00:24:22]

Eu sou a favor.

[00:24:23]

Mas aí que tá agora, só para avançar esse lance da religião. Eu não acho que isso seja nem culpa, nem porque parece que é uma coisa que fala assim Deus está me abandonando. Não, não é. É da vida. É natural a morte. A morte, principalmente a doença, Não é uma. Não é uma pena para alguém, não é uma. Você não está porque você morreu. Deve ter alguma razão. Não é porque é o curso da vida. Infelizmente, isso acontece. Pode acontecer com a gente. Novo. Você tá fumando, né? A gente faz escolhas na nossa vida que às vezes eu gosto de um torresmo. Até sete anos atrás era louco pra caralho, bebia pra cacete.

[00:24:59]

Vou parar pra pensar assim, irmão, é isso. Mas é por isso que morre.

[00:25:03]

Quer dizer.

[00:25:03]

O cara.

[00:25:04]

Porque é exatamente cara, É um.

[00:25:06]

Bagulho. É melhor nem pensar. Imagina a vida.

[00:25:09]

E é porque você vê Poxa, deu Deus. Você pensa Deus não estava com a gente, viveu essa tragédia com a criança estava no avião que não tem nada a ver. Então é um debate e um debate.

[00:25:20]

O homem tem um livrão?

[00:25:21]

Ah, tem.

[00:25:22]

Eu penso assim. Eu penso assim. O homem tem um livrão. Deu zero hora. Ele vira aquela pá. Quem tiver naquela página ali, meu irmão vai sofrer um acidente de moto. Vai ser, vai tomar um tiro, mas vai. O motivo da morte é só um motivo. Mas ele tava na página.

[00:25:37]

O propósito é ultrapassado.

[00:25:39]

O cara morreu. O cara morreu. Sabe como você fala? Aí também você pega e fala assim também, né? Falou, irmão. Peraí, né, mano? Deus! Deus não ia te levar essa hora, né mano? Você também é cabaço mano? O cara ficou dois dias sem mijar porque quis que ele quis.

[00:25:56]

Ô louco! Entendeu?

[00:25:59]

E aí a mulher foi fazer autópsia nele. Lá. Abriu a urina. Abriu a bexiga dele, mano, a bexiga dele é gigante, assim ó. Dois litros de urina.

[00:26:08]

Não tem um cara lá nos Estados Unidos que ficou não sei quantos semanas comendo só. Só fast food. Só fast food.

[00:26:14]

O filme chama Super Size Me.

[00:26:16]

Então aí depois ficou todo fudido, todo.

[00:26:19]

Demorou uns anos e morreu. Agora há pouco tempo morreu. Morreu mesmo por causa disso.

[00:26:24]

Mas morreu por causa disso. Teve uma coisa.

[00:26:28]

Só. Se teve, só se ele fez até o filme cinco disso, né?

[00:26:31]

Mas todo dia que eu levanto, eu agradeço a Deus por esse dia.

[00:26:36]

Eu assim, eu não sou religioso. Eu tenho uma. Sempre me confundo com tudo, me confunde. Eu pego sempre o que é mais legal de cada religião e o que não é bom. O que não me serve, eu deixo quieto. Deixa quieto porque não Acho que até hoje nada, nada me arrebatou de forma integral. Porque eu sempre questiono. Eu gosto de questionar também.

[00:26:58]

É foda também, mas eu.

[00:26:59]

Acho isso que é legal. Esse é um debate importante, cara. Quer dizer, da eutanásia. O cuidado paliativo não tem nada a ver com eutanásia, porque a pessoa é cuidada. Na verdade, é uma morte natural. E a pessoa ela vai, Ela vai recebendo todo o cuidado possível da família, da família, dos médicos. Não é que larga mão. Então ela tinha dor. Ela tinha dificuldade de respirar. Ela tomava os remédios que aliviavam isso, que tranquilizavam. Ficavam mais confortável possível para a hora que Deus quiser, para quem acredita levar ela. E daí? Mas é isso. Então, por exemplo, não tem ressuscitação. Se ela morrer, ninguém vai tentar. Tá bom. Era isso. Não vai ter. Então, eu acho um processo muito bonito, uma coisa que a gente tem dificuldade de falar. Exatamente por isso, todo mundo luta muito pela luta, muito pela ideia de manter a vida a qualquer custo, né? Então, mas esse foi um lance que para mim foi importante, mas bem, por conta daquilo que eu te falei, isso faz você enfrentar as dores do ser humano, então eu não sei.

[00:28:02]

E no cemitério a gente também assiste isso. Por isso que eu faço esse paralelo com esses dois momentos. Cemitério é um lugar muito louco. A gente tava falando com amigo meu. Só para contextualizar, a gente estava e uma uma pesquisadora tinha sido chamada para fazer um curso para o concurso de receptador de coveiro numa cidade. E aí não existe referência para fazer um curso, porque lógico que tem lá os. Tem os temas básicos português e tal, mas tem um que é muito específico sobre o tipo de conduta que você precisa ter lá dentro de um cemitério. No processo de sepultar, por exemplo, o coveiro, ele não é. Ele não é instruído a dizer bom dia para as pessoas. Eita! É porque não é um bom dia, cara. Quando você está sepultando uma pessoa, bom dia, você tá lá para aprender.

[00:28:52]

A sua mãe está morta. Você não está sendo sepultado com Bom dia. Bom dia, seu cu. Entendeu?

[00:28:58]

Não existe isso. Então assim. Mas não existe esse esse código que você possa fazer um concurso. Parece uma coisa boba, mas é tão óbvio que você não fala pô! Você tá no meio. Você tá no velório?

[00:29:10]

No curso pra ele.

[00:29:11]

Então a gente tava discutindo exatamente isso, que não existe ainda uma referência integral sobre isso, como fazer tal. E porra, você pensar que a gente enterra a gente desde que o mundo é mundo. Como é que você não tem até hoje? É porque a gente não fala da morte, cara. A gente não fala desse momento porque eu sempre vou.

[00:29:30]

Oferecer plano funerário, né, mano? E a minha.

[00:29:33]

Avó morreu agora o fim do ano.

[00:29:35]

Plano pra mim.

[00:29:35]

Minha mãe pagava. Minha mãe paga um.

[00:29:38]

Uma parceria com a assessoria funerária.

[00:29:40]

Aí minha mãe, minha mãe, minha mãe tinha um plano. Minha avó morreu faz, sei lá, seis meses. Cara, é a hora que morreu. Você tem um plano, Os caras cuidam tudo. Tudo para você é a coisa mais maluca. A gente chegou lá para ver minha avó vestida com a roupa que ela tinha escolhido, a tal doentinha, já com a roupa que ela tinha escolhido, o velório. Cara, não precisou se preocupar com nada ao mesmo tempo. Se você não faz isso, pô, cara, tem gente que às vezes tem que comprar terreno, tem que fazer não sei o quê. Tem que ir lá buscar o carro agora.

[00:30:16]

Agora os cara tem um negócio de de.

[00:30:20]

Assistência.

[00:30:21]

Assistência funeral, que até para os PET tem. E as pessoas é o Pet, entendeu?

[00:30:27]

Esses dias eu fui, cara. E você fala Você acha que isso é de hoje? Esses dias. Amanhã é dia 21 de. E ao vivo. O dia 21 ao vivo amanhã, dia 21 de agosto. Amanhã faz 70 anos o Ibirapuera. No Ibirapuera existia o primeiro cemitério de cachorro de São Paulo dos anos 20. Então já era uma preocupação mais de 100. Existia mais do lado do portão cinco, existiam mais de 100. Tudo Túmulos de cães ainda tem. Hoje ainda tem dois.

[00:31:01]

Dois túmulos só tem deixaram remanescente.

[00:31:03]

Histórico. Mesmo assim eles foram. O pessoal fala que eles foram desmobilizados e levado para outro lugar quando começou o parque. O parque acho que é de 54.

[00:31:12]

Mobilizado Porra nenhuma. Tiraram a parte de cima.

[00:31:15]

Mentira, lógico. Já era. Também acho. Mas. Mas você vê que essa era uma preocupação dos anos 20. Cara.

[00:31:22]

Hoje em dia isso aí tá muito na moda, cara. Negócio de pet. Mano, Todo lugar que você vai, você tropeça e cai dentro de um pet e pet. Não sei o que é pet, não sei do quê.

[00:31:30]

A galera gasta muito dinheiro.

[00:31:32]

Gasta. É uma preocupação também na hora de. Igual meu irmão tinha uma uma gata lá que ela tinha 215 anos, a gata dele lá, aí morreu. Aí ligaram lá pra ele que ele tá separado da esposa. Ligaram lá. A gata morreu, foi lá. Aí falou que pagou 180 pau pra cremar, né? Eu falei porra, mano, tivesse me dado esse 180 pau, eu levava ela qualquer. Aqueles caçamba de entulho e deixava ela lá. Fazia uma né? Vai com Deus. Teve uma vez que eu não.

[00:32:01]

Consegui enterrar um cachorro que eu gostava muito. Sério. Meu cachorro morreu no veterinário e eu não tinha um puto no bolso, mano. Cara, eu falei mas ele vai ficar vivo. Falou Tá tentando na madrugada? Deixei ele lá. Falei Não pode ir embora que ele não vai tentar levar, operar. Ele pode ir embora. Não adianta ficar aqui. Falei Demorô. Falei Mano, pelo amor de Deus, salve meu cachorro! Mano, O cachorro morreu. 04h00 esse cara me liga. O cachorro morreu. Vem aqui ver o que você vai fazer. Preciso acertar aqui. 3.000 R$.

[00:32:28]

Puta que pariu!

[00:32:30]

Falei. Você acha que eu vou te pagar 3.000 R$ pro meu cachorro morrer? Tchau. Nunca mais nem vi cachorro chorar. Chorei pra caralho. O cachorro ficou lá. Nem fui lá, nem fui, porque senão como é que ia pagar as três contas? Mas foi foda. Chorei, mano.

[00:32:48]

Ficou triste pra caralho. Mas não ficou triste por causa dos 3000, não.

[00:32:52]

Não tinha como. Não tinha onde arrumar.

[00:32:55]

Logo, logo eu vou jogar numa parceria minha aí com assistência funeral.

[00:33:01]

Irmão. Vamos lá. Vamos, Vamos para o que interessa.

[00:33:03]

Vamos lá.

[00:33:04]

Vamos lá. Começa aí, mano. Que que dá? Onde? São Paulo?

[00:33:09]

Sabe que.

[00:33:10]

Não. Qual que é o cemitério de São Paulo, que é mais assim? Que você gosta mais de ir? Que tem mais emoção, mais história?

[00:33:18]

Eu acho que cada um tem um atrativo legal. Os que eu, os que eu faço mais que assim que eu domino completamente é a necrópole. São Paulo fica em Pinheiros e o Consolação. Esses a gente faz passeio, eu falo dominar, porque se você me largar agora lá e falar onde é que é? Não sei o que eu acho. Eu sei onde tá, eu sei onde tá tudo. Consigo levar as pessoas com segurança nos nossos passeios. Todo mundo. Mas poxa, eu conheço todos, acho todos assim e depende muito do que e do propósito que a gente vai. Então assim, o Cemitério da Consolação tem três histórias que eu acho que são mais legais, porque a gente vai fazer hoje aqui de contar a história de de assombração, né? Então você tem uma história de um coveiro fantasma que é. Tem o mausoléu da família Matarazzo, que é o maior da América Latina. E o pessoal diz que no sepultamento de uma familiar dele, o coveiro teve um mal súbito, infartou e morreu durante o sepultamento.

[00:34:16]

E aí a galera fala que quando você vai lá atrás de algum túmulo que você está procurando e não está, não vai conseguir achar não. Ou não sabe onde está? Você toca seis vezes o sino do da capela e o coveiro é o coveiro fantasma. Para quem é mais sensitivo, aparece e te ajuda. Ou então você misteriosamente a encontra o túmulo. Eu, como sou cagão, eu vou na administração e pergunto Quer melhor?

[00:34:49]

Melhor? Melhor? Porra.

[00:34:51]

Você tem coragem de ir lá tocar o sino?

[00:34:54]

Eu toco e cancelo.

[00:34:57]

Dim dim, dim, Dim, dim, dim não.

[00:35:00]

É nada.

[00:35:01]

Pior. Ele fica atrás de você, depois na melhor vai resolver lá também. Lá tem o que eu falei da Marquesa de Santos também, que tem uma história de aparição da Marquesa de Santos lá. Mas a Marquesa de Santos tem uma história interessante, inclusive com Tobias e Aguiar, porque ela morava no Solar da Marquesa, ali embaixo, perto do pátio do colégio. E agora, né? Já no nosso tempo aqui, houve uma reforma. E a amostra? Fizeram uma amostra sobre itens pessoais dela. Que banheira? Até hoje acho que continua lá. E aí na reabertura, na casa dela, do lado da casa.

[00:35:41]

Virou tipo museu, virou o museu.

[00:35:43]

Dela, o Solar da Marquesa. E aí é porque ali também ali é um complexo antigo, O pátio do colégio onde nasceu, o povoamento que virou São Paulo também tem um complexo de segurança importante ali, né? E aí a galera saía da saia dessa amostra e cumprimentava. Parabéns pela amostra, muito bonita! E que idéia boa de vocês de contratarem um ator e uma atriz para fazer as vezes da Marquesa de Santos, de Tobias de Aguiar. Aí a galera da amostra fala mas a gente não contratou ninguém. E aí eles apareciam para um monte de gente lá dentro da casa onde eles viviam. E a galera? Essa é uma história. O professor Paulo Rizzo, que é historiador, que conta essa história do encontro, essa.

[00:36:30]

História também, esse bagulho, irmão. Porque?

[00:36:34]

Você não acredita.

[00:36:35]

Eu não desacredito mais. Eu desacreditava. Até eu ver uma foto. Até eu ver uma foto de um casal de amigo nosso com veio atrás. Na casa que ela morava.

[00:36:48]

E o velho não tava no momento.

[00:36:49]

O velho tinha morrido lá. Porra, era pai da dona da casa que morreu lá. Mocotó. E você não acredita, né? Tá ligado? O cara chega e fala assim mano, um amigo meu, tio, tirou uma foto lá. Nunca vi a foto. E esse daí era um casal de amigo nosso.

[00:37:06]

Vou mandar.

[00:37:07]

Ficou doido? Ele não. A mina ficou doida. A gente saía junto. Ela já era mais tiazona, né, mano? Mas era mais novo, ele era mais tiozão. E aí, mano, essa mina parou de sair com a gente. Aí a gente começou a perguntar o que tá acontecendo que ela não sai mais fumando? Ela tá com aquela parada que vira dupla personalidade. Como é que é o nome? É bipolaridade? Ela tá bipolar, mano. Aí tá passando no médico. Aí a gente foi lá visitar ela. Aí o marido dela chegou e falou Mano, senta aí que eu vou explicar pra vocês o que aconteceu. Pegou a foto, falou Vocês estão vendo essa foto aqui? Vocês cara aí, quem é sua mãe? Seu pai falou Não. Esse daqui é o antigo dono da casa. O que que tem? Só que ele já morreu faz não sei quantos anos e tava na rua. Ele tá aqui.

[00:37:51]

Está com seu WhatsApp aí. Abre aí.

[00:37:53]

Aí ele pegou e falou Ela viu a foto. E depois que ela viu a foto, ela começou a ficar em cima.

[00:37:59]

Ai, mano!

[00:37:59]

Você acredita, mano?

[00:38:00]

Abre aí e não sei se você pode por na tela para a galera. Eu vou te mostrar algumas. Essas são fotos que tiraram quando eu estava fazendo um passeio com a galera. Então não é que foi lá para fotografar? Nada disso. Mas essas são fotos, tentar conectar.

[00:38:16]

O Johnny Veiga mandou dois. Não é dólar. Como é que é em Portugal que é euro? Euros. 2 €. Assisto você sempre que posso. Abraço de Portugal. Valeu, meu irmão. Obrigadão, hein?

[00:38:29]

Que porra é essa?

[00:38:30]

Também não sei. Mas pega a outra aumentada. Essa aí dá para você Consegue aumentar aí, né?

[00:38:36]

Ah, mano, vai tomar no cu. Se isso não for montagem, não é?

[00:38:42]

Puxar a câmera só.

[00:38:43]

Dá um zoom, só dá um zoom aqui do lado, aqui ó, tem um botãozinho na lente mesmo na lente.

[00:38:51]

Não parece uma. Parece uma mulher. Espera aí. Vai lá, vai lá.

[00:38:56]

Mano, Parece sim. E com certeza é uma silhueta.

[00:38:59]

Não parece uma silhueta, né? Essa a gente tirou lá. Essa quem tirou.

[00:39:05]

Foi.

[00:39:05]

Um. Foi um amigo que foi no nosso rolê lá no Cemitério da Consolação e tirou lá. Tem mais algumas aí.

[00:39:17]

Peguei. Tem que abrir aqui. Vou deixar.

[00:39:18]

Assim porque nós já vai vendo, vai vendo.

[00:39:21]

Só. São poucas também. Eu só mandei uma só para ilustrar um pouco isso de foto e tal.

[00:39:26]

Essa foto aí foi louco.

[00:39:28]

Mas tem outras.

[00:39:29]

Se isso não for uma montagem de malandro.

[00:39:31]

Esquisito, né?

[00:39:33]

Olha.

[00:39:35]

Vê a outra, põe a outra aí eu já vazava, né? Já Pinote dá um pinote. Aí. Parece uma silhueta de mulher com vestido, né?

[00:39:47]

Não parece. Eu fiz inocentemente para ver essa essa.

[00:39:54]

Luz por causa do reflexo.

[00:39:55]

Essa é no cemitério. Essa não.

[00:39:57]

Vota aí, Vamos mostrar aqui.

[00:40:00]

Aí ó. Aí ficou legal.

[00:40:06]

Você vai fazer.

[00:40:08]

Apagar o LED?

[00:40:13]

Aí agora vocês estão conseguindo ver, né? Hahaha O velho do saco aí vai te pegar. Ei, tá pronto aí? Aqui vai. Essa daqui foi essa foto aqui foi o quê, irmão?

[00:40:28]

Essa foi um amigo que foi no passeio. Cara, tirou lá no rolê nosso eu não tinha. Ele me mandou depois também. Ele me mandou depois do passeio. Isso não. Consolação. Nunca tinha aumentado assim.

[00:40:47]

Bom, vamos lá. E essa daqui.

[00:40:48]

Essa foi no Cemitério da Saudade de Campinas. Tá vendo? Também foi uma amiga fotógrafa que tirou a foto. Depois ela aumentou e aí ela tinha conseguido perceber no computador dela essa imagem.

[00:41:01]

Que aparece.

[00:41:03]

Sentada.

[00:41:03]

Na cabeça.

[00:41:05]

O chifre.

[00:41:06]

O chifre.

[00:41:07]

Nunca tinha visto aqui, cara. O chifre parece uma cabeça de vaca, tá ligado? Só o crânio.

[00:41:13]

Interessante, né? Não sei.

[00:41:19]

To aqui, To aqui, compenetrado.

[00:41:22]

Gabriel Mudando as câmeras. E esse aqui, irmão?

[00:41:27]

Eu tô aqui, né, gordinho? Tô de camisa amarela. Calça? Olha ali. Ali atrás não tinha ninguém. Eu tava falando pra galera que tava ali na frente. Isso aqui, ó. Não sei o que que é até hoje parece o Sub-Zero do Mortal Kombat.

[00:41:43]

Cara. Imagina o espírito do Sub-Zero. Subzero congelando. Você é louco? Tô falando pro pessoal.

[00:41:50]

Que tá aqui, ó.

[00:41:51]

Isso daí era a que horas? Mais ou menos a noite?

[00:41:54]

Umas dez. Dez e pouco. Porque eu não preciso. A gente não vai no cemitério a noite por ser a noite. Eu vou. Eu gosto de ir no cemitério quando eu faço passeios e sem ele tá funcionando.

[00:42:07]

Mas o cemitério ele não fecha. Fecha.

[00:42:10]

Mas o que a gente faz é tudo com autorização. É o que eu falo. É muito importante falar isso. O nosso rolê não é noite do terror, entendeu? Não é.

[00:42:20]

Bom, é muito importante, muito importante.

[00:42:23]

Acho que são essas três aí. São essas aí. Então, o nosso, o nosso, o nosso rolê acha que é não.

[00:42:31]

Querer fazer também? Vou chegar.

[00:42:32]

Lá. Vai ter um cara vestido de lobisomem correndo atrás de todo mundo. Imagina, É um passeio cultural. Isso aqui são só as curiosidades. Essas são que a gente nem sabe o que que é. Quer dizer também. não tenho. Não tenho certeza se isso é um reflexo, se isso é uma sacanagem do cara. E conseguiu me convencer que é de verdade. Não sei nada disso. Mas o que? O que? É muito importante falar isso que lá não é. É um passeio cultural que a gente. Que o objetivo é proteger esse patrimônio que dá um trabalho danado proteger. Porque você precisa conscientizar as pessoas de que ali precisa ser protegido. E não é só. Não é só uma proteção, cara. É lavar a louça como usou. Tem que lavar lá todo dia, não tem jeito. Proteger algumas áreas é assim, não tem.

[00:43:24]

Enxugar gelo.

[00:43:25]

Enxugar. Eu prefiro falar que lavar louça, porque enxugar gelo parece que não adianta nada, né? O lavar louça e precisa se esforçar para manter. Precisa o tempo inteiro ficar criando ideia prática, protocolo para proteger o lugar, porque você não ele. Ele é incrível. É um lugar bruto, né? Cemitério. Decomposição. Morte, pá. Mas é um final. É um lugar delicado, Velho porque são coisas antiquíssimas. Você tem escultura de mais de 100 anos de bronze. Que cara quer roubar você? Você não é só noia, viu? Não é só. É noia também. Mas é também. Tem também uma estrutura de receptação de peça, porque aquela peça histórica de grandes escultores. Sacou? Tem valor. Não é sempre cair. É aquela resposta rápida que parece que resolve tudo, não é? Tem um monte de interesse. Além disso.

[00:44:29]

É o Silvio Santos, irmão. Você pretende lá onde ele?

[00:44:33]

Eu. Esse é um negócio legal da gente.

[00:44:35]

Morreu agora?

[00:44:36]

Porra, mas é. Mas. Mas sabe.

[00:44:38]

Qual é?

[00:44:39]

Caralho, Eu queria ir lá pra visitar.

[00:44:41]

Mas sabe qual que é o lance? É legal falar disso. Existe um lance, existe um um tempo que é uma coisa meio de bom senso mesmo que eu. Eu tomo muito cuidado para não invadir a intimidade das pessoas e das famílias. Então, o Silvio Santos é um cara que ele não queria. Não queria que a exposição da morte dele. Queria discrição total. Eu vou lá e vou fazer o quê? Se eu for lá visitar, fazer uma oração, o cara é super fã e tal e vai embora. Legal.

[00:45:14]

Mas se eu for.

[00:45:15]

Se eu for lá, por exemplo, para fazer conteúdo, acho uma cretinice. O cara não queria. Velho, não foi aberto ao público.

[00:45:24]

Vamos fazer então o.

[00:45:25]

Caráter que vai fazer, né?

[00:45:27]

Não pode. Ele não queria. Ele falou que não queria. Pô, o que você vai fazer lá? O que você vai e o que eu falo? Você vai lá para visitar, fazer uma oração. Se bem que eu vou te falar, os cemitérios judaicos. Eles não são. Eles não são. Eles são muito restritos, com acesso e tal. Então não todos, mas os organizados aqui em São Paulo. Acho que a chave aqui é uma associação dos cemitérios judaicos de São Paulo. Então não é. Vai entrar para fazer o quê? Os caras vão perguntar lá, entendeu? Por isso que eu falo do lance do é a história de assombração, Eu coloco ela. Quem está falando isso é a UNESCO, não sou eu. Ela pertence às comunidades. Ela tem um valor como patrimônio imaterial. Ela não é uma só, uma história da carochinha. Ela é importante. Ela tem esse livro que eu falei de Portugal no. No preâmbulo do livro, tem um cara que assina o que ele fala e fala.

[00:46:28]

As histórias que o povo conta são muito importantes, são muito relevantes, porque normalmente as histórias oficiais são sempre contadas por quem ganha, por quem? Por quem ganha a guerra, Por quem manda e por quem tá com poder? Então nunca. E pelo que? Por uma testemunha ocular? Por algo? Então, muitas vezes as histórias que o povo conta são ignoradas. Mas elas merecem. Claro, não estou falando que elas precisam ser. Não precisa ser aquela a versão definitiva sobre tudo, mas elas tem. Elas merecem algum tipo de crédito também. Então a gente sempre coloca as histórias sobrenaturais nesse lugar. Ela é importante também. Ela não é definidora do lugar. Então porque? Até porque, se a gente fizesse um passeio desse tipo, eu não ia estar ajudando em nada. O propósito que eu tenho, que é o de proteger o lugar. Porque se a gente fica falando toda hora da mesma coisa, o estigma vai continuar lá. Eu falo que a morte é o fim da vida, mas não é o fim da existência.

[00:47:28]

A nossa existência continua a partir de afeto, a partir da memória. A partir da sua história a partir do que você cativou aqui, a partir do que você não cativou aqui, né? Então, o cemitério é um lugar de continuidade, não é um lugar de fim apenas. É fim físico, lógico. É inegável. Não dá para falar que não acabou. Ainda mais eu, que não acredito em quase nada. Mas a nossa existência continua.

[00:47:54]

Na verdade, eu sou um cara que eu sou assim. Eu sou meio polêmico com certas coisas. Eu sou contra esse negócio de você ficar velando a pessoa a noite inteira, cara, a noite inteira ali, porque aquilo ali. Aquilo ali é um sofrimento prolongado. Cara, quando meu pai faleceu, colocaram ele foi enterrado no cemitério da saudade. Chegou o corpo dele, colocou lá, deu oito, oito, dez horas, 22h00. Eu fechei, falei todo mundo vai para casa, o pai não vai sair daqui, Todo mundo vai para casa. Fechei a porta lá e foi todo mundo para casa. No outro dia, 06h00, eu estava lá. Levei uma garrafa de café para o pessoal. Chegou 09h00. Ele foi sepultado, entendeu? E já era.

[00:48:35]

Eu Assim não imagina. Eu não acredito. Cada um entendeu.

[00:48:40]

Cada pessoa.

[00:48:41]

Isso é tão, tão pessoal, pessoal. Mas eu acredito que esse é um tempo que é necessário. E cada um sabe o seu tempo. O velório era muito importante. Primeiro porque tinha muito. Tinha caso de catalepsia. Então, muito antigamente tinha o lance das pessoas serem enterradas vivas. Isso era um receio muito grande antigamente. Então o pessoal.

[00:49:04]

Velava três dias, às vezes.

[00:49:06]

Mais tempo, para ter certeza que o cara não estava.

[00:49:08]

Vivo. Tem uns cemitérios até que tinha uma cordinha que ficava dentro do túmulo com um sininho, né? Eu não sei quem foi que falou isso é verdade. Eu nunca vi. A Josy, ela.

[00:49:17]

Falou É, mas. Mas era o tempo do velório é esse. Mas eu acho que mais do que isso, as pessoas precisam assimilar que aquela pessoa morreu. Então a dor ela é muito. Ela é muito.

[00:49:28]

Presente.

[00:49:29]

Como tempo necessário para você absorver aquilo. Essa foi uma filha da putice, da pandemia com com a gente. E, é claro, não tô questionando.

[00:49:39]

Uma.

[00:49:39]

Das. Mas eu não tenho, eu não tenho, Eu não vou questionar, eu não vou questionar. Ah, eu não sou médico, não entendo, Mas é o problema de você não poder ver lá. Parece que a pessoa simplesmente desapareceu e 01h00 você vai ter que processar isso, cara. Então, lógico, você tá falando a noite não vai ficar ninguém aqui, Vão para casa amanhã, todo mundo 06h00. Beleza, a gente continua, é óbvio, mas você não. Você não tolheu ninguém de não de participar desse processo das pessoas.

[00:50:10]

Porque hoje em dia tem que pensar na segurança também.

[00:50:13]

Não, lógico. A gente, a realidade.

[00:50:15]

Nossa, infelizmente.

[00:50:16]

Se impõe, a realidade se impõe, mas você não deixou de ninguém de ficar o tempo necessário para para entender o que estava acontecendo ali, que é uma coisa que a gente precisa também a.

[00:50:31]

Vixe, nunca mais fui no cemitério. Fui agora com a avó da da da da minha noia, porque mano, ela tava zuada, tá ligado?

[00:50:40]

Mas mas é por isso que você vai, porque você não vai por você. Ninguém gosta de ir. Tem gente que fala assim eu não vou nunca em velório. Eu também não queria ir, mas a gente não vai, a gente não vai nem pelo morto, a gente vai por quem ficou. Minha esposa não. Nunca em velório. Nunca. Detestava esse argumento. Não vou porque ela, quando morreu a mãe, ela falou Eu nunca mais vou deixar de ir no velório de alguém, porque ela entendeu como era importante. Um abraço. Cumprimento a presença. Na hora falou Eu não ia. Ela falou Me arrependo dos que eu não fui, porque a gente não vai. Claro que ninguém gosta. Gente, eu vou. A gente vê uma pessoa que a gente conhece ao vivo e tal. Lógico que a gente vai. É uma merda ir lá ver ela, ela esticada, Inerte, sem vida, com aquela cor cinza de defunto. Lógico que é uma merda, mas você não vai lá para isso.

[00:51:34]

Eu vou no velório. Vai lá. Na hora de descer o caixão.

[00:51:38]

Eu me escondo.

[00:51:39]

Na hora de descer o caixão. Lá eu não vou. Não fui no do meu pai, entendeu? E não vou. Cara, eu vou. É como você falou. Eu vou no velório. Chego lá mesmo que esse dia eu fui no velório do irmão do Malta, do um amigo nosso. Aí chegou lá. Eu não conhecia ele pessoalmente, mas eu fui lá porque eu fui lá dar um abraço nele. Pá, conversamos, fui lá, olhei o irmão dele lá no caixão. Fui lá, abracei ele. Ou tá precisando de alguma coisa, entendeu? Já é para você, Vai para apoiar os vivos, né? Ouvir e dar um abraço para esticar.

[00:52:08]

Vamos falar disso. Falar de assombração, Falar de bagulho louco de cinema? Qual foi? Qual foi a história mais top que você falou, mano? Vocês estão mentindo, caralho! Quem te contou foi um cara assim que você falou Não. Cara.

[00:52:19]

Ninguém me conta as coisas porque eu vou todo. Todas as histórias que eu conto. A única exceção que eu não fui. Então, às vezes chegam. Às vezes eu pesquiso. Eu leio um livro muito antigo, porque antigamente tinha uns almanaques que chamavam Almanaque 2000. Almanaque 1900, que de tempos em tempos as cidades faziam contando suas próprias histórias. Então, eu gosto muito de pegar essas histórias mais antigas, porque o que aconteceu com a internet? A gente tem um negócio chamado Creepypasta, né, Que é um negócio, que é uma, que são histórias que você não sabe se é verdade ou se alguém criou e jogou e virou um negócio. Então, eu gosto das mais antigas. Primeiro porque a gente entende o tempo que elas foram, que elas são contadas. Mas ela também ela exatamente com esse propósito de preservar histórias que pertencem a todo mundo. Eu gosto muito de ir atrás de livro de relatos antigos. A história que eu acho foda assim pô, tem tantas. Mas é por isso que eu falo eu gosto de.

[00:53:20]

Eu vou lá.

[00:53:20]

Vou falar uma legal, vou falar uma, vou falar uma que eu vi agora há pouco tempo em Itajubá, Minas Gerais.

[00:53:27]

Itajubá já foi para Itajubá. Hein, mano?

[00:53:29]

É legal, né? Bonita a cidade bonita. Itajubá tem uma. Tinha uma senhora que chamava Gabriela, que ela detestava fotografia e o filho dela queria tirar uma foto dela de qualquer jeito. E ela nunca disse isso. A gente falando bem no comecinho do século XX. Ela morreu, se eu não me engano, em 1918. E ela não queria, não. Bem, no primórdio mesmo de tudo de fotografia, ela conta. Ele contratou um cara para tirar uma foto dela e tirou uma foto dela quando ela ia entrar numa capela. Beleza. A Gabriela morreu. O filho dela ficou muito abalado e queria homenagear a mãe com uma escultura no tamanho real. E ela E ele contratou um escultor francês. Foi para França mesmo para contratar o cara e o cara fez a estátua em bronze da mãe. E qual era a única referência? Essa foto que ele tirou dela, que ela está meio olhando para trás porque ela sacou que tava rolando alguma coisa e ela e o cara tirou a foto muito bem. Então, essa foto, essa, essa estátua, demorou sete anos da morte dela para ir para Itajubá e quando foi para Itajubá, instalaram ela na frente de uma capela que tinham feito para ela também.

[00:54:42]

Então a reprodução da foto é a escultura e a capela são exatamente a reprodução da foto. Tudo bem. Um dia, lá depois do deve ter chegado a escultura, não sei o que essa escultura de bronze em tamanho real, pesadona, amanheceu no centro de Itajubá, saiu do cemitério, andou muitos metros e amanheceu no centro de Itajubá. E a galera falou que era que tinha visto ela de madrugada andando. Então essa história é foda, porque ela falou que tinha. Aí tem gente fala não foram os estudantes. Aí tem outro fala não. Eu vi ela de madrugada andando e a galera fala que a mulher de bronze de Itajubá anda no anda pelo cemitério a noite e antes de amanhecer ela volta para o lugar. E é.

[00:55:37]

Essa.

[00:55:38]

Mas imagina malandro.

[00:55:41]

Até essa viagem que eu fiz, essa essa viagem que eu fiz aí para Minas para ir para eu fui para Borda da Mata também. Essa foi uma coisa. Eu nunca vivi várias experiências assim, porra! Eu vivi duas coisas esquisitas. Uma no cemitério da Lapa, que eu tava filmando Milagreira de Cemitério. E aí eu vi um túmulo de não de manhã. Essas pesquisas eu faço sempre de dia, no horário normal. Eu só não gosto de fazer os passeios de dia ou não é de dia, durante o cemitério funcionando, porque porra, tá tendo sepultamento, tá tendo exumação, Tem gente indo rezar, tem o cara indo fazer a macumba dele, tem a família que está enlutada, que o cara vai lá, tá lá rezando. Então eu não gosto de ir com a galera na rotina normal. Eu tava fazendo essa pesquisa lá no Cemitério da Lapa e aí eu vi um túmulo que me chamou muito a atenção. Na parede, no muro do cemitério. Tinha um, visivelmente um. Parecia um armário.

[00:56:44]

Não era bem um altar, porque ele era grande, parecia um armário, uma cortina. Só dava para ver o pé. Os dois pezinhos da imagem. E eu fui filmar. Falei vou filmar para ver se eu acho de quem é. De quando eu comecei a filmar, não tinha vento, Era 07h00. Só tinha eu no cemitério. Bateu uma brisa na minha cara, mas parecia de um leque quando faz assim, com cheiro de vela e de incenso. Aí eu falei Bom, acho que não é para eu estar aqui. Acho que eu. E aí quando eu cheguei em casa, pô, eu sou cabaço para caralho. O negócio de vídeo de internet Eu não gravava, eu nem tinha microfone ainda. Agora que eu tenho, eu comprei o microfone e tal e os dois vídeos estavam sem áudio do negócio. Inexplicável porque o iPhone grava mesmo Se tiver sem volume, não tem explicação sem áudio nenhum. Tive que voltar para gravar, mas em Borda da Mata eu fui atrás de uma história muito cabulosa, que é de um de um.

[00:57:41]

Chamo o capeta da Borda da Mata. Essa é a história toda. E quando eu cheguei em Borda da Mata eu percebi que porque eu vou ter que falar isso para vocês entenderem o contexto. O capeta da Borda da mata chama Chiquinho. Então eu achei. Quando eu fui para a Borda da Mata, eu achei que a história tinha um contorno meio cômico. Afinal, o capeta que se chama Chiquinho é foda, entendeu? Chiquinho Cara, eu achei que ia ser uma coisa meio engraçada, que a galera ia levar meio na esportiva e eu cheguei lá e cara, assim, as pessoas mais velhas não queriam falar do.

[00:58:16]

Do Chiquinho.

[00:58:17]

Não. Ah, não sei. Quem sabe e tal. No final, uma moça mais assim da minha idade e tal me contou. Eu já sabia a história toda, mas eu queria saber a versão deles de lá e tal. Ela me explicou, me explicou onde era a casa tal, não sei o quê. Eu falei pô, legal, mas eu já não fiquei mais tão à vontade porque eu falei porra, que estranho! Aí eu comecei a ver que na cidade, assim que não.

[00:58:40]

Acredita muito, já começou a ficar tipo porra velha, porque.

[00:58:44]

É uma e porque é uma. É uma atmosfera, não é uma energia.

[00:58:47]

Você vê todo mundo comentando, não é não.

[00:58:50]

E aí eu comecei a filmar porque o que acontece com a Basílica de Nossa Senhora do Carmo? Na frente, na frente, tem uma escultura do padre que fez esse exorcismo que a galera acha que fala de exorcismo, mas é um outro. Tem um outro processo quando é uma infestação demoníaca, tem no exorcismo e quando tá em alguém a galera fala exorcismo para ficar mais fácil de entender. E era um padre chamado Padre Cintra, que depois virou Monsenhor Cintra, um puta busto do cara na frente da Basílica, no centro da cidade. E eu falei vou fazer o vídeo aqui na frente do contar essa história aqui. Agora que eu tô fazendo ver um velhinho com cara de doido assim você vai contar a história do Chiquinho E saiu dando risada. Eu falei o louco velho, tipo assim papo estranho, mano. Aí beleza, contei a história.

[00:59:38]

Não, calma, já tô até imaginando, já tô até imaginando.

[00:59:41]

Aí não acabou. Calma aí, beleza? Vou lá, conta a história e tal. Eu falei Bom, vou. Vou no cemitério para visitar o Padre Cintra. Aí eu chego na entrada do cemitério, uma puta capela do Padre Cintra. Tudo. Era o Padre Cintra. Assim, na cidade, ele é um herói da cidade. É claro que ele era um cara. Acho que devia ser um cara, mas é uma coisa exagerada. Assim é muito. Ele tá bom. E eu queria. Eu já vou contar a história toda para vocês dois.

[01:00:11]

A história do Chiquinho, Chico?

[01:00:11]

Vou contar do meu rolê lá. Aí eu falei Bom, quero ir na casa onde tudo aconteceu. Quero uma casa na zona rural. Beleza. Aí eu fui. Me explicaram mais ou menos nisso. Uma loucura, porque assim tinha um casal jovem assim. E aí eles falaram, eles ouviram falando. Ele falou Thiago, vem cá, você precisa conversar com o reverendo de uma igreja evangélica. Fala com ele antes de ir lá, sabe? Tipo, dando uma recomendação de falar mano. Eu falei Caralho, mano! Achei que era uma história qualquer, nada igual. Aí beleza. Fui lá, me explicaram mais ou menos onde era. Era perto de uma estrada chamada Ponte de Pedra. Fui de carro, Cheguei lá, passei pela casa, não sabia onde era exatamente a casa. Pela descrição eu não conseguia achar. Achei um cara depois de alguns quilômetros e ele falou. E aí eu chamei ele. Falei Pô, tô procurando desculpa incomodar o senhor já. Já saquei que a galera não gostava muito de falar do assunto, mas poxa, eu preciso muito.

[01:01:12]

Vim de São Paulo só por causa dessa história e a história do do Chiquinho e tal. Aí ele falou a cara casa dele. Ele me explicou mais ou menos onde é. E ele falou Mas filho, vai logo, Isso já era. Eu tinha saído de manhã de casa. Isso já era perto do fim da tarde, ele falou Mas vai logo antes que escurecer, porque o Chiquinho voltou.

[01:01:32]

Porra, cara, os caras combinaram pra me zoar, mané. Aí eu falei.

[01:01:38]

Beleza. Aí fui. Aí que que eu fui. Perto de onde ele tinha me falado, eu tirei umas fotos e filmei. Não filmei a casa, as casas, mas filmei mais ou menos o lugar para eu ter como referência. E daí fiz meu vídeo, os vídeos que eu queria fazer e fui embora. Mas falei puta mano, que casa que é cara? Como é que eu vou botar Não sei o que que era. Não sei se é o lugar. E eu cheguei para um cara e mostrei a foto. Falei Eu tava indo embora já, O cara tá saindo de casa. Eu parei. Esse cara não queria me falar onde era. Falei. Não, cara, não posso. Tá, tá. Então só me mostra aqui. Eu tirei foto. Algumas fotos você dá uma olhada. Eu mostrei para ele. Mostrei uma casa. Ele. Ele falou Não é essa, não é essa. Essa aí eu falei beleza, agora vou voltar lá, porque agora eu sei qual é.

[01:02:26]

E ele tinha me falado o seguinte, falou Cara, você vai perceber quando você vai chegar na casa, porque é tudo aberto, é tudo bonito. É lindo, cara. Um lugar lindo, tudo na mão. Minas Gerais na sua, Na sua forma mais bonita. Cara, lindo lugar, muito lindo, bonito para cacete.

[01:02:43]

Itajubá.

[01:02:44]

Eu gosto muito de Minas Gerais.

[01:02:45]

Você pegou ali a parte então que sai da cidade é lá, assim é a cidade aqui. Aí você desce uma rua, já entra numa rua de terra. Aí você começa a ir embora. É maravilhoso.

[01:02:57]

Gosto de Minas, cara.

[01:02:58]

Bonito pra roça, pra roça, bem roça. Andei ali pra ir numa roça ali, mano.

[01:03:04]

Aí, quando eu chego, aí eu começo. Aí que eu comecei com o cara. O cara falou que o cara falou para mim, ele falou Quando você começar a descer, você vai perceber porque vai tudo ficar meio escuro, meio fechado. As árvores vão fechar e vai esfriar. É velho. Quando eu descobri onde era a casa mesmo, foi exatamente essa sensação. Eu já tinha passado por o lugar umas duas vezes porque eu não sabia exatamente onde era. Eu tinha passado. Mas a hora que eu descobri onde era, eu passei. E aí aquilo eu falo que eu sou cético, eu não acredito em nada. E aí eu não sei quanto foi a minha imaginação ou não, mas me veio uma frase na cabeça, sabe? Não foi. Ninguém me falou no ouvido, foi dentro da minha cabeça. Você é insistente, hein? Você é insistente, hein? E aí eu fiquei. Aquilo ficou na minha cabeça. Eu fiquei assustado. Mesmo assim.

[01:03:54]

Deixei ir embora.

[01:03:54]

Foi estranho. Aí eu fiz rapidinho que eu tinha que fazer. Meti o pé e. E eu fiquei muito, muito maluco. Eu não contei a história do Chiquinho agora para contar a história. Então, essa foi minha experiência atrás da história do Chiquinho. Agora a história Chiquinho, é a seguinte.

[01:04:10]

Você chegou a entrar na casa?

[01:04:11]

Não. E também eles tinham me falado.

[01:04:15]

Que o cu apertou. Ele foi embora.

[01:04:17]

Você sabe que esse senhor que tinha me falado, esse senhor que tinha me falado, falou Onde é o velho? Não, não é esse aí não. Esse tava na cidade. O que saiu da.

[01:04:27]

Casa, o.

[01:04:28]

Que saiu da casa me falou, Falou outro dia, aquele jeito de mineiro falar. Outro dia acharam que tava roubando cavalo e o rapaz chamou a polícia e eles foram lá. Não tinha ladrão nenhum, só a gritaria do Chiquinho, os bichos, tudo nervoso. Falou que a polícia foi embora. Falou o maluco.

[01:04:47]

Eu vaso, eu vaso. Então vai.

[01:04:49]

Lá.

[01:04:49]

E o Chiquinho tava lá. Então você.

[01:04:51]

Foi? Não. Então não sei. Mas é por que o Chiquinho estava lá na favela. Espera aí.

[01:04:55]

O caraio conta a história. Olha.

[01:04:58]

Eu vou, vou, vou, vou. No começo da história, o que aconteceu? bem de início, assim ó esse cara, esse dono da fazenda, era um português muito rico e ele invadiu um dia a sacristia da Basílica de Nossa Senhora do Carmo e falou Preciso de ajuda do senhor Padre Padre Cintra. E o padre falou Mas o que é que está acontecendo? Não sei nem explicar para o senhor. O senhor precisa ir lá. Começou com os cachorros latindo, os cavalos todos ouriçados.

[01:05:35]

Com o cavalo. Ele tem um sentido maior para esse tipo de espírito. Assim falou com.

[01:05:41]

Os bichos.

[01:05:42]

Pra mijar. Agora ficou olhando pro espírito.

[01:05:45]

Depois eu conto uma de espelho.

[01:05:46]

Você já vai tirar o espelho assim?

[01:05:52]

Ó. Então ele invadiu a igreja, né? Falou Padre, preciso da ajuda do senhor. Não sei o que tá acontecendo em casa. Os bichos estão muito agitados. No começo eles latiam, os cavalos, tudo relinchando e pulando e dando coice. E aí começou a ter uns gritos junto de gente. E aí começou a ter uns xingamentos e a gente não sabe o que fazer mais, não sabe de onde vem. Se eu podia ir lá? Aí o Padre Cintra foi lá, fez uma oração, o negócio acalmou na hora. No dia seguinte, voltou com tudo. E ele foi lá reclamar de novo. E aí teve um fato que foi muito marcante para a família que ele tinha uma filha adolescente. Esse cara, esse português e a filha estava no quarto dela. Entrou uma figura bem com a descrição do diabo cristão. Assim o diabo. O diabo que é representado no cristianismo, chifre e tal. E ele fala Oi, tudo bem? Eu vim te levar. Eu sou o Chiquinho.

[01:07:05]

A menina começa a gritar desesperada E Cisco, que grita e reza e aquela coisa familiar entra no quarto. Ela completamente transtornada. Volta lá no Padre Cintra. Padre Cintra tinha uma viagem para fazer. Ele pede para dois padres da região, um frei capuchinho chamado Belchior e um outro padre. Esses também são homenageados nas ruas lá de De Borda da Mata. Doideira. E aí, o que acontece? O Frei Belchior é Belchior. Ele era italiano. Ele já tinha participado de algumas sessões de exorcismo na Itália, então ele sabia lidar com o assunto. Ele vai lá, tem uma briga com o capeta da borda, com o Chiquinho, carai, treta, treta. E aí volta e fala A gente precisa fazer o ritual romano de exorcismo, que não é Você vai e faz. Precisa pedir autorização do bispo. Tem relatório.

[01:08:04]

Que.

[01:08:04]

O cara manda para o Vaticano avisar que vai fazer. Precisa fazer.

[01:08:09]

Tipo, o filme é igual ao do filme.

[01:08:11]

Beleza? Eles pedem essa autorização. O bispo de Pouso Alegre autoriza. Eles vão lá no dia 23, não lembro. 23 de abril de 1953 ou 51. Depois eu preciso ver. Acho que é 53 150. É importante a data, porque vocês vão ver uma outra data. Já, já. E aí eles passam a madrugada lá, trabalhando, trabalhando, brigando com o capeta, falando um monte de língua e azucrinando, falando. E aí eles descobrem o quê? Que na verdade o pai da menina tinha. Tem duas versões. Uma que o pai da menina tinha dito que se ele ficasse rico, ele entregaria a filha, a primeira filha dele, para casar com o capeta, com Chiquinho, com Chiquinho. E aí tem uma outra versão que dá conta de que ele estava numa pinga errada com os amigos quando descobriu, para comemorar, que a mulher estava grávida. E ele falou para ele E os caras? E aí, você quer o quê? Menino? Menina? Ele falou assim Eu quero menino, que se for menino eu entrego para o capeta.

[01:09:20]

Essas são as duas versões da história. Aí, beleza, estão lá fazendo o exorcismo. E aí o padre Cintra faz uma provocação para o Chiquinho, falou Você é foda mesmo. Fodão mesmo. Então beija meu crucifixo aqui, meu crucifixo. Duvido que você deu um beijo. O Chiquinho pegou o papo materializado, falou que ele pegou o crucifixo e deu um beijo. Quando ele deu um beijo, aquilo queimou o capeta de uma tal forma que ele deu um grito que falou que acordou borda da mata inteira na madrugada. E aí ele deixa. Ele deixa o crucifixo cair e falou Beleza, Eu vou embora. Mas quando você morrer, eu volto. E o Padre Cintra morreu em 2003. Então o papo todo do Chiquinho voltar. E por isso que ele tinha planejado que voltava. E aí, o que acontece? Beleza, Parece uma história da carochinha. Não parece, não. Beleza, não. Calma, calma, porra! Acontece. Em 1999, a baixa do livro Tombo da Igreja fica público.

[01:10:25]

O livro Tombo da Igreja. E todo mundo achava que isso era uma história, uma lenda da cidade e tal. Eles acham o relato da época.

[01:10:33]

Contando tudo, tudo o relato.

[01:10:35]

Porque para pedir o exorcismo você tem que relatar tudo no livro. Tava tudo no livro da Igreja em 99. Padre Cintra morre em 2003. A galera fala O Chiquinho voltou. Tinha prometido voltar. Essa história do Chiquinho é foda.

[01:10:50]

2003. Três, então.

[01:10:52]

Foi meio perturbador. Assim, e principalmente por causa disso. Não era uma coisa pequena.

[01:10:57]

Você foi.

[01:10:57]

Lá. Foi esse ano? Foi esse ano.

[01:11:01]

Então, esse velhinho que eu acho que era o Chiquinho, cara, passou lá e falou assim Tá.

[01:11:06]

Dia tá meio zoado.

[01:11:09]

Né?

[01:11:10]

Esse era o Chiquinho.

[01:11:10]

Cachaça.

[01:11:11]

Cachaça. E o Chiquinho? A galera fala que voltou e a galera viu o Chiquinho. Mas aí tem várias histórias parecidas em várias cidades, já de que ele apareceu em algumas numa discoteca lá que ele dança muito bem, Não falo capeta. Aí o Eita.

[01:11:28]

Caralho, que.

[01:11:30]

Porra!

[01:11:33]

Que pariu! Nem fica com graça. Não, não, não, não, não, não, Chiquinho porra nenhuma, não. Aí falaram.

[01:11:40]

Que o Chiquinho apareceu numas.

[01:11:42]

Boates.

[01:11:43]

Que ele fica com ele. Aparece ele e ele. Falam que ele é todo simpático, muito bonito. Olho claro e não sei o que ele usa. Um chapeuzinho falou que a galera desconfiava que era o Chiquinho porque o pé dele era um pezinho pequeno que parecia que estava usando um sapatinho que era um pé de cabra. E aí falou que um cara super sedutor, não sei o quê.

[01:12:09]

Os caras já estão falando. Chiquinho chegou.

[01:12:11]

Tinha esse do lado do Danilo.

[01:12:13]

E o Chiquinho? Certeza.

[01:12:14]

Rabo. Caraio. Nossa, cara.

[01:12:18]

Vocês querem história de quê agora?

[01:12:20]

Aí essa gente, o Pedro Almeida tá acompanhando a gente. Um abraço. Pedro falou Pergunta pra ele. Já foi no Cemitério Parque das Cerejeiras, número 37. Cemitério Top Jardim. Capela. Zona Sul.

[01:12:32]

Parque das Cerejeiras é privado, né? Eu acho que eu não fui, mas já me convidaram para ir.

[01:12:37]

Opa, então.

[01:12:38]

Me falaram que é muito bonito. É um cemitério parque, né?

[01:12:40]

Isso o Emerson Dias. Boa noite. Estou na roça em Cambuí e Borda da Mata fica aqui perto. Eita!

[01:12:49]

Vaza.

[01:12:50]

Nem olha pra fora, Olha pra trás. Nem olha pra fora aqui, mano. Roça é roça, é roça. Os cara, porra! Tinha umas amiga da minha mãe que veio de Pernambuco, que morava no meio da roça. Falava que mano falava, que lá via a bola de fogo no meio da roça. Lobisomem Robson, hoje tem.

[01:13:09]

Que orar o Salmo 91 antes de dormir.

[01:13:13]

O cara falou aqui pra você contar da loira do banheiro. Era do banheiro mesmo. Essa porra existe?

[01:13:18]

É ela. Ela existiu. Ela existiu de verdade. Maria Augusta é essa? Essa do algodão no nariz. A loira do banheiro chama Maria Augusta. Maria Augusta. Ela era filha do Visconde de Guaratinguetá. A Maria Augusta foi casada com o governador do Estado de São Paulo. A loira do banheiro foi casada com o governador do Estado de São Paulo, o conselheiro Dutra. Ela era uma moça da aristocracia mesmo dessa nessa época, nessa época do ano do Império. Do Segundo Império. Da segunda. Dom Pedro II. Daquela. Daquela. Desse período. E ela foi obrigada a se casar com o conselheiro Dutra. Muito jovem, menina com 13, 14 anos, não queria se casar. Aí morreu o pai dela, o visconde. Depois de três anos de casamento. Ela pegou as joias dela, pegou uns itens dela, vendeu e fugiu do casamento. Foi morar na França. E foi um puta escândalo, porque, imagina aquela época uma mulher fugir do casamento? Não sei o que a galera falou.

[01:14:24]

E o cara que ela casou é esse grau de. De e de de. A reputação de um grande. De uma liderança política. O cara foi governador do estado. Presidente da Província do Estado de São Paulo.

[01:14:38]

Humilhação para o cara, né?

[01:14:39]

Porra, o cara assim tão assim? E falaram Pelo amor de Deus, Maria Augusta volta Para pelo menos desfazer o casamento. Depois você faz o que quiser da sua vida e ela voltou. Se separou do cara formalmente e depois volta para a França. Só que quando ela volta para a França, ela pega a raiva, aquela doença, raiva humana. E morre na França. Ela é embalsamada. A mãe dela, que era viúva, pede para transladar o corpo dela. Ela vem de navio, chega em Guaratinguetá e a mãe não enterra ela. Isso tudo que eu estou falando é a história real dessa personagem, dessa que depois vira a loira do banheiro. Aí a Maria Augusta fica exposta em uma das uma das uma dos quartos da casa. Tem gente que fala que era o próprio quarto dela. Tinha um piano dela, um grande aposento. Era a mansão dos viscondes de Guaratinguetá. E daqui a pouco vocês vão entender porque que ela aparece nas escolas. Aí a mãe. Primeiro que a galera fala que ela já parecia dentro dessa porque ela ficou embalsamada dentro de uma redoma de vidro.

[01:15:48]

Então a galera já. A galera já falava que ela teve algumas aparições, mas o que foi definidor da história da Maria Augusta foi que a mãe dela teve um sonho com ela e ela fala Mãe, pelo amor de Deus, me enterra, Chega! Cara, ela tava muito tempo exposta, embalsamada e falou Chega, me enterra. A mãe dela, depois desse sonho, constrói uma capela no cemitério de Guaratinguetá, no Cemitério dos Passos. Puta cemitério, bonito para caramba. Histórico também enterra ela lá. Muito bem. O que acontece com a casa? Com a mansão que era a maior casa de Guaratinguetá? A casa dos viscondes vira a escola, vira uma escola pública, vira uma escola estadual. E a primeira coisa esquisita que acontece nessa escola é um incêndio em 1919 que já colocam a culpa na Maria Augusta. Então já existe uma atmosfera ali dentro de de que ela podia ser a causadora desse incêndio. Depois de um tempo, tem um outro acontecimento sobrenatural muito estranho. Dois alunos fogem, vão matar a aula, entram num aposento que muito provavelmente era esse lugar que ela ficou exposta.

[01:17:06]

Eles se trancam lá dentro. Eles queriam matar aula. Tudo fechado. E aí bate um fiozinho de luz assim, em cima do piano que era da Maria Augusta, e ele começa a tocar sozinho. Os muleke, porra! Crise de pelanca. Puta gritaria. Me ajuda! Sai desesperado. Sai. E aí começa as histórias dela recorrentes. Não ainda nesse formato dela aparecer com algodão no nariz, no banheiro, mas de passos nas passos, nas escadas. Tem uma história muito louca da loira do banheiro que é um. A fama de assombrado foi tão grande que ninguém queria ficar mais. Não ia ter aula à noite. Funcionário não queria ninguém, mas queria ficar na escola. E aí o diretor falou Chega dessa putaria, hoje vai ter uma reunião com todo mundo. Acabou esse papo, cara, vai. Vamos todo mundo. Chamou os professores e os funcionários na sala dele. A hora que foi começar, a hora que foi começar a reunião, caiu o lustre em cima da mesa do cara. Acabou a reunião.

[01:18:07]

Acabou. Eu também. Nem eu quero ficar mais nessa porra. Largou mão. E aí, eu quero. E aí, o que acontece? A a a. A história da Maria Augusta passa a ter uma uma receita para invocação dela, que é aquela que todo mundo mais conhecida é que você vai no banheiro, abre a descarga. Tem gente que joga os fios de cabelo lá. Três, Três fios Eu não jogo porque não tem mais nada para jogar. Tem que economizar. Mas e você? Dá três vezes descarga Cada vez que dá descarga, você fala um palavrão, você pragueja e aí você vai para a frente do espelho e chama ela. Loira do banheiro. Loira do banheiro chama três vezes. Por isso que eu te falei do espelho. E ela se apresenta para você. Normalmente, quando ela se apresenta, ela abre todas as todas as torneiras ao mesmo tempo. Assim é. E aparece para a galera. E é muito louco porque essa é uma história nossa. Essa é uma história brasileira que é contada no mundo inteiro.

[01:19:13]

É a história mais famosa. Ela aparece em todas as escolas do Brasil. Muita gente diz que ela inspirou a Bloody Mary, que é a história americana, que é uma versão parecida a nossa história. Eu tô falando essa história é do começo do século. Não é uma coisa de escola de agora, né? Então essa é a história da loira do banheiro de verdade.

[01:19:33]

Se você perguntar, o Marcelo Mendes falou para você. Danilo pergunta sobre o capeta e a loira do quadro do Vilarinho.

[01:19:40]

Capeta do Vilarinho. Capeta do Vilarinho.

[01:19:43]

Mas depois eu quero saber também, irmão. Os túneis. O bagulho louco. Eu vi um vídeo seu lá sentado embaixo da igreja, mano, tinha um bagulho lá que o mais foda que você viu até hoje eu fui buscar.

[01:19:55]

Eu fui nas catacumbas de Catacumba de São Sebastião.

[01:19:59]

Né mano? O brasileiro acha que não existe, Não é não?

[01:20:03]

Ah, não, você diz aqui no Brasil eu tô falando na Itália, na Itália, eu fui nas catacumbas.

[01:20:07]

Tudo uma parada, tipo assim tem pra.

[01:20:09]

Caramba. Tem muito túnel.

[01:20:10]

Que era de de de que os caras matavam.

[01:20:14]

Túnel túnel que você tá falando Acho que é o de Campinas, que é um túnel muito louco. Fica embaixo do. Fica perto de um antigo cemitério, mas é um túnel que que você atravessar. É um túnel de pedestres que ficava. Tinha uma área que era uma área, um bairro de trabalhador e o centro da cidade que os granfinos ficavam e os trabalhadores irem.

[01:20:34]

Até.

[01:20:34]

O centro, tinha que andar três km. Se fizesse um túnel embaixo da linha férrea dá 160 metros. E aí demorou muito para ter. Demorou muito para ter essa, para ter essa passagem. E depois que construíram a passagem? Teve algumas coisas assim. Muito. Tem uma história de um velhinho que morreu numa passagem, passando numa inundação. Ele tentou atravessar, perdeu o equilíbrio, Caiu, Morreu. E aí a galera fala que ele aparece no túnel e é muito louco. A galera fala que é o velho do guarda chuva, é a velha da bengala e ele se encontram no meio e desaparece os dois. Sei lá, não vou ficar pensando que tipo de intimidade que os fantasmas iam ter, né? Ainda mais dois velhinhos. Mas qual que era que vocês tinham falado do capeta do Vilarinho? O capeta do Vilarinho? Parece essa história que eu contei pelo menos o final da história do Chiquinho, porque o capeta do Vilarinho tem um. Tem um distrito lá em BH que se chama Venda Nova. Se eu falar alguma coisa, pode me corrigir, não tem problema nenhum.

[01:21:39]

E lá tem um clube do Vilarinho, que é um clube que tem umas quadras de quadras de futebol de salão e que a galera faz uns bailes. Então, tinha baile black, tinha baile, sempre teve lá. E tinha os concursos de dança lá. E um dia. Isso dos anos 80 não é uma coisa muito antiga. Nos anos 80 tinha um cara que se chamava Ricardo. Eu não lembro o nome dele. Chama Ricardo o nome dele. E ele era um puta dançarino. Ganhava todos os concursos. Mas apareceu um cara lá, um forasteiro lá meio deslocado, que tava dançando pra caralho também e tal. No final, chegou os dois para disputar quem ia ser campeão desse concurso de dança. E o Ricardo ganhou desse cara que tinha essa descrição. Sapato pequenininho, um chapéuzinho. Loiro de olho azul. Todo simpático com as mulheres. Todo metido a sedutor. Só que o cara da área ganhou o concurso. E aí o cara, esse cara que perdeu, arrancou o chapéu e jogou no chão e pisou.

[01:22:46]

Quando ele arrancou o chapéu, tinha dois chifres. E aí a galera parou. Todo mundo. Todo mundo olhando aquilo. O cara Não sei o que. E ele sai correndo. Eu falo que ele saiu correndo, meio peidando, fedendo a enxofre. Eu falo que o capeta quando tá tranquilo, tem um perfume maravilhoso, mas se ele fica nervoso, ele exala enxofre. E saiu correndo, exalando enxofre bravo do clube do Vilarinho. Essa é a história do Vilarinho. Lá de Minas Gerais.

[01:23:19]

O túnel que eu te falei é o túnel da Mantiqueira, túnel da Mantiqueira que liga Cruzeiro a Passa Quatro. Isso já foi nesse túnel?

[01:23:27]

Não, Mas é cara.

[01:23:28]

É isso.

[01:23:28]

Aí. E perto lá de Eu acho que é esse é pertinho de de Guaratinguetá, que já falaram, falaram que é bom.

[01:23:36]

Então é o seguinte eu fui nele. Eu deve ter.

[01:23:39]

Vindo por socorro. Por isso você falou socorro!

[01:23:41]

Socorro! Eu entrei pelo Cruzeiro, pela cidade de Cruzeiro. Aí deixamos as motos ali, porque lá tá a prefeitura. Até a prefeitura devia cuidar disso aí, que é um patrimônio histórico. Lá houve uma batalha. Na revolução, morreu mais de 250 soldados. Porque esse túnel? Ele ligava São Paulo a Minas. Então, o pessoal de Minas não queria deixar as tropas de São Paulo passar. E houve uma batalha ali, entendeu? Dentro do túnel, cara, nós deixamos as motos em cruzeiro e atravessamos até passar quatro cara.

[01:24:11]

Remanescente de munição até hoje. Lá você acha munição.

[01:24:14]

Eu vou falar para você, cara. Nós atravessamos a pé uma escuridão do caramba, cara. É tenso, cara.

[01:24:21]

Legal, mas é isso que eu acho legal. O legal muito mais do que a história, muito mais do que a história sobre ela. É a experiência no lugar e de você sabe porque? Isso aí te coloca numa condição de humildade e eu adoro sentir isso e falar eu não entendo nada. Não sei porque você acha que você tem, né? Estou revestido da razão. A razão disso, né? Da nossa realidade, aquilo que a gente consegue tocar, entender e tal. É legal quando você tem umas experiências assim que você fala puta, mano, tem um lugar aí que eu não consigo explicar direito, que eu não consigo entender que não sei o quê. Que te coloca lá, Que te coloca ali no seu lugar da insignificância que a gente é diante de diante do universo. Na verdade, diante de tudo que ali.

[01:25:06]

É um lugar tenso, cara pesado, sabe? No lugar que você entra é um lugar mais pesado.

[01:25:11]

Na família da minha avó, na família da minha avó tem o. Não vou dar muito spoiler, não vou falar muito, porque senão né. Enfim, da família, minha avó tem um. Tem um cara que é marido da prima da minha avó. Ele tem um sítio Gigantesco. Lá em casa não lemos Monteiro Lobato. Esse sítio dele tem há muitos anos, muitos, muitos anos. Ele comprou e acho que quando ele comprou tinha só um bagulho assim, que é tipo um estaleiro que fala um bagulho grandão, assim, tipo um galpão grandão. Pode ser grandão assim, mais fino, não muito fino, mas nessa largura aqui é grandão, grandão, assim, ó pá, uma casa antiga era só isso a casa. E aí mano, esse japonês comprou lá, reformou né? Mas deixou lá que lá só reformou as paredes. Teto mesma coisa. Os quartinhos, tudo pequenininho e um monte de quartinho cubículo um do lado do outro E fez uma casona gigantesca aqui, muito louca. Subiu uma casa, caralho!

[01:26:13]

Fez lago, fez piscina. É, mano. Uns dez anos atrás fomos passar o ano novo lá, né? Tá bom. Ano novo. Dez dias lá. Natal e Ano Novo. Família inteira lá. Falei Carai, esse bagulho aqui né mano? Aí minha tia falou Mano, isso daí era a senzala dos escravos, isso daí era e eu não quis mexer. Então eu falei Mano, como assim mano Senzala dos escravos? Cara falou É mano, esse bagulho é muito antigo e ele priorizou e deixou. Aí só passou uma massa corrida na parede, pintou de branco, mas manteve a estrutura. Falei de boa, nem tchum, né mano? Nem tchum. Aí beleza. Papo vai. Dois dia no sítio. Três Dia no sítio. Aí vem minha outra tia falar não que a mãe dele morreu, queimou e jogou aqui a cinza aqui, né? Todo mundo da família que morre, eles tem o costume de cremar e jogar aqui. Joga no lago, joga ali numa parte da grama, né?

[01:27:12]

Enterra. Bota cinza lá. Um monte de gente. Mano morre e fica lá. Beleza. E tem o caseiro, né? Fechou então, mano. Daí eu juro Luto pela minha filha, irmão. Minha filha agora tem seis, sete anos. Ela pode. Deus pode levar minha filha agora, se eu estiver mentindo. Estávamos lá. Churrasco às 04h00. Os velhos, as tias. Já tinha ido dormir, né? Aí era um quarto, 2/4, três, quatro, quatro, quatro, cinco, quatro, oito quartinhos, um de frente com o outro, assim. E o corredor assim uma mesa de bilhar. E lá fora ficava a churrasqueira. 04h00. Já bebo e tal. Aí ficou só eu, meus primos, três primos e dois amigos. Caras jogando baralho, bebendo e o caralho. Falei Mano, falou rapaziada. Vou lá, mano. Nossa! Me bateu. Peguei. Saí da área de lazer aqui, andei na graminha, entrei pra dentro do estábulo lá do bagulho.

[01:28:07]

Foi pá, olhei assim escuro, mas nem tchum. Sem medo nenhum. Tá ligado? É um sítio. Tchau. Tô curtindo. Peguei meu celular, pá. Deitei na cama, né? Tava com minha namorada. Ela já tava estava dormindo ali no quarto com a porta enquanto eu abri. Assim, tudo escuro. Fechei. Encostei a porta assim, tudo escuro. Liguei a lanterna. Olhei a cama. Deitei. Opa, beleza. Tô aqui no celular. Aqui. Aí deu sono. Deixei o celular assim, irmão na porta. Caralho, quem é? Quem é? Pra não acordar ela? Quem é? É nada falei. Os caras. O filho da puta. Nem vou, né mano? Se quiser, bate de novo, mano. Falei Ah, tá, mentira. Aí levantei, na moral, abri a porta, olhei, falei Mano, quem que é, caralho? Olhei assim. Olhei mano, fui tudo escuro. Ainda não tava com medo e tal. Olhei nada.

[01:29:05]

Fui atrás da mesa de bilhar. Nada. Olhei lá fora, os cara lá jogando. Falei Não é possível. Eu fiquei olhando assim, né? Peguei e falei Olha lá, ninguém vai bater, né? Mano, A luz acendeu no corredor. Falei Olha, vai tomar no cu. Levantei, peguei, falei caralho, olhei ninguém. Aí fui lá fora, falei vai tomar no cu. Mas não falei os cara tá com tempo pra caralho, vai se fuder caraio, A mina tá dormindo lá mano, Para com essa porra os cara para com o que o retardado falei aqui para vocês, vai se fuder ou não vai mais lá hein caralho! E beleza. Até então falei os cara é impossível mano. Já até fechei a porta de novo, fechei a porta mano, eu deitei na cama. O bagulho fez assim ó, eu já levantei, abri a porta, não tinha ninguém, mano.

[01:29:51]

Aí o cobertor.

[01:29:51]

Aí eu acordei todo mundo, acordei, todo mundo irmão falei vai tomar no cu, Acorda, caralho galera começou a sair de dentro dos quartos. Minha tia, o que que foi, Dani? Falei Vai se fuder, caralho! Tem alguém aqui nessa porra mano? O irmão falei Mano, tem alguém bater na minha porta, mano? Quem disse que todo mundo dormiu? Ninguém dormiu mais. É louco Todo mundo, mano. Lá todo mundo tirou os colchão e ficou um do lado do outro irmão. Fui dormir 06h00. Quando a luz clareou, eu do lado da mesa de bilhar, deitado no colchão, falei Vamos embora daqui. O fantasma de pior cara. Então, irmão, até hoje esse bagulho é pior que acredita. Final do ano agora nós vamos pra onde? Pra lá? Pra lá?

[01:30:32]

Vai, caralho!

[01:30:32]

Vai. Eu vou filmar e vou mostrar pra vocês. Mano, Fala rapaziada, Foi aqui, só que eu tô fudido. Aí minha tia, depois de uns cinco anos que eu contei pra todo mundo, ela fui eu que bati na porta e falei Você é o caralho! Como que você conseguiu bater na porta até lá, porra? Porque ela falava pra ela Não vou mais pra lá, mano. Não vou mais pra lá. Aí acho que ela falou mano, vou falar que eu que bate lá, né, mano? Vai, né? É até hoje. Mas você sabe que porra.

[01:31:00]

Você sabe que essa parada de cinza é engraçado O tem muito, eu falei. Eu costumo em todos os lugares que eu fui, todas as histórias que eu gosto de ir não tem muito sentido para você.

[01:31:12]

Busca, né irmão? Para achar, né não? Você é doido pra ver algum bagulho? Você fala assim caralho! Hoje eu vi mesmo.

[01:31:18]

No banheiro o Biel. Vamos comigo lá, mano.

[01:31:23]

É pior que nessa casa aqui. O ex-dono falou que a sogra dele faleceu. Não, nesse quarto aí não. Não tem nada. Mas ela faleceu aí mesmo enforcada, mano.

[01:31:32]

Nossa!

[01:31:33]

E.

[01:31:37]

O Conta.

[01:31:39]

Irmão. Conta aí esse lance de cinza.

[01:31:43]

Cara. O lance de cinza bate na porta. Os caras, os cara mais velho vai mijar em tudo lá. Depois você tem que lavar.

[01:31:52]

Ainda não. Já tá vendo? Pode falar, irmão.

[01:31:57]

Esse lance de cinza. O Boca Juniors construiu um cemitério para torcedor só porque a galera ia dispensar cinza o tempo inteiro na Bombonera. é um monte de torcedor falando, um monte de torcedor fanático.

[01:32:22]

Gabriel foi lá e bateu na porta mijando. Se mijou todo. Não vou cumprimentar depois.

[01:32:30]

Que acabar.

[01:32:31]

O loiro do banheiro.

[01:32:34]

Mas o Boca, os caras. Os caras. Os caras no Boca vão construir um cemitério porque o cara ia, levava no migué, queria dispensar as cinzas dos caras no campo, no. E não é assim também. Tudo bem que cinza tem um grau de esterilidade grande, afinal de contas, a cinza na verdade é só o osso triturado depois de desmineralizada, né? Mas mesmo assim, cara, uma doideira aqui no Pacaembu também para cacete.

[01:33:02]

Antigamente a minha namorada foram jogar a minha namorada, que hoje é noiva, mas foram jogar as cinzas do vô dela. Quando jogaram assim, Bateu o vento e caiu dentro do olho dele. O Cat Richard.

[01:33:16]

Cheirou do pai.

[01:33:17]

Dele. Ave Maria!

[01:33:19]

O Cat Richard não tem essa história.

[01:33:21]

Do.

[01:33:22]

André Divino Perguntou aqui se você conhece a Rodox.

[01:33:26]

É um e um é um canal.

[01:33:28]

A banda evangélica não é isso?

[01:33:30]

Não, não.

[01:33:31]

Banda gospel.

[01:33:32]

Não. Esse aí era esse. Essa banda era a banda do cara do Rodox, era a banda do Rodolfo, dos Raimundos.

[01:33:40]

Ah, não, ela falou. Mas ela tava no Rodox.

[01:33:43]

Do investigador Paranormal. Cara, eu não conheço muito não e não é o meu rolê preferido porque eu não me importo em e eu não acredito. Para falar a verdade, muita coisa. E muitas dessas, por exemplo, eu não acho que porque parece que ele é o cara, entendeu, não é? Cada um faz o seu. Não tem. Tá cheio de.

[01:34:03]

Cara. Mas eu.

[01:34:05]

Não. Eu não acredito muito nesse lance. A investigação paranormal não é o que me atrai mais. Eu gosto muito mais da história pelo.

[01:34:13]

Historiador.

[01:34:14]

Né? Mas nesse rolê do que do que de querer me provar que aquilo tá rolando, eu não acho. Por exemplo. Cara, você vai no. Sei lá. Vou te falar de uns que eu já vi assim o cara vai no túmulo do Ayrton Senna e bota um bagulho. Ayrton Senna desce para falar essa coisa. Acho que o Ayrton Senna assim, se existe, vamos lá todos esses. Se existe, Se existe outra vida, se existe um espírito, se existe um lugar. Eu não acho que você vai lá e o Senna desce aí pra gente bater um papo. Você tá aí? Ou tô? Eu não acredito, cara. Entendeu? Desculpa, não acredito. Vou fazer o quê? Sacou?

[01:34:49]

E aí tem.

[01:34:51]

Gente que acredita.

[01:34:52]

Que legal trabalho! Calma que você vai contar uma história aí pra gente montar uns cortes da hora, tá? É trabalho, irmão. Você acredita nessa parada de trabalho.

[01:34:59]

De macumba.

[01:35:00]

Essas coisas? O cara corta o cara.

[01:35:03]

Eu acho assim.

[01:35:05]

Porque vamos ver. Vamos ser.

[01:35:07]

Sinceros Novamente.

[01:35:08]

Cada um tem uma opinião, né? Novamente, chegar e falar Eu não acredito, eu acredito.

[01:35:12]

Novamente, eu acho. Todo mundo pode. Vamos ver se eu. Porque parece que eu estou desrespeitando alguma ideia religiosa de alguém. Assim como assim como o cara? Sessão de descarrego na igreja? Não sei o que. Eu não sei, cara. Eu acho que é. Eu acho assim. Sabe o que quer?

[01:35:30]

Tem muito charlatanismo nisso daí. Cara, Muito, muito. Tem coisas sérias, mas tem muita gente que se aproveita disso aí. Cara.

[01:35:38]

Olha o exemplo maluco que eu vou dar para vocês. Sabia que. Sabe como é que faz zumbi? Como é que transforma alguém em zumbi? Isso é uma técnica. O veneno do baiacu misturado com algumas ervas. Antigamente, no Haiti, em processos de vodu, o cara, por exemplo, ele te encomendava que era o sargento. Quero que ele vire meu zumbi. O cara ia lá, te envenenava com isso. Em algumas circunstâncias o cara ficava cataléptico. Porque esse veneno do baiacu que vocês tiverem curiosidade, é a coisa mais fácil de encontrar qualquer lugar na internet. Veneno do Baiacu Ele tem um poder. Ele é uma neuro, tem uma neurotoxina que faz você ficar meio cataléptico. Então o cara acha que você morreu. Você diminui muito os batimentos cardíacos, então o cara fica como se tivesse morrido mesmo e velado. As pessoas assistem todos esses todo esse processo social da morte e é conduzido. E aí, o que que rola? O cara te enterra? E esse feiticeiro vudu? Ele vai lá e desenterra você depois, E por ser uma neurotoxina muito forte, você volta, você recobra minimamente suas atividades, só que completamente lesado.

[01:36:55]

E de tempos em tempos eles ficam envenenando. Então, o que que tinha campo de gente escravizada no Haiti, de zumbis que os caras às vezes tinham fazendas de zumbis de pessoas que eram envenenadas. Então assim você pode pensar no componente espiritual, ou você pode pensar só no resultado químico.

[01:37:13]

Daquilo, né?

[01:37:15]

Então, o lance do trabalho, acho que assim é o que eu falo, cara. Eu acredito, por exemplo, na importância da gente entender milagreira do cemitério como um fenômeno espiritual, também como patrimônio. Vou contar como um patrimônio da sociedade, como um patrimônio das comunidades, porque eu acho esse. Eu acho que a espiritualidade das pessoas é um patrimônio de todo mundo. Por isso que é legal todo mundo ter a sua. E eu acho que não. Ninguém precisa suprimir a do outro porque é legal todo mundo. Se o cara é espírita, o cara evangélico, o cara é católico, o cara tudo macumbeiro, todo mundo é legal, o cara é da Umbanda. Cara, eu falo macumbeiro com tranquilidade, porque eu sou sambista também. E eu adoro ir no tambor. Adoro. Adoro uma macumba também. Do mesmo jeito que eu adoro.

[01:37:57]

Falar macumba não é pejorativo. Imagina!

[01:37:59]

Imagina, o próprio macumbeiro fala.

[01:38:02]

O que e de boa, macumba, o que o cara que não tem vergonha do que é, do que fala, fala.

[01:38:07]

Hoje em dia é muito mimimi, né meu?

[01:38:09]

Eu gosto, eu gosto de todas as. Eu tenho um grande, O meu grande amigo espiritual assim é um pastor, é um pastor, o reverendo Caio Fábio. Adoro meu amigo, gosto de ouvir ele o. Eu sou amigo dos padres. De todos os lugares que eu vou, eu gosto de.

[01:38:26]

Tudo o que você faz. Você nem pode, né mano? Eu nem quero dialogar com isso de uma religião.

[01:38:31]

Só não gosto de dialogar. Quando eu vou em algum lugar, todo mundo fala Pô, quando você vai no cemitério, você pede licença para entrar. Eu não peço licença para entrar, nem para sair, porque eu não tô dialogando com isso. Eu tô indo lá por outro propósito. Meu rolê no cemitério é histórico, é patrimonial, é cultural. De vez em quando eu tenho uma outra experiência dessa, porque no final é um lugar que também dialoga com isso. Essas coisas também pertencem a espiritualidade também. Acabei de falar para vocês. Tem um. Tem um santuário do Tranca Rua das Almas, em Campinas, o Cemitério da Saudade de Campinas, que tem um monte de. De ter um espaço para as pessoas fazerem suas oferendas, suas coisas. E se eu acredito, não sei. Eu acho que precisa ajudar ela. Eu No começo, Quando? Quando eu. Sempre que eu me deparo com alguma religião, eu sempre me envolvo muito e. Mas com a mesma intensidade que eu me envolvo a hora que eu começo a encontrar coisas que não fazem parte muito do meu.

[01:39:27]

Do meu ideário. Eu já me desconecto, eu já saio fora e levo para casa o que é legal, o que eu acho legal. Eu gosto da sensorialidade, por exemplo, da ritualística da Umbanda. Gosto dos tambores. Eu gosto de samba, gosto de tambor, gosto da filosofia, gosto da filosofia e de alguma do Evangelho. Eu acho a filosofia. Eu acho Jesus o cara mais legal que já apareceu no mundo. Não tem ninguém perto de Jesus, É um cara porque ele era um cara legal.

[01:39:57]

Ele era um cara gente.

[01:39:58]

Boa, cara legal, cara. Por isso o cara super legal, o cara super acolhedor, perdoava todo mundo, andava com todo mundo que era degradado, ajudava as pessoas. O cara legal, Pô, eu gosto muito. Eu gosto dos dogmas católicos, Acho interessante estudar o espiritismo, Tudo é legal. Eu não conheço nada de maçom, mas também acho legal porque também é uma ordem. Também é uma ordem meio secreta. Já não é mais tanto, né? Mas eu lembro. Eu lembro antigamente que porra, quando meu tio era maçom.

[01:40:31]

O cara achava que maçom os caras cortavam minha cabeça e.

[01:40:34]

Meu tio é maçom. Porra meu, o.

[01:40:37]

Maçom não é secreto. Eles são discretos.

[01:40:40]

Eles falam mas antigamente é que cara, na internet tudo deixou de ser discreto, né? E as pessoas usam a internet também para atrair mais gente para.

[01:40:49]

A piada do maçom. Se contar, os caras vão me praguejar até hoje.

[01:40:55]

Fala, fala. Você foi, né?

[01:40:56]

Não, né não? porque os caras falam assim, que que os moleque tava jogando bola? Tinha um templo maçom, né? Tinha um templo maçom lá. O moleque tava jogando bola, pum! Caiu a bola lá dentro, né mano? Aí vai quem vai, quem vai, quem vai, quem vai, quem vai pular, quem vai lá. Aí escolheram um boy lá, né? Um moleque entrou lá, disse que tinha uns caras dentro, Catou o moleque, traçou o moleque, né, mano? Aí pegou o moleque, saiu com a bola e os caras falou assim E aí, o que que tem lá dentro? Eu não posso falar que agora que eu sou maçom.

[01:41:32]

Eu não posso falar o bagulho.

[01:41:35]

Eu não posso falar nada que eu sou maçom. Segredo?

[01:41:39]

Você tá contando pra gente agora?

[01:41:43]

A piada dos cara. Porra, velho.

[01:41:48]

Eu tinha. Eu tinha já inimigo no jiu jitsu agora. Agora é o meu. Os maçons. O inimigo não é.

[01:41:55]

Nada negócio de zoeira.

[01:41:58]

É a ordem.

[01:41:59]

Tá faltando isso hoje. Zoeira, mano. Zoeira, irmão. Eu vi lá que você postou para não perder o raciocínio que passa batido e esqueço. Você postou lá mano, que tem uma casa com dois demônios. Esse aí não.

[01:42:10]

É demônio, é gárgula. É isso aí, é o e o é o Tranca Rua das Almas.

[01:42:15]

O Tranca Rua é o quê? Satanás?

[01:42:17]

Nada, Nada disso. É um Exu. Lembra que eu falei para vocês que no na, na religião.

[01:42:24]

Na religião ela não participa disso nem a pau? Minha irmã, minha irmã é evangélica, daquelas assembleiana, não vem na.

[01:42:31]

Na. Nas religiões de matriz africana não existe a figura do diabo. É muito errado tentar transformar, mas tem.

[01:42:39]

Mas tem uma galera que é adoradora do diabo, mas.

[01:42:42]

Aí é outro assunto. Aí eu acho que não tem nada a ver aí. Não tem nada a ver com isso não. Lá não. Esse, esse templo, na verdade, esse esse santuário que o pessoal fala é um santuário do Tranca Rua das Almas, que é um Exu que não tem nada a ver com o capeta. A gente tem que tomar. Eu tomo muito cuidado com isso. É impossível você tentar, à luz de um dogma, compreender outras religiões. Isso era uma coisa muito do do Cristo. Não é de religião específica, mas do judaísmo, das matrizes nas matrizes, principalmente depois que a gente teve, depois que o cristianismo virou católico. Não é porque primeiro é cristão, depois é cristão, católico, apostólico romano, depois tem a. Depois tem Lutero que transforma o reencaminha, o dogma, o Evangelho para o protestantismo, Então. Mas o.

[01:43:39]

Nosso é muito, muito nosso.

[01:43:42]

Ocidente, o Ocidente. Todas as religiões. Porque religião também vocês sabem disso muito bem. Religião também é um instrumento de controle. Então, como é que eu chego e falo para controlar? Como é que eu convenço você? Você falou agora do jiu jitsu. Eu lutei jiu jitsu muito tempo da minha vida e eu nunca. Você vai lembrar quando começou? Vale tudo. Quando começa? Quando começou o vale? Vai contar outra piada? Vai arrumar mais inimigo aí?

[01:44:09]

Não. Essa ele comprou. Ele arrumou, Ele arrumou.

[01:44:12]

Tomei até mata leão.

[01:44:13]

No programa o faixa preta. O.

[01:44:17]

Eu lembro que o meu primeiro professor de jiu jitsu, a gente vivia muito na época do Vale tudo, que nem é mais MMA, mas vale tudo, porque era o.

[01:44:24]

Que.

[01:44:24]

Era. Era tudo em um choque de artes marciais. Então era o cara do kung fu contra o cara do jiu jitsu, o cara do judô contra o cara não tinha. Não era técnica de.

[01:44:36]

Luta, regra.

[01:44:37]

Não, nenhuma. Era tempo até acabar e tal. E eu lembro que o barato era você. A supremacia de uma de uma das artes para com as outras. Religião. É impossível você ser honesto fazendo isso. Religião não dá para fazer porque cada um pensa de um jeito. E eu particularmente penso que religião só tem sentido se ela for um caminho e não o fim. Se eu precisar defender a minha religião, eu esqueci que o caminho de todas as religiões deveria ser algum tipo de salvação a partir do amor e não a partir da opressão do que o outro pensa. Você acabou de falar de livre arbítrio, de imaginar, de pensar as coisas. Então eu tomo esse cuidado por isso. Por exemplo, você quer ver um exemplo muito maluco sobre a questão imagética? O crânio, a caveira. Para os franciscanos, que têm uma vida de sacrifício pleno. O franciscano, os capuchinhos que são, que descendem das palavras que descendem. Só que sua filosofia descende das palavras de São Francisco. Eles fazem voto de pobreza, fazem voto de castidade, fazem voto de humilhação, fazer voto de tudo.

[01:45:50]

Ele estuda a vida dos caras e é uma vida para assistir. À época, quem tinha doença infecto contagiosa, grave, lepra, cara que era esfomeado, Os caras viviam só isso. Era a vida dos cara, era ajudar os outros e ter uma vida fudida, porque quando eles morressem, eles se encontrariam finalmente. Era muito mais do que a salvação, era um. Era um êxtase da alma, porque eles se encontrariam com com Deus, com com o divino. Então o crânio para eles, isso você pode ver, é muito louco se você pode ver em qualquer cemitério, necrópole, jazigo de ordens franciscanas. Aqueles símbolos da caveira com os ossinhos não tem o significado de perigo de morte de uma forma ruim. Tem um significado de divino, tanto que tem um monte de quadro, um monte de representação de São Francisco de Assis, sempre com crânio. Ou então abraçado com uma caveira, com esqueleto, porque aquela pessoa acabou de entrar na companhia. Aquele resto, aquele espólio, é de alguém que está em contato imediato com o divino.

[01:47:02]

Por isso que as simbologias não podem ser traduzidas só falando tudo porque você falou aquele negócio que parece não é Gárgulas. O Gárgula na verdade tinha o propósito de espantar maus espíritos. A carranca não serve para isso. Tem uma carranca na frente. A carranca é feia. Então, o que ela serve? O que eu penso? O que os ribeirinhos usam? Carranca para espantar tudo de ruim que está na frente para assustar. Então não é necessariamente o capeta, mas é algo que espanta coisas ruins para quem acredita naquilo. Lógico, né? É sempre nesse olhar. Mas é muito. É uma maluca. É muito louco esse. Esses crossovers de religião que a gente estava falando para você pegar algumas. Você pega algumas matrizes, você pega algumas religiões, você pega algumas igrejas pentecostais que tem um processo de descarrego, que é um processo idêntico, praticamente com de qualquer religião, de qualquer sessão de descarrego de terreiro. É muito louco, é muito. É muito interessante isso. Esses crossovers. É de.

[01:48:09]

Louco? Já já. Você vai falar aí de milagreira aí a milagreira? O Morgan mandou aqui fala sobre o Daniel Mastral, o ex satanista encontrado morto.

[01:48:19]

Eu não sei muito.

[01:48:20]

Ele realmente se matou ou poderia estar possuído, algo do tipo.

[01:48:23]

Eu sou sempre racional. Me perguntar essas coisas meio Eu acho que eu perco um pouco o clímax. Eu acho que tudo indica que ele tirou a própria vida, né? Não, acho que não. Eu não consigo imaginar isso.

[01:48:36]

Satanás foi pro colo do pai, do pai dele lá. Mas ele.

[01:48:40]

Eu acho que ele também já tinha se Convertido, ele já não. Ele é. Ah, é?

[01:48:48]

Ah, então o Satanás cobrou dele. Eu acho que.

[01:48:50]

Eu acho que o.

[01:48:51]

Faustão vem.

[01:48:52]

Aqui. Eu acho que. Eu acho que a galera. Eu acho que assim, eu pelo menos sou um. Eu Talvez a minha. A minha capacidade de compreensão seja menor do que a maior parte das pessoas, né? Eu talvez tenha gente muito elevada que compreenda. Mas eu ainda acho que o bem é o bem, o mal é o mal e é mais fácil de entender as coisas assim. A gente só às vezes tem que, por exemplo, até para ajudar quem não. Quem não tem muito contato com as coisas, ajudar as pessoas perceberem que nem tudo que se diz é aquilo. Então, por exemplo, o Exu não tem nada a ver com capeta, não tem nada a ver. Ele faz parte até de um outro, de um outro universo de compreensão religiosa. Por isso que ele não tem a ver, né? Diferente de falar para o capeta, que é o bom da história, eu não acho, entendeu? Eu não consigo ver desse jeito. Sacou?

[01:49:40]

O Eduardo Valverde falou, o Chiquinho buscou ele pode ser.

[01:49:45]

O que é a bola? E mandou cincão. Valeu, irmão pelo super chat. Boa noite. De madrugada vi uma menina com vestido branco de costas para mim no pé da cama ao lado, com cabelo preto escorrido. Sabe o que é? Você que viu.

[01:50:00]

Assombração, vaza!

[01:50:01]

Você sabe que tem uma história, já que falou essa história parecido com o que ele tá falando. Também tem na internet. Se quiser procurar, tem a foto da menina, se quiser colocar aí. É a fantasma do ônibus 203 em Campinas. Hum. Lá em Campinas tem um bairro que chama Via Norte Park Via Norte e lá tem um ponto final de ônibus e o motorista foi até o ponto final. Era uma. Se eu não me engano, era uma segunda feira. Era um dia meio bem da semana. Ele foi com o ônibus para fazer a última. Na última viagem ele chegou e quando ele chegou nessa é uma praça assim. Eu já fui lá algumas vezes. Tem uma praça. Tem uns aparelhos de equipamento de idoso, de velhinho. E aí? Ele vê uma menininha. Essa aí, essa menininha. Tá vendo aqui o aparelho? Isso ele tirou.

[01:50:54]

Não deixa. Deixa.

[01:50:55]

Deixa isso. Ele tirou a foto. Ele tirou a foto. Quando ele desceu do ônibus, uma menininha visivelmente vestidinho branco, ele perguntou. Desceu do ônibus e perguntou para a menina. Falou Cadê sua mãe? Onde você tá? Com quem Tá com você? Essa hora era 11 e pouco da noite E a menininha brincando aqui, brincando, brincando. Ele mano, Que que porra! E aí ele começou a se aproximar e viu que era uma. Não era, não parecia ser desse mundo. E a menininha começou a chegar perto dele. Começou a ficar assustado, saiu correndo, voltou para o ônibus, mas antes ele tirou essa foto aí, ó. Tá vendo? Aqui dá para ver bem. Ela tá com vestidinho, tem o cabelo preto.

[01:51:41]

O bracinho aí foi esse daí que você que fui lá na sua casa.

[01:51:47]

Receba é essa. E essa história é a história que contam daí. Isso é muito popular. A gente não tem nem. Não achei nenhuma, nenhum inquérito, não encontrei nada. Falam que a mãe dela tinha matado ela e ela fica por aí brincando no Parque Via Norte. Um monte de investigador paranormal foi até lá para para tentar se comunicar com ela.

[01:52:12]

É filmagem, irmão. Você já, já pegou alguma? Os caras já te enviou? Tipo assim Ó Amanda, olha aqui, o bagulho aqui passou. Teve um que eu vi no shopping. Mano, essa do shopping é foda. Não sei se é verdade ou não. Eu gosto das mais.

[01:52:25]

Antigas, porque hoje que esse negócio de inteligência artificial editor foda.

[01:52:33]

Dá.

[01:52:33]

Pra fazer. Tem uma que eu acho muito louco, que é muito louca, que é do que é. No estádio do Huracán, na Argentina, no estádio do Huracán, o cara, o cara, o segurança, falou não aguento mais, isso é um inferno. Minha vida toda noite é isso aqui. Vou mostrar para vocês hoje. Ele desce as escadas e está batendo a porta. Sem vento, sem nada no cara. Pá, pá, pá, pá, pá, pá, Não aguento mais isso. E aí ele vai lá e mostra a porta. Dá para ver assim que não tem.

[01:53:10]

Não é uma montagem, nada, porra.

[01:53:12]

Tá lá batendo assim. Tem também. Acho que tem. No tem, no tem, no tem não tem na internet. Esse aí é o Esse. Essa é a necrópole de São Paulo.

[01:53:26]

Cara.

[01:53:27]

Esse é um túmulo que a gente chama de túmulo jacente.

[01:53:31]

E isso aí é o que Joaquim viu.

[01:53:32]

Esse é o cara. Esse e é um. Esse é um tipo de túmulo que é super difícil de ter no Brasil. Tem aí. Esse é o Joaquim Gil Pinheiro, tem aí na necrópole do Joaquim Gil e tem no Mausoléu do.

[01:53:49]

Soldado.

[01:53:49]

Do Soldado, do Soldado Constitucionalista, lá no Ibirapuera. O MMDC também tem uma imagem. Tem uma escultura parecida com ela. Esse é o túnel da FEPASA que você falou que você tinha visto lá. Que também tem essa história do essa. Esse túnel tem uma história foda que rolou nos anos 90 que essa essa gerou inquérito, saiu, saiu matéria.

[01:54:18]

Imagina 12h00 você atravessar esse túnel?

[01:54:21]

Antigamente era, antigamente era sem iluminação e ficava. Agora ele fecha 20h00. Mas antigamente ele era assim, não tinha iluminação nem nada. E aí, o que que acontecia? O cara tinha. Ninguém sabe se era um fantasma ou se era algum arrombado que esperava alguém entrar. E ele quando percebia que tinha um movimento no túnel, esse espírito, sei lá o quê vinha. E ele, em vez do rosto, tinha um holofote, tinha uma iluminação na cara. Assim ele vinha muito rápido, então as pessoas não conseguiam correr.

[01:54:57]

Aquela menina que vinha de bicicleta.

[01:54:59]

Ela não conseguia correr, não conseguia nada e aquilo iluminava a ponto de cegar e por alguns instantes as pessoas que atravessavam isso. Rolou matéria.

[01:55:11]

Onde é esse.

[01:55:12]

Túneis? Em Campinas? Esse em Campinas.

[01:55:15]

Irmão, você tem que ir lá no túnel da Rota, mano.

[01:55:18]

Preciso ir. Preciso ir. Esse é em Mogi Guaçu? Não, Essa é uma capelinha no cemitério. São umas coisas que tem umas coisas a noite. Quer ver? Será que eu tenho a noite aí? Ah, deve ter. A gente faz muito passeio à noite. À noite a galera aqui quer um rolê no cemitério a noite.

[01:55:42]

Nossa!

[01:55:45]

Esse dia eu fui descer. Esse dia eu fui descer para buscar umas. Esse dia eu fui descer para buscar umas tochas que eu desci ali e fui buscar um negócio.

[01:55:55]

Vamos mano, lá no Vila Formosa agora. Bora não puder ir.

[01:56:00]

Vamos, vamos embora, caralho milagreira!

[01:56:03]

Já que está aqui.

[01:56:04]

Vamos No Cruzeiro?

[01:56:05]

Tem uma. Tem uma milagreira lá. Chama Débora, menina Débora. Débora Campos se eu não me engano. Vamos. E a menina Débora é uma. A menina Débora foi uma menina que tem algumas versões da história, mas a mais contada é que ela tinha. De vez em quando a vizinha ficava cuidando dela para os pais da menina é trabalhar, trabalhar. Então tinha algum compromisso e ela ficava cuidando. Ela ficava cuidando dessa menina e o marido da vizinha, que cuidava da menina, adorava a criança. E a criança também adorava o marido dela. E aí ela, por ciúme, ela por ciúme, mata a menina, esquarteja a menina e distribui na Vila Formosa os pedaços da menina para ela ser encontrada. E aí ela é encontrada. A menina Débora, lógico. Era essa a intenção. Ninguém sabe exatamente a motivação dela. E já me falaram que era por ciúme do marido. Mas também já me falaram que era porque alguém bateu para ela que o marido era o pai da menina. Já me contaram também que ela tinha um caso com o pai da menina.

[01:57:19]

O fato é que a coitadinha da criança de quatro anos pagou o pato dessa história. Foi assassinada pela pela. Pela vizinha e acabou virando uma milagreira do cemitério da Vila Formosa. Ela fica perto do cruzeiro, mais ou menos e ficava numa área que ficava só ela praticamente era um lugarzinho. Tinha uma árvore perto, a galera fazia perto de de junho, colocava bandeirinha de bandeirinha, de de festa junina e acabou virando uma milagreira que é uma milagreira de cemitério, né? Um fenômeno de cemitério mesmo, que imita muito, vem muito do catolicismo não oficial. Foi interessante essa viagem que eu fiz para a Itália. Eu Eu fui muito com esse olhar de perceber, principalmente lugares onde tinham mártires, onde tinham beatos, pessoas canonizadas. Na Itália tem muito mais que aqui. E eu percebi os ex-votos, né? Aquelas manifestações de agradecimento. Agradeço a graça alcançada que os caras colem. E por que que eles fazem isso? Não é porque as pessoas, na verdade, elas acabam muito em razão do martírio que essa pessoa vive e milagreiro do cemitério.

[01:58:36]

Quase sempre é por uma morte trágica. Às vezes é uma morte sentida. Pode ser um velhinho, mas que era muito legal, todo mundo gostava. Um padre, uma benzedeira, às vezes também se transforma. E aí não é morte trágica. Mas muitas crianças, principalmente, acabam se tornando milagreiro de cemitério por causa de morte trágica. A menina Débora é uma. No Rio de Janeiro tem a Taninha, que foi morta pela Fera da Penha, que também foi um crime bárbaro, que também com motivações passionais, era o pai da menina. Era. Era motorista de ônibus. Teve um caso com uma passageira, começou a se relacionar com ela. Aí, popularmente dizem que ele engravidou ela. Ela queria ter a criança e ele meio que enganou ela, falando que a levaria para o médico, mas na verdade levou numa clínica de aborto, tirou a criança dela e ela ficou ensandecida que se vingar dele, da família e matou a Taninha. Matou a Taninha também. Circunstâncias horrorosas. Você pegou a menina na escola, levou a menina para um, para um curtume, para um matadouro que tinha um curtume.

[01:59:47]

Deu um tiro na nuca da menina e queimou. Jogou álcool, queimou a menina E aí o pessoal seguranças do curtume ainda conseguiram apagar o fogo. Mas a menina tinha tomado um tiro na nuca. E outra tragédia coisa. E ela também virou uma milagreira de cemitério. Então é um fenômeno que as pessoas que eu identifico como como uma possibilidade de conversão, daquela desgraça completa, daquela cor, numa esperança, numa ideia de e também às crianças. É mais fácil entender isso pela inocência. A gente tem muito a ideia do anjinho, né? Mas também por isso eu acho que caminha muito. E eu acho bonito isso, porque esse é um tipo de sentimento que a gente abandonou há muito tempo, né? O de ter um tipo de empatia coletiva. Ninguém mais se importa com nada, não se importa com o outro. Então eu acho um fenômeno legal. Primeiro por ter esse componente regional. Então você imagina a Vila Formosa tem sua própria divindade. Eu acho legal isso do ponto de vista.

[02:00:50]

Já chegou algum relato de alguém de dentro falar?

[02:00:53]

Cada placa dessa de agradecimento é a manifestação de alguém que conseguiu, por intermédio dessa, desse túmulo, dessa pessoa que está lá, alcançar uma graça. Pode ser algo ligado a saúde, pode ser algo ligado a emprego, pode ser algo ligado a amor, afetividade. Então, tem um monte de tipo de. Tem um monte de tipo de. De. De. De acontecimento e de graça alcançada. Não tem uma espécie só, mas que muitos, muitos acontecem por conta disso.

[02:01:27]

Essa santinha de jacuba jacuba.

[02:01:30]

Cara, essa é uma história que eu descobri a pouquíssimo agora, pouquíssimo tempo. Santinha de Jacuba é o seguinte e lá perto de Hortolândia era tudo Campinas. E essa menina com 12 anos, ela começou a ter premonição. Ninguém entendia. Tinha umas premonições. Todas ela acertava. Falando dos anos 30.930, A mãe dela começou a ter um problema estomacal, não sei o quê. Ela foi lá e curou a mãe. E ela usava para curar as pessoas, além de oração, as águas do rio Jacuba, que é um rio que tem ali no. Ela pegava numa bica pertinho do rio, perto da nascente do rio. Ela pegava a água e curava as pessoas. E cara, é essa história. É uma história que está totalmente escondida no tempo. E ela quando aconteceu, porque teve vários desdobramentos, quando aconteceu, veio gente do Brasil inteiro, Tem matéria aí. Até nesse vídeo tem matéria do Brasil, da imprensa, do Brasil inteiro cobrindo esse acontecimento. E aí, o que rolou? O juiz de O Menor de Campinas, na época, achou que era charlatanismo.

[02:02:33]

Achou que era os pais explorando a menina não sei o quê e mandou tirar ela do convívio da família e colocar num convento não sei o quê. Só que antes disso tudo acontecer, a menina falava que agia por intercessão de Nossa Senhora. Ela teve uma vidência, falou Nossa Senhora me falou que vão tirar, vão me tirar de vocês, da minha família. Aí os pais fizeram que levaram ela para levar ela para a casa do vizinho de uma fazenda vizinha. Três dias depois a o juizado de Menor. Lá o juiz de menor mandou todo mundo lá buscar a Santinha chamar Apolônia. Não acharam em casa, prenderam o pai da menina, foram no vizinho, ameaçaram o vizinho. Ele entregou a menina e a menina foi levada para para. A menina acabou sendo levada para uma instituição religiosa. E aí que que rolou essa história aí, ó. Tá vendo? Tem um monte de matéria da época. E aí eu achei Agora ela morreu em 94. Ela viveu bastante. Eu achei ela no cemitério e a brisa toda.

[02:03:47]

Achei o túmulo dela em Nova Odessa, perto de Campinas. Tá legal. Indiana Jones, né? Aí tá vendo a crítica? O jornal de Pô, cara do Rio de Janeiro. Os caras mandaram gente para cá para cobrir história porque parecia que tinha alguma coisa mesmo porque numa. Num feriado de Páscoa, ela mobilizou milhares de pessoas para a zona rural. Aí ela abençoou todo mundo. E ninguém entendeu nada. Ninguém entendeu nada.

[02:04:20]

Tipo Chico Xavier por aí.

[02:04:23]

Ou sei lá. Tipo, nem sei. Tipo assim, uma coisa muito, muito fora da realidade de todo mundo e todo mundo curado. Então todo mundo se curou. E houve uma. E houve uma mobilização para libertar a menina também. Então, uma história meio nova aí. Por isso que eu disse que tá aí no comecinho do pessoal.

[02:04:45]

Tem muita gente perguntando aqui do Cemitério da Saudade. O Vitor Costa perguntou sobre a saudade lá em São Miguel. Já foi nele? Já foi, Já foi. Tem alguma história interessante?

[02:04:52]

Não, não tem. De todo mundo que tá lá. Por isso que eu tomo cuidado para falar que não tem história interessante, porque eu acho que o maior patrimônio do cemitério são as pessoas. Não tem nada mais importante. Então é, mas eu não encontrei os milagreiros quando eu fui para lá. Quando eu fui para lá, eu não encontrei os milagreiros, que era o que eu estava pesquisando de São Paulo. Eu andei todos os cemitérios públicos de São Paulo atrás de milagreiro. Todos. Eu achei 24 milagreiros.

[02:05:20]

Uma pergunta pessoal minha você acha que os cemitérios estão assim em decadência? Estão indo para a extinção?

[02:05:28]

Eu acho que a prática cemitério, ela vai mudar? Eu acho que sim. Hoje em dia ainda ainda é. Porque o que você tem que entender que a gente tem que entender que tem um componente cultural e tem um componente econômico também. Então, tem muita gente que hoje opta por ser cremado, né? Mas os cemitérios ainda são ainda é o instrumento sanitário mais dentro dessa equação de economia viabilidade. Até mesmo questões sanitárias ainda é o cemitério. Ainda não tem muito jeito. Tem gente que fala Ah, tem compostagem humana, vai botar você não sei o quê. Você vai virar um coqueiro, mas custa 50.000 R$. 40.000 R$. Quem tem dinheiro para fazer uma cremação? Quem já fez sabe que custa entre 2000 e 10 1.000 R$. E então tem a cremação.

[02:06:23]

Hoje ela tá muito mais popular, né? Antigamente era muito, mais.

[02:06:26]

Muito mais caro. Mas ainda assim não é exatamente barato, porque as pessoas tem direito a ser enterradas gratuitamente. Quem não tem condição e.

[02:06:37]

A prefeitura tem essa obrigação.

[02:06:38]

Essa obrigação. Então, a cremação, isso não. Não compreende cremação. Tem o sepultamento, que é assim, para ficar fácil de entender. Criança fica dois anos sepultada, depois é exumado e os ossos são levados para ossuários. Adulto três a sete anos, Criança 2 a 5. Esse é o período que mais ou menos se tem como suficiente para você se decompor e. Depois desse período, Normalmente quando o jazigo ou o túmulo é da família. Então a gente vê aquela plaquinha escrito perpétua. Que é uma concessão. Ninguém é dono do túmulo, É uma concessão para utilizar aquela área para sempre. Enquanto você cumprir os requisitos que lhe são exigidos, não tem que pagar anuidade, tem que fazer manutenção. Você fazendo tudo direitinho, você pode ficar para sempre ali. Sua família pode ficar para sempre ali, né? Mas tem muitas pessoas que não tem condição disso, então vão para essas que a gente chama de quadra geral. São sepultados ali. Depois de três anos, essa esse local é reutilizado por outras pessoas.

[02:07:49]

Não são retirados os ossos colocados em recipientes ou levados para o ossário, ou às vezes fica no próprio túmulo, mas ele é retirado para outra pessoa ser sepultado.

[02:07:59]

Tem cemitérios agora? Horizontais, né? Ou não é verticais, mas verticais. Em Santos tem lá em Santos.

[02:08:05]

Santos, São Vicente.

[02:08:07]

Tem.

[02:08:07]

Eu fui.

[02:08:08]

No.

[02:08:09]

Pelé.

[02:08:09]

Tá sepultado no Memorial de Santos, que é um cemitério vertical.

[02:08:14]

Ah, e tem um túmulo dele lá, né?

[02:08:16]

O túmulo daqui é uma lona, né? Uma é um. É um processo diferente, né? Mas é um processo que demanda as mesmas exigências sanitárias de qualquer outro. Precisa ter verificação de solo. Precisa ser o descarte de descarte de subproduto. Tem.

[02:08:33]

O pessoal fala que o solo tem aquele estigma, né? Minha mãe falava Ó, foi no cemitério, chegou em casa, tira a roupa de cemitério, tira a roupa, põe lá, não pisa dentro de casa com a terra do cemitério, né, meu? E tem tudo isso daí. É assim Dizem que a terra do cemitério ela é muito. Como é que eu vou dizer? Contaminada, né?

[02:08:52]

Na verdade, é o seguinte a gente, o subproduto da nossa decomposição, é um agente biológico infectante. O que precisa fazer é cuidar. Não é para ser, embora, não é para ser. Se eu sempre falo? Se o cemitério. Se você não pode fazer. Se você não pode ter contato com o cemitério, ele tem que ser fechado. Outro dia. É muito engraçado isso que fica esse clima, né? Ninguém, Ninguém entende tudo. Eu tenho hoje um contato muito legal com o pessoal da Associação dos Cemitérios Privados e tem um sindicato também de de de proprietários de de necrópoles de cemitérios sempre privados. E as pessoas não imaginam o quanto isso é debatido aqui em São Paulo, quanto é debatido, quanto é verificado pela CETESB, por exemplo. Porque é sim um aparelho sanitário que precisa de verificação sanitária ambiental. E essas certificações elas são exigidas de tempos em tempos. Tem gente que vai lá, mas não é todo lugar que faz. Olha, eu, por exemplo, fui fazer, fui dar uma entrevista não faz muito tempo, no Cemitério da Consolação.

[02:10:03]

Eu fui às 07h00 da entrevista. Estava tendo uma verificação de solo. Tem vídeo que eu fiz aí até pela curiosidade das pessoas. Pô, será que faz verificação de solo? Tem que fazer. Eu fui num cemitério em Monte Alegre do Sul, perto de Amparo. Ele fica do lado do rio desde 2017, por conta de exigências ambientais. Todo mundo que é sepultado lá é sepultado junto com uma malha que chama invólucro, que é um tipo de absorvente de necro chorume. Porque senão há risco de contaminação hídrico. Então existem várias soluções para esse problema e é importante que as pessoas se atentem a isso também. Primeiro, para a gente não achar que a gente vai no cemitério e vai ser comido por uma bactéria, que é isso é importante, é muito importante. E é importante a gente saber quando a gente vê alguma coisa errada. Eu sempre falo que tem dois jeitos de resolver um é resolver de verdade e o outro é você crescer em cima de um problema. Eu sou sempre da eu sou. Eu sou da minha prática.

[02:11:11]

Toda vez que eu vejo algo que não tá legal, eu aviso Administração eu aviso quem? Quem é responsável pela parte? Eu faço a minha parte. Claro, se o cara não faz a parte dele, aí se avisa imprensa e se avisa Ministério Público. Quem quiser você vai, mas avisa. O cara dá a chance de ele resolver. Porque muitas vezes isso acontece, resolve. Eu acho que os cemitérios são muito estigmatizados e as pessoas são. Elas não conhecem esse lugar. O cemitério a gente vai lembrar aqui pouco tempo atrás. A gente já esqueceu tudo que aconteceu na academia pouco tempo atrás. Se não fosse os cemitérios, a gente não ia ter nenhuma dignidade de enterrar nossos mortos. Se não fossem os funcionários do cemitério que trabalharam dois anos, 24 horas por dia e que a gente nem lembra deles. Os cemitérios e o serviço funerário não entrou como serviço essencial. Como é que não era serviço essencial.

[02:12:08]

Entendeu? Foi muita politicagem.

[02:12:10]

Como que não é? Como que não é serviço? Essa galera trabalhou 24 horas por dia, dois anos, praticamente todo dia sem ter. Isso foi um esforço. E é aqui, sem fazer sensacionalismo, nada disso. Foi um esforço para dar dignidade, o mínimo de dignidade ou dignidade. Dignidade possível para as famílias sepultarem os seus, para eles poderem sofrer sem ter que se preocupar, como a gente viu em países do primeiro mundo Bélgica, Itália. Aqui perto, o Equador. Equador tinha gente na rua. Os cara morria dentro de casa, botava na porta de casa. Na Itália não tem. O sistema funerário ruiu. Não tinha onde, não tinha. Como as pessoas não eram sepultadas. Então a gente teve isso porque a gente tem uma estrutura funerária muito boa, de pessoas responsáveis.

[02:13:05]

Melhor do que muitos.

[02:13:06]

Vai ter muito. Vai ter problema, lógico. Quem sou eu para falar que não vai ter? Que não vai ter um descaso, Que não vai ter algum ou algum vazamento. Não sou irresponsável de falar isso, mas que muita gente trabalha também para manter a sanidade desses lugares, isso eu posso garantir que tem.

[02:13:27]

Deixa eu fazer uma pergunta também, minha pessoal. Tem um vídeo que eu vi uma vez que os caras os policiais estavam polícia ou guarda civil tava indo verificar a ocorrência e começou a dar uns gritos no cemitério. Falaram que é um animal né, que parece um que ele vai lá comer o cadáver. Ele dá uns gritos assim e parece que é uma pessoa gritando, né cara?

[02:13:46]

Cemitério tem de bicho que eu já vi. Saruê, Escorpião, gato, sagui. Eu não sei se é.

[02:13:56]

O Saruê que dá uns gritos parecendo de uma pessoa gritando, mas ele gritando assim Desespero, manja?

[02:14:03]

Ele come mais, ele come mais escorpião e barata do que quem come quem? Um agente decompositores importante e barata barata come gente mesmo. Ele rói os ossos ainda barata curte a gente até os ossos. Come, come o restinho de osso ali elas elas vão em tudo.

[02:14:24]

Barata é barata e barata.

[02:14:26]

Barata sobrevive. É bomba atômica, né, cara? Imagina. Come qualquer coisa, Mas esse daí eu não sei o que que é. Talvez seja algum pássaro. Sabe, bicho? Lá em Campinas, por exemplo, tem tucano que tem um grito esquisitíssimo. Tucano tem um grito estranho. Pode ser.

[02:14:43]

Eu vi um pássaro assim. Tá tudo escuro. Estou indo com a lanterna acesa perto do cemitério. Aí começa a dar. Começa a dar esses gritos. Correria os polícias, os guardas, meu pino ótica vazar. Grito gritou se de pessoa que estava em desespero. Aí falaram que era um animal. Que ele frequenta os cemitérios, né? E ele come as pessoas em decomposição.

[02:15:05]

Então porque como é que é aí que tá que eles cavam?

[02:15:08]

Eles cavam a cova, chega até lá no corpo e se alimenta.

[02:15:13]

Então, por exemplo, por que não recomendam? Não sei. Por exemplo, Tatu, não sei se come cadáver. Tatu, por exemplo, é um bicho que na. Muita gente come tatu e pega doença porque o tatu é um. É um bicho que vive. Eu não sei exatamente qual o tipo de parasita, qual tipo de doença que é. Mas, por exemplo, hanseníase é muito. É muito transmitido pelo tatu. Não sei se é o tatu que come também resto de decomposição. Mas esse lance eu sempre falo, porque o cemitério ele tem estigmas muito fortes, né? Então a gente tá falando de questões de saúde e tal. Eu tenho certeza absoluta, que é mais fácil você pegar hepatite A indo para praia do que você pegar uma visita ao cemitério. Entendeu? O necro chorume. Ele é transmissor de algumas coisas. Hepatite A é um deles. Tuberculose e outra é febre tifóide. Acho que são as três doenças que são mais transmitidas pelo. Pelo necro chorume. E eu tenho certeza que você pega isso mais fácil se você for para a praia.

[02:16:25]

E também acho que a administração de algumas verdades que as pessoas falam. Por exemplo, fala assim o cemitério é um lugar que tem contaminação. Verdade. Por isso que você tem que lutar contra a contaminação. Mas se eu chegar aqui para você falar assim, ó. Se você der um Google agora e ver quantas pessoas morreram o ano passado de intoxicação alimentar, vai ver um número assustador 600.000 pessoas morreram por intoxicação alimentar. Olha. Olha a minha. Olha a mobilização de uma verdade que eu transformo numa sacanagem. Eu uma vez peguei uma intoxicação alimentar depois de ir num restaurante. Aí eu falo assim para você. Restaurante é lugar de intoxicação alimentar, logo, é um lugar de morte, porque a construção 600.000 pessoas morreram ano passado. Eu fui num restaurante. Muita gente já deve ter ido no restaurante e tido alguma comida, um restaurante ruim e tal. Mas o restaurante não é um lugar de morte. Restaurante é um lugar de comer uma coisa gostosa. Você vai comungar do momento legal. O cemitério fala a mesma coisa.

[02:17:36]

Pode ter. Eu não sou irresponsável de dizer que não pode ter um cemitério com problema sanitário, que precisa ser enfrentado, que tem um monte de solução. Tem barreira? Barreira hídrica? Tem. Isso que eu falei dos invólucros que são esses absorventes? Tem uma série de estratégias para você conter, porque o chorume também. Ele é biodegradável. Então você produz aquilo. É verdade. Isso precisa ser tratado, precisa ser contido. E como que isso acontece? Você pode primeiro o estudo de solo. Às vezes você pode ter um solo que tem uma composição geológica que ele não infiltra algum, por exemplo, o lençol freático, E aí está tudo bem. Em tese, se você não contamina o solo que vai contaminar a água que as pessoas vão beber minimamente, está resolvido. Mas você pode ter alguma coisa perto. O que você faz? Você precisa ter esses instrumentos. Barreira hídrica. Tem esse outro que eu falei do invólucro. Fala que o cemitério não é um lugar de doença. O cemitério não é para ser um lugar de doença.

[02:18:37]

Se ele está doente, se ele tem alguma coisa, ele está com um problemão.

[02:18:42]

O Tiago Corrêa falou Tatu peba, come defunto, Tatu acabou.

[02:18:46]

Tá vendo tatu peba come defunto.

[02:18:48]

Não sei se isso daí é o tatu peba.

[02:18:51]

Pergunta. É aquele tatuzão grande, né grandão?

[02:18:54]

E eu vi aqui também no Google que o animal que eu falei se chama IGU.

[02:18:58]

O que.

[02:18:58]

É IGU? É tipo uma coruja. Ela grita que nem uma pessoa entendeu.

[02:19:03]

Pode ser.

[02:19:05]

A pessoa ave.

[02:19:06]

De rapina. Com certeza tem cemitério porque tem Saruê, que é um gambazinho, que é um marsupial que é. Ela pega uma coruja, pega brincando um saruê. A coruja pega, gato pega cachorro. A ave de rapina come escorpião também come a mariposa, come outros pássaros. Pode ser.

[02:19:29]

Mesmo. Então você tá a noite no cemitério, tá correndo o risco e de repente um escorpião vem ali.

[02:19:33]

Escorpião Eu uso lanterna de escorpião, mas tem jeito de evitar acidentes. Escorpião também. No cemitério você tem que. Você não pode sentar no túmulo, pôr a mão no túmulo. O problema do escorpião Não é você ir num lugar que você sabe que tem Escorpião. Perigo de acidente Escorpião. É você ir num lugar que você acha que não tem escorpião, porque aí você bota o seu sapato e o escorpião tá dentro da fazenda dos seus parentes. Você vai num, você vai no seu e.

[02:20:03]

Vai falar não bota no meio não. Tá bom continuei.

[02:20:06]

Mas era isso que a gente estava falando de cemitério em geral. Aqui vários temas de cemitério.

[02:20:10]

Vamos falar agora dessa estátua aí que virou sim símbolo, né? A galera vai lá e senta lá, Para que eu falo? Tipo.

[02:20:20]

É um tipo de milagreiro, né?

[02:20:22]

Não deixa de.

[02:20:22]

Ser. Mas isso aí fica na França, no pé. Esse cara chama Victor Noir. Ele era um jornalista, desafeto da família do Napoleão na época. E ele tem um. Ele tem um entrevero lá com um parente do Napoleão que desafia ele para um duelo. Ele aceita e o cara mata ele. E quando ele mata o cara, quando ele morre, ele tem uma ereção pós morte. Vocês já ouviram falar disso? Que é quando a gente tá morrendo? Seu corpo entra em colapso.

[02:20:56]

É diferente do priapismo, né?

[02:20:57]

É o priapismo.

[02:20:58]

É um abismo.

[02:20:59]

Ereção. O cara fica de pinto duro, morto, joga uma quantidade enorme de sangue para o Peru e ele fica duro. E esse cara teve isso.

[02:21:08]

Gente, Vai querer morrer. Aí os caras aqui estão o morto.

[02:21:12]

O cara anda.

[02:21:13]

Com morto na cueca.

[02:21:15]

Aí fizeram o que aconteceu isso. Fizeram exatamente como ele morreu. O cara reproduziu igualzinho. Isso aqui chama túmulo jacente. Quando você faz uma. Quando você simula? Então e aí? O que acontece? Essa é a fama dele. Ele tem uma fama de que quem for lá pôr a mão, sentar em cima, resolve problema afetivo e de fertilidade.

[02:21:42]

Ereção.

[02:21:42]

Fertilidade em geral. Não, não é nem ereção, porque a maior parte das pessoas que vão lá são mulheres. Então elas sentam ali, se esfregam ali porque falam que ele tem esse poder de.

[02:21:53]

Deixar ela mais.

[02:21:55]

Fogosa. Não, não, não. De fertilidade mesmo.

[02:21:59]

A fertilidade, a fertilidade não tem problema de engravidar, Engravidar, Então.

[02:22:03]

Um monte vai lá. E o que acontece? É muito engraçado esse essa parte aqui de de oxidada do bronze chama zinabre, chama zinabre. No peru dele não tem e no nariz não tem também. Então a galera senta na cara, Se tiver alguma, dá no rosto dele, na boca, no peru, no nariz e no pé.

[02:22:26]

Caraio! Até no pé os cara vai esfregar, a mulher vai esfregar as partes lá no pé do cara aqui, o pé dele.

[02:22:33]

Os dois pezinhos dele.

[02:22:37]

Porra no pé do nariz!

[02:22:40]

Essa menina.

[02:22:41]

Tá precisando.

[02:22:42]

De sentar no morto. Não, né, meu. Ela podia arrumar um vizinho aí que tava legal aí, né?

[02:22:48]

O queixo.

[02:22:49]

O queixo, a boca dele. Mano, galera, vai, beija.

[02:22:54]

Imagina a coceira.

[02:22:59]

Carai, mano! Então, acho que é isso, né? Vamos liberar aí o Thiagão que amanhã o Tiago trabalha também, né irmão? Tá mais cedo. Tem alguma previsão pra ir pro cemitério agora? Próxima coisa que é sexta.

[02:23:09]

Lá no.

[02:23:09]

Cemitério da Consolação. E outra coisa, se alguém quiser acompanhar você, como é que. O que te.

[02:23:13]

Assombra? E é assim os nossos passeios são gratuitos. A gente é voluntário, tá? A gente não ganha nada de concessionária, nada. A gente faz porque a gente acredita que a gente. Digo porque eu não sou só eu, né? Eu faço com a professora Viviane, que é uma historiadora especialista em arte tumular. Então, os passeios que a gente faz aqui em São Paulo nós fazemos em dupla. E a gente faz porque a gente quer popularizar mesmo esse tema. A gente quer tentar salvar o que sobrou dos cemitérios. São Paulo do Brasil Tem muita gente no Brasil bacana que faz. Mas a gente quer fazer isso a partir dessa possibilidade de conscientizar todo mundo de que é um lugar que merece ser protegido, ser cuidado.

[02:23:55]

Em muitas cidades, eles foram abandonados completamente, completamente, completamente. O Cemitério da Saudade mesmo, que é perto da minha casa. Tem uma lateral dele ali que tava vazando ali, sabe?

[02:24:04]

É isso que eu tô falando. Chorume é isso Vazando.

[02:24:07]

Ali, cara. E era um cheiro ruim, sabe?

[02:24:10]

Quando tem alguma coisa do gênero, você consegue perceber pelo cheiro, Não tem jeito. O cheiro de. O cheiro de decomposição é a coisa mais horrorosa que tem.

[02:24:19]

Deveria ser mais cuidado, né? Eu tenho cuidado melhor porque.

[02:24:22]

Na verdade, cara, o jeito, o jeito que a gente trata o morto diz muito sobre o jeito que a gente trata o vivo. Porque os mortos são nossa, são nossos ancestrais. A gente. A gente pensa nas coisas do passado como algo muito remoto, né? E na verdade a gente tá falando disso. A gente tá falando de ancestralidade, falando da sua história, da sua. Da minha. Da nossa. De todo mundo. Por isso que o cemitério é um lugar que precisa ser preservado, independente de ele ter ou não essa. Esse mobiliário escultórico que a gente falou que é muito bonito, que é muito legal, que ajuda até ilustrar para as pessoas, né? A importância dele também, artística, cultural e tal. Mas no final das contas, o que a gente precisa fazer é proteger o cemitério, porque ele ele conta a nossa história, porque a gente tem de bom, porque a gente tem de ruim.

[02:25:12]

E o seu Instagram, Qual que é?

[02:25:14]

O que te assombra?

[02:25:15]

O que te assombra?

[02:25:16]

Essa caveirinha aí que aparece pelo.

[02:25:17]

Pelo seu Instagram, a pessoa consegue. Se consegue, lá consegue.

[02:25:22]

Tá lá. Todo mês a gente põe uma agendinha.

[02:25:24]

Legal.

[02:25:25]

E a gente coloca sempre. Além da agendinha, a gente coloca uma semana antes dos passeios os links para inscrição. Que eu não sou Eu não sou um cumpridor de regra de inscrição. Se Fala mano! Tô. Posso esse? Essa sexta eu posso outro trabalho e tal. Pode ir, Entendeu? A gente não. A gente precisa ter uma medida para a gente. Precisa ter uma medida máxima para não extrapolar. Mas assim, por uma exceção. Fala lá com a gente que esse negócio não tiver muito apertado, pode ir.

[02:25:56]

Sempre na sexta feira.

[02:25:57]

Eu faço sempre os dias que eu não assim. Então, sexta, sábado e domingo normalmente eu faço de final de semana em ocasiões muito assim. Por exemplo, dia 31 de outubro, que é dia de los Muertos, tem aquela atmosfera do Halloween. A gente vai fazer. Então, eu costumo fazer algumas datas muito particulares durante a semana, mas sempre depois que o cemitério fecha.

[02:26:20]

Então, uma curiosidade minha rapidinho aqui, lógico. Lá no México tem uma santa que é uma caveira. Eu vejo muito em filme aquilo ali, né meu? Qual o significado daquilo ali?

[02:26:30]

Por isso que eu tô falando. A caveira na verdade é muitas. No México se usam.

[02:26:35]

Caveira do México aqui.

[02:26:37]

Essa aqui.

[02:26:38]

Também. O Katrina.

[02:26:39]

Essa aí é a Katrina, a Katrina. Essa aqui também é de lá. Então porque na verdade ele não tem a morte? A gente vê a morte. A morte em si, o acontecimento é uma bosta. Só que a morte, ela é ela. Ela não precisa ser um marco que te extingue da existência. Por isso que eu falo que vida é diferente de existência. Porque a gente continua existindo. E muitas culturas vêem a morte desse jeito, Como essas festas, na verdade não são festas para a morte. São festas celebrando a vida. São festas celebrando memórias. Então, por isso que a gente. Por isso que você vê muita referência de caveira é a dor adornada com, né? Alegorias com colorida, com esses motivos alegres, festivos, por causa disso.

[02:27:34]

Está falando aqui na cultura mexicana, a caveira mexicana é um símbolo de homenagem às pessoas que já morreram. E também representa a proteção contra. Eu fiz isso daqui porque ela diz proteção contra maus espíritos e energias negativas. As caveiras mexicanas são frequentemente decoradas com flores e cores intensas. O que a distingue das caveiras comuns? No México, as caveiras são Dia dos mortos. No dia um e 2 de novembro, durante o Dia dos Mortos, as pessoas visitam o túmulo de seus familiares e erguem altares em sua homenagem.

[02:28:08]

Um monte de amigo que foi e falou que não, que nem ficava a vontade. Assim que no primeiro dia a galera vai para beber comer, então monta uma puta mesona em cima do em cima dos túmulos, assim com comida tal, a galera bebe da hora.

[02:28:20]

Demais irmão, vamos falar aqui do nosso patrocinador e encerrar, certo? Família? Link na descrição. Vai lá. 20. Com mais 20 40 rodadas 40. Dá certo. Joga a responsabilidade para maiores de 18 anos. Leva 9/2 para se cadastrar lá e você pode ganhar até 1.000 R$ em bônus. Então vai lá, filho, vai lá, joga a rodada grátis, sai fora ou fica? Faz o que você quiser da sua vida, mano. Cada um faz o que quiser da vida. Passou o podcast aqui falando cada um. Cada cachorro que lamba sua caceta, certo? Então é isso.

[02:28:54]

Jogue com responsabilidade, doutora Camila.

[02:28:57]

Você que tem um problema. Você que tá precisando de um advogado que entende nss. Pensão por morte, dividas, pensão da devendo pensão e recálculo do INSS, fez um piquete, recebeu e quer processar alguém. A porra toda é a Dra Camila. Esse cara fala que chama ela fala carai Camila é monstro hein mano? Então vai lá que ali tem de tudo, aí logo, logo tá chegando aí para limpar teu nome também. Ela vai limpar teu nome com a parada que ela tá bolando aí, certo? Então é isso. Quem está em colchões perde seu colchão. Quem está melhor? Colchão do Brasil é a desgraceira que tá ali atrás. Tá aqui atrás. Tá aqui atrás. Tá mandando mais três cadeiras pra gente aí essa semana. Valeu Dxs. É nóis! Vocês vão ver a cadeira, Vocês vão querer comprar porque, olha, duas mãozona vieram nesse naipe aqui.

[02:29:49]

Eu vou levar embora.

[02:29:50]

Ah, vai. Já levou? Já soubesse a briga que é todo dia alguém da minha família me dá uma cadeira danada. Quer? Então não sigam. Sigam aí o Tiago. É só jogar no Instagram que te assombra. Tem umas.

[02:30:07]

Historinha lá.

[02:30:08]

A gente conta tudo lá. Olha esse conteúdo. Pra postar, a gente põe na cabeça.

[02:30:13]

A gente põe lá, conta as histórias dos milagreiro. Conta a história de assombração. Conta a história da hora.

[02:30:18]

Marca. Chama nóis que.

[02:30:22]

Vale a foto. Tá aqui falando com a mão dele. Virou sopa de mendigo. Puta que.

[02:30:27]

Pariu.

[02:30:27]

Um filho da.

[02:30:28]

Puta.

[02:30:28]

Irmão, obrigado mesmo da hora ter você aqui, mano. Papo diferente. Diferente. Só acostumado com tiro, porrada e bomba, mano. Você é louco? Agora vamos falar de morte. Defunto Agora a gente ia trazer um. Você conhece alguém que é que convive com o espírito, que tem uns bagulho de não. A gente foi lá, tirou o espírito de lá.

[02:30:49]

Tem a minha, tem o Brasil, pô, E a Rosinha e o E o João São querido?

[02:30:56]

Deve, tem uns cara, deve ter. Aí eu rolei.

[02:30:59]

Aí eu rolei de. Aí eu rolei de. De investigação. Eles atendem às famílias que estão com infestação na casa.

[02:31:08]

Você conhece.

[02:31:08]

Eles.

[02:31:09]

Porra! Dá um salve nele pra ele vir pra cá, cara. Aí você fala com eles, pra eles vir pra você. Já era. Cara, esse cara vai chegar. Bota essa filmagem aí, o espírito andando quando você vai ver o Castro na madrugada e não mijar, o espírito do velho maluco.

[02:31:26]

Deu um me encham o.

[02:31:27]

Eu tô ficando velho, Eu vou dez vezes.

[02:31:29]

No banheiro a noite. Inferno, cara, é foda, mas é.

[02:31:32]

Bom, cara.

[02:31:32]

Cara, vai lá o túnel e.

[02:31:35]

Vai na rota que vai explodir seu vídeo, mano! Vou lá no youtube sexta feira.

[02:31:40]

Sexta feira faz visitação.

[02:31:42]

Lá tem horário, acho que é das dez a meio dia. Cola lá e fala com os caras. Fala irmão, sou historiador, Quero. Gravo tudo aí, cara.

[02:31:48]

Outro dia eu fui do lado. No outro dia, lá no Museu de Arte Sacra Mosteiro da Luz, também tem um cemitério. Lá tem um cemitério da da Ordem das Irmãs Sionistas. Cara.

[02:32:02]

Não falta esse Catedral da Sé também. O bagulho e um monte de gente lá também.

[02:32:05]

Na cripta tem um monte de gente lá sepultada na Cripta da Sé.

[02:32:11]

Mas tem alguma.

[02:32:13]

Liberdade. Bairro da Liberdade era um cemitério, o primeiro cemitério de São Paulo de verdade. O Cemitério dos Aflitos era. Era onde a liberdade foi construída. Em cima, o bairro da Liberdade.

[02:32:24]

Segundo cemitério.

[02:32:26]

O primeiro cemitério?

[02:32:28]

Não. Mas o Bairro da Liberdade foi criado em cima do cemitério. Sim. Ah, é? Caraio!

[02:32:32]

Imagina o tanto de morto que deve estar ali embaixo.

[02:32:35]

Morto em 2018, a.

[02:32:37]

Cidade já ouviu falar de outra cidade que não outra.

[02:32:40]

Cidade? A gente tem várias cidades, a gente tem várias camadas de cidade, né?

[02:32:44]

Então vamos voltar ao podcast aqui. Calma aí que esse assunto tá. Isso aí vai parar amanhã.

[02:32:50]

Tô só pra falar um. Tem um memorial. Memorial dos Aflitos. Cemitério dos Aflitos foi o primeiro cemitério Cemitério de São Paulo Formal. 1775. E ele era até hoje Tem a Capela dos Aflitos, que tem uma alameda no Beco dos Aflitos. Desce a Rua dos Estudantes, se não me engano o Beco dos Aflitos, onde fica a Igreja da Santa Cruz dos Enforcados. Era uma forca. É o Largo da Liberdade, onde tem a tem estação de metrô? Onde ficam as barraquinhas? Ali era o Largo da Forca. O João Mendes ficava o perto do João Mendes ficava a casa de Câmara e cadeia. Câmara era a Câmara onde faziam as leis. Embaixo a cadeia é o Pelourinho. Fica ali perto da 7 de Setembro. Do Largo. Tudo ali perto. Tudo ali. Então, esse era o rolê. Mas isso fica para uma próxima vez. Não vai abrir de novo.

[02:33:51]

Não, Mas esse bagulho aí de cidade. Só pra finalizar, como assim? Várias cidades.

[02:33:55]

São várias.

[02:33:57]

São Paulo. Falar de Barrabás?

[02:33:59]

Não. Barrabás era o cara. Que Barrabás? Não, aquela.

[02:34:02]

Cidade lá na Amazônia, É verdade. Rata na Barra, Rata. Na verdade.

[02:34:08]

Barrabás.

[02:34:10]

Era um cara quase igual, quase igual, quase igual.

[02:34:12]

O Barrabás foi que foi escolhido para ser livre. Foi O povo escolheu Barrabás ao invés de.

[02:34:19]

Jesus, que.

[02:34:20]

Era ladrão, Cara que Quero ladrão.

[02:34:21]

E rata na base.

[02:34:22]

Rata na base. Eu não sei, cara. Eu falo que é uma cidade escondida na Amazônia, né?

[02:34:27]

Os cara fala que é uma cidade de ouro que tá embaixo da Amazônia. Vamos lá.

[02:34:31]

Vamos lá, estamos indo. Eu não. Quem sou eu para duvidar de quem fala alguma coisa? Mas estamos em 2024. Tem satélite até na casa do caralho. Tu já viu uma cidade de ouro?

[02:34:44]

Tem como não achar cara?

[02:34:46]

Difícil não pegar, hein? Mas é uma história boa, né? Eu acho legal. Sabe que eu gosto? Eu adoro. Eu adoro história. E também gosto de história ficcional, porque a gente não precisa.

[02:34:56]

Acreditar em tudo. Mas deve ter alguém lá, deve ter ruína.

[02:34:59]

Pode ser ruína? Pode ser. Tem coisas que pode acontecer.

[02:35:03]

Mas é protegido. Você não pode entrar lá, não, filho. Por que que não pode? Posso contar.

[02:35:07]

Um negócio? Só um negócio. Só para fechar de uma experiência minha com uma coisa assim. Eu fui agora em janeiro, na necrópole do Vaticano, a necrópole do Vaticano, onde fica aquela Basílica de São Pedro? Que lugar lindo! Onde fica o Vaticano mesmo? Tinha sido o primeiro uma outra basílica de Constantino, que foi o primeiro cara. Foi o imperador romano que transformou Roma num império cristão. Então Constantino se converte ao cristianismo. Os romanos perseguiam o cristão até então. Ele lá no leito de morte, se converte cristão, e ele faz uma basílica. Lá dentro, do lado de fora do Vaticano, ficava uma pista, um circo que falava, um circo romano que tinha corrido onde tinha aparecido. Bem, mal comparado com o tipo Coliseu. Mas tinham algumas simulações de batalhas, né? Dos Cartago, de não sei o quê, embaixo da basílica. E tinha uma necrópole. Tinha um necrotério, tinha um necrotério, tinha uma necrópole, uma cidade de morte, porque os romanos sempre acreditaram que os corpos, as almas ficavam próximas dos corpos.

[02:36:23]

Então, por muito tempo eles queimavam inclusive os corpos para os espíritos não ficarem próximos. Mas eles acreditavam que se você se soltasse, as almas não iam embora. Elas ficavam perto dos corpos. Muito bem. Só para encurtar muito a história, construíram a Basílica Nova em cima da Basílica Velha. E o que que os caras encontraram em 1940? Na década de 40, um Papa muito curioso. Tinham. As informações. Tinham batido para ele que Constantino tinha encontrado os ossos de Pedro Apóstolo, o cara que jantou com Cristo na Santa Ceia, no tal lugar, e ele mandou abrir umas alguns lugares embaixo do que se tinha, como embaixo do. Do Vaticano. E ele começou a achar de fato uma necrópole e achou a necrópole. E ele encontra num tipo de urna revestido com o manto de Constantino, com o brasão de Constantino, uma ossada. Como tinham falado para ele muito, muito por fofoca, mas uma coisa assim formal, de que eram os ossos de Pedro Pedro, o primeiro Papa Pedro, o primeiro, o primeiro, o apóstolo que foi o primeiro Papa a partir de Constantino.

[02:37:43]

Então eles encontram no Vaticano uma cidade de mortos. Eu estou falando tudo. Por quê? Porque a gente imagina. Vamos lá. O Saracura, o Quilombo Saracura começaram a tirar o Vai-Vai do centro da cidade. Começaram a construir uma estação de metrô. Certo. Acharam um resíduo arqueológico. Parou a construção porque a cidade passou por cima do que existia ali desde sempre um quilombo ali. Então acharam ossos, acharam indumentária. Vaso não sei o que lá na Liberdade. 2018. Tô falando de coisa de agora, de agora, Agora, 2018. Do lado da Capela dos Aflitos, um chinês empresário chinês tinha comprado um terreno para construir um shopping. Quando ele começou a fazer as fundações na Liberdade, no ano de 2018. Aqui, aqui, aqui. O cara começou a fazer as fundações. O que que ele encontrou? Nove ossadas. Puta susto. Não sabia se era desova. Não sabia o que era. Não sabia se era um serial killer, não sei o quê, mas todo mundo tinha. Sabia que ele era um cemitério e tinham dito que tinham tirado os corpos de lá e levado para consolação.

[02:39:00]

Porra nenhuma. Tava tudo ali. Ele achou num espaço de, sei lá, 20 por dez. Nove ossadas. Então, quando eu falo que tem uma cidade embaixo de outra e debaixo de outra. Tem, porque você imagina. São Paulo foi fundada em 1554, depois de uma missa no dia 25 de janeiro. E se a gente imaginar que muita coisa acontecia aqui antes? A gente tem várias camadas dessa cidade. Por isso que eu acho que a gente todo lugar.

[02:39:32]

Eu não sei nada disso, mas eu era. Eu não me ligava em nada na escola, tá ligado? Os caras vinham com história.

[02:39:39]

Pra escola só por comer.

[02:39:40]

E hoje, que nem estou.

[02:39:43]

Interessado, é só comer merenda.

[02:39:44]

Tá interessado pra caralho. E legal que era antes de 1500. Mas a escola eu não sei, porque eu nunca estudei. Eu falava essa porra.

[02:39:52]

De lá do Vaticano, um filme do Tom Hanks que é.

[02:39:55]

O Código da Vinci.

[02:39:57]

Isso. Mano, esse filme Código da Vinci.

[02:39:59]

Que você que ele tava procurando um segredo muito grande da igreja, que na verdade eram os descendentes de Jesus, que era a menina lá, que era todo mundo. O filme é velho também, tem que ver quem não viu. Mas ele está procurando.

[02:40:13]

Sensacional!

[02:40:14]

De novo esse filme, mano.

[02:40:15]

Esse filme é sensacional, mas o que aconteceu?

[02:40:17]

Ano de 1500 aqui em São Paulo?

[02:40:19]

Você sabe tudo, cara.

[02:40:21]

Sei não. Tava. Aconteceu um monte.

[02:40:22]

De coisa.

[02:40:24]

Ainda.

[02:40:24]

Mas você não sabe a história da sua cidade. Quem Você não sabe? A história da sua cidade? Por que, irmão? 2000 anos, certo? Nós estamos no ano 2024.

[02:40:34]

Do calendário cristão.

[02:40:36]

Caralho, meu irmão! Imagina quando começou? Vai ano, um ano, dois ano três. E daqui daqui 100 anos não vai ter Cristo, não vai ter ninguém.

[02:40:50]

Esse calendário que nós temos aqui é o calendário depois de Cristo.

[02:40:52]

Cara, é isso, cara. Você quer ver? Eu fui para Roma. Fiquei louco lá. Lá eu fiquei louco porque lá, por exemplo, o Nero que a gente não sabe, Nero. Todo mundo falava que o Nero é o anticristo. Todo mundo fala que o Nero é um dos anticristos, um dos Anticristo. Por que o Nero? O Nero foi o primeiro? O Nero foi o Nero? Foi um cara que foi. Todo mundo culpava ele por. Olha que loucura! Como é que começa? Os meus amigos padres lá do Vaticano me contaram que Nero tem muita gente. Que culpa Nero, que fala que o Nero botou fogo em Roma porque ele era louco. Mas parece que a história não foi bem assim. Ele percebe que Roma tá pegando fogo e ele deixa. Não foi ele que queimou. Mas aí o que aconteceu? Pegou fogo em 70% da cidade, 70%. Roma tinha 1 milhão de habitantes. É coisa para caralho para você pensar naquela época. E o povo falou Nero.

[02:41:53]

E aí, 70%, Minha casa queimou tudo. Como é que fica? Nero começa a não saber o que fazer e fala Sabe esse maluco aí que tá que tá reunindo o povo que tá falando de um, falando de um Messias que era Pedro, ele começa a perseguir os cristãos porque não existia só o cristianismo, existiam vários núcleos de outros tipos de religião nascendo naquela época. E ele fala Esse maluco aí é ele que botou fogo em tudo. Então ele bota a culpa em Pedro, que à época circulava por Roma. E começa a perseguição dos. Começa de forma mais ferrenha a perseguição do Estado romano aos cristãos. Obviamente, eu estou falando dos cristãos como uma organização, como uma religião, porque Cristo Ele foi. Ele foi perseguido muito mais pelo que ele significava e pelo que ele causava nas pessoas do que pela organização. Até porque Cristo fala um negócio agora que ele nunca quis formar religião nenhuma no entorno dele, Ele não queria isso. Mas a perseguição aos cristãos como uma uma como um embrião de uma organização Religiosa.

[02:43:05]

Foi por causa do Nero. E depois desse tar desse incêndio aí. Doideira, né cara?

[02:43:12]

Aí e agora a gente tem um anticristo aí que tá aí. O Papa. Para mim ele é o anticristo. Cara, é.

[02:43:19]

Maravilhoso. Bonzinho?

[02:43:21]

Bonzinho. Argentino? Já começa por aí, né? Essa é a pior. A pior já começa por aí. Mas o.

[02:43:28]

Papa não.

[02:43:30]

É o outro. O cara tá aí, o cara defende coisas que não.

[02:43:33]

Mas aí é ele. Ele vai morrer, vai vir outro que não vai defender ele.

[02:43:37]

Ele é o representante da Igreja Católica. Então ele deveria dar o exemplo, né? Apesar que eu tenho que dar o exemplo do exemplo de porra nenhuma. Mas só que certas coisas lá ele devia respeitar. Eu gosto.

[02:43:49]

Do Papa. Eu não, Eu gosto, eu não gosto. Eu gosto.

[02:43:52]

Do Papa. Eu gosto. É bom que nós somos uma democracia. Ótimo. Eu não gosto dele, cara. Eu não gosto dele porque ele age. Algumas ações dele eu acho que não vai de encontro a tudo bem. Ele quer ser atual. Só que você pode ser ele. Você pode ser atual. Mas só que você tem que respeitar.

[02:44:10]

E a cúpula do bagulho fala O outro tempo tem que se atualizar.

[02:44:15]

Eu acho o Francisco um cara. A gente não vive aqui. A O flagelo da imigração, do do, do desamparo completo. É muito louco isso na Itália. E é cada um faz. A Itália pleiteia muito, por exemplo, uma assistência maior da Europa, porque todo mundo chega por Lampedusa, todos os imigrantes chegam por Lampedusa. E é assim, gente, vamos lá, vamos combinar o seguinte a Europa sempre explorou o mundo inteiro. 01h00 a conta ia chegar.

[02:44:51]

E exatamente.

[02:44:52]

01h00 a conta ia chegar, né? Então esses, esses povos que fogem para a Europa hoje, na verdade fogem porque o lugar deles Completamente desassistido porque a única relação que tinha era exploratória. Não existe outra coisa. O que os caras iam fazer na África? Iam, Iam promover conhecimento? Ia lá porra.

[02:45:12]

Nenhuma.

[02:45:14]

Então a gente, a gente, a gente não entende. No Brasil a gente entende um pouquinho. O Brasil, por exemplo, essa, esse êxodo de venezuelanos e de outros povos que vem também tentando alguma qualquer coisa melhor aqui. Mas a gente não compreende isso. Tanto que se for para Rondônia, para aquela parte fronteiriça, existe um anteparo lá de assistência dessa galera que está vindo desesperada, que não tem nada. E vocês imaginam isso? Milhões e milhões de pessoas na Europa. Então o Papa, Para mim, ele tem uma função muito importante para humanizar esse processo.

[02:45:54]

É o que ele deveria fazer.

[02:45:55]

É isso? Não, mas ele isso ele faz muito lá lá.

[02:45:58]

O grande problema porque que ele apoia o comunismo, cara?

[02:46:01]

Ah, mas o comunismo.

[02:46:03]

É um câncer do mundo.

[02:46:05]

Cara, eu.

[02:46:06]

Não deu certo em lugar nenhum, eu.

[02:46:08]

Acho. Eu acho que nada deu certo. Eu acho que nada deu certo. No espírito da coisa, eu acho que nada deu muito certo. Mas realmente eu acho que tudo. Eu acho que a gente. Eu vou te falar que numa boa. Eu acho que, pelo amor de Deus. Eu acho que a gente se prende muito a certos símbolos e signos e a gente passa desapercebido. E muita coisa importante passa desapercebido, porque a gente fica preso nos conceitos das coisas do que na realidade. Eu acho que quando a realidade se impõe. Por isso que eu gosto muito do tema da morte. Porque a morte, ele é um tema que ela se impõe perante a realidade. Ah, a morte vai chegar para quem é de direita, vai chegar, para quem é de esquerda, vai fazer a mãe do cara de direita sofrer para o pobre, Vai fazer, Vai fazer a mãe do cara de esquerda sofrer para o cara direito sofrer por você? Perder um irmão não importa. Então, eu gosto do tema da morte, porque ele faz a gente se reencontrar, infelizmente, num tipo de dor, mas que no final das contas, faz a gente.

[02:47:13]

Porque eu acho que o maior, a maior questão hoje, principalmente no nosso país, não é mais a gente ficar buscando o que a gente tem de diferente, é ver o que sobrou de coisa igual que a gente pensa e minimamente, eu acho que todo mundo é contra a escravidão. Todo mundo é contra injustiça. Todo mundo é contra a corrupção, racismo contra. Então a gente tem uma série de coisas que a gente é que a gente é, que a gente anda junto. E acho que a maior habilidade, talvez, e eu vejo isso muito do nosso rolê exatamente por isso, Porque no final, esse é um tema que interessa. É difícil alguém que não se interessa por isso porque ou já sofreu as consequências de ou vai sofrer ou vai sofrer. Então é o que a gente fala de memória. Anda muito desse lado. Anda muito por esse lado.

[02:48:01]

Eu acho que a Igreja, ela começou a pecar, começou a pecar quando ela se envolveu na política é igual eu vou, eu vou numa missa. Se o padre começar a falar não, que vocês tem que voltar. Eu já falou já. Na hora, na hora. Você não tem que falar isso Daí não veio. E hoje em.

[02:48:16]

Dia tá foda.

[02:48:17]

Tá foda.

[02:48:18]

Cara. Entendeu? Não é a católica, mas sabe.

[02:48:21]

Por quê?

[02:48:22]

Mas sabe por quê? Isso para mim é um dado, Para mim é um dado importante disso. A gente acha que a gente se conectou, que a gente está mais perto. Celular. Cara, quando você começa a ter mais relação, mais afinidade com alguém que você nunca viu na vida, que está distante, você não consegue conversar com a sua sobrinha, você não consegue conversar com o seu pai, você não consegue conversar com seu avô, Você não consegue conversar com seu amigo mais. Mano, preste atenção, fique atento a isso porque tem alguma coisa errada. Você tá mais você tá mais Você está mais feliz de falar com um cara no WhatsApp que você nunca viu a cara. Você não sabe nem se é de verdade, nem se é um robô que você não consegue. A gente precisa fazer esse exercício. Da gente se encontrar. Até até no que não tem problema a gente sentar aqui, conversar de coisas que você pensa uma coisa ou outra. De repente você me convence, te convence.

[02:49:12]

Que legal, cara!

[02:49:13]

Isso é uma história de vida, né mano? Antigamente era assim, né mano? Antigamente sempre sentava, mas ia numa vai aniversário, porra, ninguém tinha isso daqui. Chegava no aniversário, lá era tubaína do caralho, churrasco com mortadela e ninguém, ninguém falava. E não tem.

[02:49:29]

Problema a gente usar ele como instrumento. Pô, cara, você que tem milhões de coisas, você tem um monte de gente. Isso dá para conseguir dinheiro, dá para conseguir patrocínio, dá essa parte legal. O duro é você mecanizar todas as suas relações, porque isso aqui está vindo para substituir um tipo de um tipo de um tipo de mídia que se saturou, né? Saturou. E daqui a pouco vai saturar essa e vai vir outra. Caiu em descrédito, vai saturar e vai vir outra, porque também não é possível. Então, daqui a pouco não sei o que vai acontecer, porque a.

[02:50:04]

Gente a TV aberta, ela já era. Ela, ela.

[02:50:08]

Ela, ela. Mas o erro da TV aberta. Morreu o Silvio Santos agora. O Silvio Santos era um grande, um grande pensador da TV, né? A gente voltou para o.

[02:50:16]

Papo também, já tava velho, já não conseguia acompanhar ele.

[02:50:21]

Mas ele era um grande pensador da televisão como um produto televisão. E eu acho que o maior erro de todo mundo foi tentar transformar a TV e internet móvel, rádio, rádio. Tá para acabar. Desde que o mundo é mundo. Agora, com a TV ou rádio, acaba agora com a internet. O rádio não acaba atualizando, porque hoje tem vídeo, hoje tem não sei o quê e tal. Então, eu acho que eu acho que a grande questão é a gente Usar esse instrumento de forma inteligente e que nos afaste, cara, porque não dá mais. Não dá mais.

[02:50:59]

A morte do Silvio Santos. Ficou um negócio meio estranho, né? Tipo assim acabou, Caralho, mano! A gente vai morrer também, né mano? Logo, logo. Tipo, o que a gente conhece de vida?

[02:51:09]

Só falta agora morrer o Roberto Carlos.

[02:51:11]

Não, não, Roberto. A gente viu morrer Pelé. A gente viu os deuses.

[02:51:16]

Do bagulho.

[02:51:16]

Porque.

[02:51:17]

A gente viu o Pelé. Gugu. Mas assim, acho que da prateleira, não.

[02:51:21]

Mas de Pelé.

[02:51:22]

E Silvio Santos. Dessa prateleira.

[02:51:25]

De.

[02:51:26]

Prateleira de pica.

[02:51:27]

Não tô falando pra tirar a prateleira assim do que você via quando você era criança e tal. E tava até hoje que você falava assim Meu Deus! Caralho, Gugu! Carai, Domingo legal O bagulho.

[02:51:40]

É isso aí.

[02:51:40]

Sabe quem falta agora?

[02:51:41]

Resgate afetivo?

[02:51:42]

Cara novinho.

[02:51:43]

Faltam agora os que falta. Faustão para mim.

[02:51:47]

Roberto Carlos Para mim os ícones foram os dois que nós falamos agora. Pelé. Pelé e Silvio Santos. E Roberto Carlos? Cara, o.

[02:51:55]

Ayrton Senna, a gente viu.

[02:51:56]

Ayrton Senna morrer, Mas não foi um acidente. Foi uma coisa abrupta assim, né, meu?

[02:52:01]

Não foi o tempo, né?

[02:52:02]

E então eu acho que.

[02:52:03]

Quando morre acidente é pior, porque assim é pior. Quando morre de acidente, a gente não tem tanto essa percepção, porque a fatalidade você sabe que o cara é humano. Agora o cara vê o cara morrer. O Silvio Santos era imortal, né? Imortal. O Pelé era imortal. Pelé, Roberto Carlos. Pelé. Pelé. O maior brasileiro da história.

[02:52:20]

Roberto Carlos Cara, eu tinha oito anos. Roberto Carlos. Erasmo Mano.

[02:52:24]

Mas o Erasmo, o maior Erasmo já foi. O Erasmo já era. Porra, velho era.

[02:52:28]

Era ali, o cara ali com ele.

[02:52:30]

Quando eu sou teu irmão, eu tenho 45. Então ele tem um pouquinho a mais de mim, da minha época. É Gugu que eu vi assim. Fala caralho, esse cara é pica aí, tá vivo. Morreu Gugu, Gugu, Faustão. Roberto Carlos Não é? Não curti. Roberto Carlos Cara, a mim era a minha mãe. A mãe. Roberto Carlos da hora, mas Silvio Santos.

[02:52:50]

Otávio Mesquita.

[02:52:51]

Otávio está vivo. Outro dia eu gravei. Eu gravei duas vezes com o Otávio. Esses últimos tempos. Aí não dá. Ele é.

[02:52:59]

Carlos, ele.

[02:53:01]

É que é que.

[02:53:01]

Na verdade está falando só para.

[02:53:03]

A gente, Vai, acabou, voltou.

[02:53:07]

E que isso que você tá falando para mim tem uma questão de você encontrar uma ponte afetiva. Você lembra de um tempo que você estava muito legal, que eu falo que essas histórias também tem isso, de você reencontrar pessoas que você gostava muito, quando você lembra, quando você conta. Então o lance do Gugu é isso, porra, você era molecão, tava quase naquela época de começar a sair, então você não podia mais assim, já era uma puta conquista na sua casa assistir TV até tarde. Aí você.

[02:53:33]

Lembra da banheira, da banheira, do Gugu, da.

[02:53:35]

Banheira?

[02:53:36]

Porra, velho, tem.

[02:53:40]

Que acabar com que Quer acabar com o podcast Agora vai ali E o Sérgio Mallandro lembra o Sérgio Mallandro, desesperado.

[02:53:50]

Isso aí tem duas fases que eu vi o Silvio Santos de verdade, porque também tem esse papo que você fodeu do Roberto Carlos. Também não sou fã do Roberto Carlos, cara. Nem acho que ele é o Rei. Acho que tem muitos outros caras muito mais foda, mas enfim. Mas eu tenho duas fases do Silvio Santos também. Não era de assistir Silvio Santos. Eu via duas fases uma do show de calouros, para ver se Sérgio Pedro de Lara era divertidíssimo. O show de.

[02:54:12]

Calouros era o caralho.

[02:54:15]

A Elke Maravilha.

[02:54:16]

Maravilha!

[02:54:17]

E aí eu vi uma depois para o Topa Tudo por dinheiro, das pegadinhas do Ivo Holanda. Essa parte. Então, para mim, o Silvio Santos era isso. Era mais ou menos. E aquilo era o último segundo da alegria do domingo, porque daqui a pouco era segunda.

[02:54:32]

Mas ele estava ficando gagá, estava ficando gagá. Era da hora, mano.

[02:54:37]

É que tá. Era porque eu conheci o Silvio Santos, mas não gostava de assistir. Achava o cara o cara mais foda que tinha no bagulho. Não, não gostava não. Achava ele muito velhão. Tá ligado? Pra ficar assistindo os bagulho dele. Aí eu assisti a Globo.

[02:54:51]

Você tem eu.

[02:54:52]

36, 35.

[02:54:54]

Você é uma.

[02:54:54]

Geração de internet. Já tem uma idade.

[02:54:57]

É uma geração de internet. É muita internet, né? Eu, por exemplo, pulei. Cara, eu fui descobrir o YouTube velho.

[02:55:05]

Não, nunca.

[02:55:06]

Eu. Caralho velho pra caralho. Eu não tinha nem.

[02:55:10]

YouTube com 24 anos.

[02:55:12]

Caralho! A dez anos?

[02:55:13]

Dois anos atrás.

[02:55:14]

12 anos atrás, cara. Então você pegou. Você pegou a boa do YouTube?

[02:55:18]

Não.

[02:55:19]

Você pegou o nascimento do negócio.

[02:55:21]

Nascimento foi. Porra! Felipe Neto Eh.

[02:55:25]

O Rafinha Bastos mesmo.

[02:55:27]

Yudi?

[02:55:28]

Não. Mas mano, meu irmão, meu irmão começou. Meu irmão. Cara, Porra! Cauê Moura Tá ligado, meu irmão? Porra, você entra aí, você pega um vídeo do meu irmão que hoje ele tá cagando. E Hoje ele faz live. Nem chupa YouTube mais. 2010 Tem vídeo do meu irmão lá. Tá ligado? Meu. Felipe Neto Quando abriu a empresa, em 2011, a TGS lá. Meu irmão sai de casa e falou Onde você vai? Vou lá pro Rio de Janeiro. Vou trabalhar com o Felipe Neto. Aí ele ia. Ficava um final de semana. Voltava, tá ligado? Então, malandrão? Internet?

[02:56:03]

Ninguém entendia nada, né, cara? Ninguém entendia.

[02:56:06]

Não andava na evento grande assim BGS. Mano Era 300 moleques atrás dele assim. Ah, molequinho, dá um autógrafo, dá autógrafo. Ele falava Caralho, essa molecada aí tinha segurança, o caralho, tá ligado? Então, irmão, eu vi, eu vi coisas nessa internet aí que os cara hoje, Ah, vou abrir um canal no YouTube. Fala Phil. Isso daí desde quando nós fazia live, eu fazia live de trote, cara. Em 2014.

[02:56:35]

A Andrea.

[02:56:37]

Se travou já acho que nem YouTube não aguenta mais nós.

[02:56:41]

Travou e.

[02:56:42]

Voltou. Eu fazia, eu fazia de trote, mano. Ligava pra Pernambuco, tá ligado? 4000 pessoa Em 2014, 2012, ligava Pernambuco, fazia um cearense, um telefone. Tá ligado? Tem vídeo disso. Se entrar, vai estar lá 2012 lá, minha cearense. Eu falava que eu ligava pra funerária, tipo meia noite, 01h00. Boa noite. Não consigo imitar. Agora fala boa noite. Pernambuco tá falando aqui agora de um caixão que nós vai matar. Aí nós matou o cara aí não precisa enterrar. Aí Falava de enterrar um anão. Tá ligado? Ligava pro hotel, botava dois hotel, um. Ligava pelo Skype. Ligava pros dois. Hotel, um do lado do outro. Pegava no Google. Aí ligava para o Hotel Panamby, Hotel Siqueira e botava os dois. Aí tocava. Aí as duas. Atendente atendia. Hotel Panamby. Hotel Mantiqueira. Oi, boa noite. Boa noite. Pois não? Não. Pois não? Você que me ligou, Não foi você que me ligou.

[02:57:40]

É mano, esse cara faz isso hoje. Carai! Tá ligado? Ligava pra uma pizzaria.

[02:57:45]

É difícil inventar uma, Inventar um negócio novo. Hoje é muito difícil, cara.

[02:57:49]

E eu fazia essas porras.

[02:57:51]

Nossa, aí você pegou algoritmo, livrão, as coisas indo embora, né?

[02:57:55]

Foi, mano. Postei vídeo. Ó, eu abri um canal. Essa placa aí, cadê? Aí uma dessas duas aí ó. É som dos games. Isso daí é de 2013, 2014. Tinha um Venom Extreme no YouTube. O cara fazia. Mano, ele era mais bombado. Ele soltava vídeo, ele era aquele bagulho assim, soltava vídeo 20h00, dava dez minutos, tinha 100.000 visualizações e 30.000 likes. Tá ligado? Dá duas horas, Tinha 400.000, 1 milhão. É, mano, eu abri um canal de game, tive a ideia, eu falei mano, vou ganhar dinheiro, mano. Moleque fazia uns rap lá, ai cantava rap. Falei vou abrir um canal de game. Contratei um outro moleque que fazia animação. Falei você vai cantar, você vai fazer animação e não vai fazer um vídeo para o Venom, mano. E vai ser o primeiro vídeo do canal. Quando você cobra um me cobrou 20 para cantar, o outro 50. Fiz o vídeo.

[02:58:52]

70 Real.

[02:58:53]

70 Real. Abri o canal no YouTube. Som dos Games. Postei lá o primeiro vídeo. Mandei para o Venom. Falei vendo. Sou irmão do Snyder e tal. Olha aí esse vídeo aí que eu fiz. Acabei de abrir o canal. Mano, você dava like em 2013, 2012, quando você dava um like no vídeo, ia para todos os seus escritos. Então mano, ele já tinha 3 milhões de inscritos.

[02:59:17]

Quando ele deu o.

[02:59:18]

Like, ele deu o like malandro. Eu peguei 100.000 inscritos. Eu tinha acabado de abrir o canal. Eu postei o vídeo, fiz a arte, mandei para ele. Ele deu um like. O bagulho Acha que foi em 01h00. Eu peguei 100.000 inscritos. Nesse canal dos games.

[02:59:34]

Você ganhou a.

[02:59:34]

Placa. A placa e o vídeo? Acho que deu 24 milhões, mano. Tá ligado, Um bagulho assim. E ele até hoje ele de vez em quando posta o vídeo lá e o mano lá ganha 70, mano. Aqui nesse vídeo acho que eu ganhei uns 15.000. 15.000 R$. 20.000 R$, caralho! Aí foi aonde eu falei Opa, esse bagulho dá dinheiro desde 2012! Que legal! Tamo aí até hoje! Caralho, Chega, né mano? Vamos lá! Vamos lá, família! Tamo junto!

[03:00:01]

Seis volts já.

[03:00:03]

Tá.

[03:00:04]

Eu já tomei meu remedinho pra dormir também. O cara veio perguntar hoje qual que é o nome do remédio que falou. Remédio natural. Vá na sua farmácia de manipulação e fala assim Eu quero 30 comprimidinho de mulungu. É uma planta que dá na Amazônia. Tô falando sério, carai! Vai por mim. Mulungu toma duas horas antes de dormir, fala Ah, hoje eu vou dormir meia noite. Toma as dez. Você vai me agradecer depois. Certo. E nós tamo junto. Amanhã, sargento Galego.

[03:00:32]

Lesco lesco amanhã.

[03:00:34]

Toma mulungu. Mulungu.

[03:00:36]

Sargento Galego Quer um.

[03:00:37]

Comprimidinho pra você tomar mais tarde?

[03:00:38]

Eu não vou ficar chumbado amanhã, não.

[03:00:40]

Não dá. Nada, Nada. Eu tomei. Eu tomo dez horas. Só vai me dar sono meia noite. Mas eu durmo, irmão. Opa! Acorde feliz.

[03:00:47]

Não perco amanhã, irmão. Certo. Quinta feira taí o Snyder aqui trocando ideia. Manda pergunta. Vamos debater? Aí, se alguém falar alguma coisa, aí estamos dentro. Aí, se alguém precisar, tá dormindo. Se alguém falar, quiser falar negócio do Papa, eu vou discutir isso aí, certo? E vamos que vamos.

[03:01:07]

Tchau, família. Pegando no pé.

[03:01:08]

Do Papa.

[03:01:09]

Coitado. Papa tá indo.

[03:01:11]

Papa Tá indo já.

[03:01:14]

Tamo junto Até.

[03:01:16]

Amanhã. Amanhã nós vamos falar dele.

[03:01:19]

Tchau. Alô?