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Deixa eu para a próxima. Deixa eu para a próxima. O sargento Pedro Almeida, pergunta para a bexiga baixa, Fernanda, entre aspas, se ela já se envolveu em ocorrência de folga e como foi?

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Inclusive, eu falei isso da última vez. Por enquanto, ainda não, mas eu fico torcendo para que sim.

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De preferência que você esteja sozinha, esteja com as filhas.

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Exatamente. Não, eu saio de casa para ir trabalhar. Aí eu saio bem devagarzinho, assim, eu pego: Não vai aparecer ninguém de madrugada.

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Mas o bom... A gente é normal isso. Isso daí, você está falando brincando, mas daí tem uma coisa boa. Você se condicionar, sair de casa, sempre esperando o pior.

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Eu sempre espero o pior.

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Se não vem o pior, estamos no lucro.

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Em todo lugar que eu vou. Eu vou numa farmácia, eu entro na farmácia, eu já fico analisando o lugar onde eu vou me abrigar, se entrar alguém, o que eu vou fazer. Meu, já em todo lugar que eu entro, eu faço isso.

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Isso daí é instinto de polícia.

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Exatamente.

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A minha esposa até hoje, ela fala assim: Você anda com o carro, você não percebe, mas você pensa que você está na viatura. Mas não é, isso daí é o condicionamento que a gente tem, que vai levar para o resto da vida. Não tem jeito. Você está ali na viatura, eu estou aqui, estou no retrovisor, eu já vou para ela: Fica esse cara aí, vê, fica esperto que esse cara feche o vidro, que esse cara está vindo aí?

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Eu já vou no retrovisor, entendeu? Eu estava até falando com amigo meu esses dias que a gente anda nos lugares totalmente desconfiado. Eu falei: Eu entro em ônibus assim, vou viajar, entro em ônibus, é olhando por. Eu estou esperando: O que é que essa menina está olhando?

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Cientificamente, tem dados sobre isso. 95% de chance você tem de se dar bem se você se antecipar. Exato. Se você for rendido, você tem 5% de chance de você sobreviver. Eu dei aula agora na Impo, nós pegamos muito sobre isso, sobre você se condicionar. Eu vou andar na moto? Como é que eu vou andar na moto? Principalmente moto. Porque tem cara que tem medo de jogar a moto no chão. Meu irmão, não vou dar dica aqui, porque o ladrão também pode assistir aqui também. Mas você tem que se antecipar, tem que ficar ligeiro, ficar atento.

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Eu, às vezes, eu vou sair de casa, eu já falei isso daí já. Eu Eu vou sair de casa, eu fico treinando na garage, entendeu? Fico treinando na garage, o saque...

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É o neto do Bop lá, não é?

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A minha arma está aqui, ela está fácil de sacar, entendeu? Eu fico treinando isso daí, por que? Você tem que se condicionar. A partir do momento que o Polícia para de se condicionar, para de se policiar quanto a isso daí, ele vai cair no ostracismo. E se ele cair no ostracismo, ele vai ser vítima.

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A memória muscular do cara fica muito rígida. Fica rígida. Tendo aquele caso da Bahia, o cara estava com uma arma na mão, via os caras para infelizmente neutralizar o agressor, os caras se esconderam atrás do cone. Então os caras estão vindo na incursão, os caras atrás do cone. Por quê? Porque eles treinam assim. Então você vai jogar bola conforme você treina. Então na polícia, você treina atrás do cone, você vê cone, a sua memória vai para o cone, está no seu inconsciente. Tem que tomar muito cuidado. E quem anda armado, fica ligero, orienta a família.

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Mas na moto, eu falo para esse doido aqui, mano, na moto não tem como, irmão.

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É muito difícil.

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Não tem, cassão, porque você está aqui na moto, pode ver uma caralhada de assalto que está tendo aí. O cara está com as duas mãos aqui, mano. Quando vai ver, o cara está passando aqui do lado, o Garupa já está com a arma aqui. O Garupa já está aqui, não se mexe. Até você tirar a arma daqui, você já tomou.

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Mas é o que o Silvio falou. Se você está na moto, você tem que estar olhando os retrovisores, cara.

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Caralho, imagina uma moto de moto, uma hora passa batido, mano.

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Você tem uma janela de oportunidade para você, a gente. Tem que tomar muito cuidado. Isso é que moto, eu também concordo. É uma roda da Rússia, mano. Também concordo que moto é difícil.

[00:03:26]

Eu perdi amigo, o Sublima.

[00:03:29]

Meu O meu amigo, pô.

[00:03:30]

Sublima.

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Cristão também ele.

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Então, Cristão, eu sei disso. Eu trabalhei com ele lá no 21.Bilão, hein? Bilão, hein? Eu bilão, extremamente bilão, extremamente. Mas por que que ele vacilou? Por que que ele vacilou? No dia das mães, a mãe dele internada, o pai dele internado, ele está vindo do hospital- A cabeça dele. Lá que foi visitar a mãe e ele tem vacilo, cara. Eu vi a filmagem, vacilo que jamais ele daria, jamais ele daria. E por que O que é que ele deu aquele vacilo? Por causa da cabeça. O cara parou no farol, ele não parava em farol. Ele parou no farol e ficou sentado na viatura, assim, tipo pensando no nada. Os caras vieram, contornando os carros, por trás dele, enquadrou ele. Você entendeu? Então, quer dizer, eu estou na minha moto, é lógico que ninguém fica esperto 24 horas por dia, ninguém. Só que eu estou na minha moto, aqui, eu estou aqui, no retrovisor, ver uma moto com dois cara, à noite o farolzão está aqui, eu busco ângulo para ver se tem dois cara, se tem duas motos cada uma com cara, estou vendo que os cara está junto. Na dúvida, eu saco minha arma.

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Se tiver outra dúvida, eu atiro, você entendeu? Foda-se. Se era cara que ia pedir uma informação, pediu para o cara errado.

[00:04:42]

Eu quero voltar vivo para minha casa, você está entendendo?

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Uma vez eu estava na radial- Cara, chega, eu sou teu fã. Já era. Não, por isso que os caras têm que chegar às vezes. Uma vez eu estava na radial e eu... E eu no retrovisor, meu. E os caras, dois caras. Aí eu peguei e fiz assim, saindo no meio dos corredores, e os caras...

[00:05:04]

Eu falei: Já saquei a arma aqui, quando o cara colou do lado, pelo amor de Deus, eu falei: levanta a blusa, levanta a blusa.

[00:05:12]

O cara levantou: Não, senhor, é que eu sou pilota para caralho, então a gente vinha no váculo do senhor. Foi isso que é morrendo meu váculo, desgraçado. Sume daqui, porra. Você entendeu? Querem dizer, é uma zika, mano. Quase, o dedo ainda chegou...

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Você entendeu?Costou. Deus que segurou.Uma vez eu na Jacupê, seguindo trabalhar de madrugada, que eu vou de madrugada, eu parei no semáforo que tinha radar, que geralmente eu não paro porque é meio perigoso. Aí eu parada lá, tinha uma moto uns 200 metros para frente, parada em outro semáforo, com dois caras na garupa. E era uma única. Do nada, os caras viraram no farol e começaram a vir na minha mão de direção. Eu já saquei a arma, eu já fiquei aqui até agora. Só que eles entraram na rua, eu falei: Meu, você tem que-Mas você estava na maldade. Eles estavam na maldade.Estavam.

[00:05:58]

Na maldade, você estava na maldade. Você estava na maldeira. O satanás budinou no ouvido dele também, não vai, não, que essa menina aí, ela vai arrebentar você. Canela, vai para o outro, vai para o outro.

[00:06:07]

Imagina? Nossa, a camerazinha ali em cima, pau.

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Teve uma outra vez também que eu estava parada no semáforo também, sempre parada no semáforo. Aí veio uma moto aqui, o semáforo abriu, eu acelerei pouquinho, o meu veículo bateu na perna da menina que estava atrás. Aí ele parou a moto e veio na minha direção. Ele parou a moto, desceu da moto e veio na minha direção. Me xingando, vindo para cima de mim. Aí eu peguei e fiz o quê? Eu não vou entrar em luta corporal com cara, só que a arma apontei para ele. Falei: Volta, senão você vai tomar tiro.

[00:06:40]

Ai, caralho. Não é escondendo o corte desse aí? Não.

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Vocês está vendo aí?

[00:06:46]

Conta mais, eu gosto assim. A morte lá...

[00:06:51]

A morte lá... A morte... A mortadinha, eu gosto assim.

[00:06:53]

Não, porque os cara vê que é mulher no volante, aí fala: Não, vamos lá para cima dela. Sim, mano. Na horaquei e falei: volta, caralho, senão você vai tomar tiro. Ele voltou assim, nem viu.

[00:07:05]

Nem viu.

[00:07:06]

Agora, essa situação de moto é bem perigoso, é mais Mike que está.