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Eu pensava que o pessoal fosse seguir, assim como teve oficiais lá do próprio exército de Amã e que também pediu arrego. Então, essa pessoa não tem essa tenacidade, essa convicção, não, eu só vou sair daqui com o brevê da TV da Onça no meu peito, o camarada sucumbe.

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E a porcentagem de baixa do curso do senhor foi quantos?

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Nós começamos em 42 oficiais e se formaram 32. Dez, então? O que foi o caminho? E eu fui o 16º colocado no curso.

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Então o senhor ficou ali na- Eu estou na metade. Na metade, está bom, está bom para caralho. É curso extremamente difícil.

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Pois é. Eu comecei a me preparar. A vaga veio em março e o curso começou em outubro. Então eu comecei a me preparar desde então. Quando veio a vaga e eu fiquei feliz por conta disso, eu comecei a procurar oficiais e praças da Polícia Militar e, posteriormente, do exército para pegar o chamado Bizu, o macete, que são as dicas: o que é bom fazer, o que é bom levar, o que é bom evitar, o que é bom não fazer, e por aí vai. Então eu fui pegando esses macetes, essas dicas de cada colega, e fui montando o meu kit para poder concluir o curso.

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Outra pergunta, o pessoal está participando bastante aqui, quase 500 pessoas ao vivo aqui. O pessoal está perguntando se o senhor já foi abordado alguma vez. Não estou tendo civilmente trajado, foi abrangado, foi abordado? Foi.

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Se eu falar como é que foi...

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Não foi pela rota, não, não.

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Não, não, não, não. Olha, acredite, a única vez na minha vida que eu fui abordado... Uma vez só? Uma única vez só.

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Então o senhor deu muita sorte, pô.

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Pois é. Eu era aluno oficial. Eu estava na minha cidade, Campinas. Estava eu e colega de turma, na época, o aluno oficial Pompiani. Aliás, grande abraço Pompiani, amigo, uma pessoa espetacular. Foi o comandante do BAEP lá em Campinas, batalhão de ações especiais, uma pessoa de primeira linha, fez curso, inclusive, na França, lá na GIGN, cara Muito melhor do que eu, sem sombra de dúvida, uma pessoa espetacular. E na época que nós éramos alunos oficiais, a gente estava passeando, eu não lembro se era uma sexta-feira à noite ou sábado à noite, e aí tinha bloqueio da Polícia Civil. Cara, da Polícia Civil? Da Polícia Civil, no bairro ali próximo ao Cambuí. Na verdade, quase no Cambuí, é uma área de barzinho que tem ou tinha, pelo menos, ali em Campinas. E a gente estava passando, estava tudo certinho, habilitação, nada. Mas eu confesso a você que me deu uma tremedeira, cara, me deu medo, que quando ele chegou em costa, em costa, em costa, eu confesso a você que, como diria, minha mãe tremendo mais que vara verde.

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Na hora até fugiu, cara. Porra, eu acho que depois o senhor pensou assim: Cara, eu sou oficial.

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Não, então, pois é. Naquele momento, você fica tão tenso assim. Aí eu desci, ele é em costas, documento tomando a cabeça tal. Eu falei: Olha, eu sou policial militar. Aí foi engraçado: Por que você não falou antes? Vai embora, vai embora, vai embora, Deus te abençoi, vai embora. Falou dessa forma. Claro, eu entrei no Barro Branco com 17. Dentro da própria academia, eu acabei tirando a minha habilitação. Na época, tinha o gabinete de instrução, desculpa, o gabinete de treinamento do comando de policiamento de trânsito e eu tirei minha habilitação de moto e de carro lá. Então eu estava tudo certinho, documento do carro, não tinha nada errado, mas sabe, medo do quê? Não sei, mas eu estava com medo. E talvez pela minha cara de moleque, eu deduzo hoje que o policial civil ali, acredito que devia ter sido o Tira, o investigador, deve ter falado: Poxa, até moleque, até nada, vai embora, vai embora, vai embora, vai embora, deve estar estudando ainda, vai embora, a gente só está aqui. E vim embora, foi a única vez na minha vida que eu fui abordado.

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E assim, alguma vez, teve algum roubo tentado com o senhor, algum roubo? Então... Estando de folga?

[00:04:21]

Tive. Eu.