Transcribe your podcast
[00:00:00]

O cara é fardado e armado, que eu digo. O cara entra aqui, aí ele fala: Vou fazer minha faculdade e vou pedir baixa e vou embora.

[00:00:07]

Só usa o trampolim, só.

[00:00:08]

O David, quando a gente trabalhava, o cara pedia baixa da PM... Quando o cara ia pedir baixa da PM, a gente fala: O que aconteceu? Ele ganhou na loteria, ele... Porra, o que aconteceu? Era muito difícil isso aí. Era muito difícil, cara. Hoje em dia...

[00:00:22]

O cabo David sempre falava para a gente lá, é diferente você estar na polícia, você ser polícia. Exatamente. Tem essa diferença.

[00:00:28]

Irmão, qual foi a vez que vocês foram abordar alguém e deu zulu do caralho? Vocês falaram até hoje, mano, lembra aquela porra? Não foi abordar aqueles caras aí, deu uma zuluzeira da porra, mano. Nossa, eu falei porra para caralho agora. Porra para caralho, mano. Essa pinga aí, tirar sapinha aí.

[00:00:45]

Abordagem da Polícia Militar, ou você faz amigo... O Mac prende ladrão. Ou você arruma o inimigo, cara. Então você desce da viatura para abordar, que a chance de arrumar uma Kizumba é enorme.

[00:00:56]

Cara, mas aquela história que a gente fala, se você Se tem equipe, que nem a gente trabalhou bastante tempo, praticamente, trabalhou só com táctico. Se tem equipe que está treinada, está coesa, está alinhadinha, o cara não cresce, irmão. Porque a hora que desce, desembarca quatro policias daquela viatura ali e o cara já: Meu, vai dar merda, vou ficar quieto, porque se você engrossar, vai azerrar.

[00:01:17]

A porta que abre, ele passa mal, não é, cara?

[00:01:19]

Eu sempre disse que o ladrón é psicológico.

[00:01:22]

Ele bate o olho no police, ele fala assim: Aqui não dá para mim, entendeu? Ou ele bate o olho no police e fala: Aqui eu vou furgar, vou levar uma.

[00:01:29]

Eu já cheguei. A gente já chegou em ocorrência, por exemplo, não é? É foda, não é, meu? Chegueu uma ocorrência do cara ter partido para cima dos policias. Deuce policias, partido para cima, querendo sair na mão. Aí eu tenho problema sério, meu. Hoje não, hoje eu estou na luz, não é, velho? Mas se eu chegava na ocorrência, se o negócio estiver sazido e eu tomasse à frente, eu falar: Não põe a mão em mim, me chama pelo nome. Porque se você botar a mão em mim, a gente vai tomar o muro de volta. Aí... Olha, meu, peguei esse cara, vou falar para você, cara. Tomou sacode daqueles que eu acho que nunca mais ele vai nem olhar para uma viatura, irmão. Os caras têm que chegar e foi: Meu, para. Foi: Para. Está bom, parei. Porque não tinha jeito, meu irmão.

[00:02:11]

É o que eu falo, Davi. O cara tem que respeitar, velho. Por aí. Não se você não respeitou, aí ficam os caras aí que você não pode... Você não pode escolhar, chalado. Véio, é aquilo que nós estava conversando, o ladrão, ele tem o que ele merece. Ele escolhe, caralho. Se respeitou, se o senhor mão para trás, se o senhor não o senhor, e bumo no pé direito?

[00:02:31]

Exatamente.

[00:02:31]

Ele vai viver, vai morrer de velhice. Falou tudo. Agora, se querer enfrentar, vai tomar, irmão.

[00:02:40]

Medir a febre.

[00:02:40]

Se querer medir, se querer tentar testar O sistema vai tomar.

[00:02:46]

Tem a medicação para ele.

[00:02:47]

Vai tomar. Então eu penso assim, até hoje eu penso assim.

[00:02:51]

Quando eu vejo situações igual àquela que teve em Guanás, dos polícias lá, aquela ocorrência a Jeg, para mim foi jeg.

[00:02:58]

Aí fica o pessoal me Você fica comentando ocorrência dos outros. Mas a gente comenta para que não aconteça novo. Não é uma crítica.

[00:03:08]

Não estou falando que você fez errado ou fez certo. Exatamente.

[00:03:10]

Para não acontecer de novo. A gente tem que... Porque se ninguém falar, os caras vão achar que está certo aquilo ali, e não está normal, cara. Aquilo ali é anormal, porra.

[00:03:19]

O comandante geral chegou a falar. Falou. Usa a ferramenta que tem, tem que ser usado. Atitude. A ferramenta, exatamente. O comandante geral falou assim: Eu quero que o Polícia tenha atitude.

[00:03:28]

Hoje, Hoje eu não vejo mais o Polícia ter atitude, eu só vejo o policial se defender e apanhar. Aí, porra, aí não vira, mano.

[00:03:35]

Isso foi você que comentou uma situação do negócio do policial vir agarrar o parceiro e o outro fica ali de fora. Fui eu.

[00:03:43]

Meu, cola no cara e aperta, velho. Já era. Aperta. Porque se você atira no cara a queimar roupa, que é o único jeito que eu tinha de fazer, ele largar meu parceiro. Exatamente. Acabou. Não, vou dar uma chave de braço no cara, vou dar uma chave de dedo no cara. Meu, na moral, o cara está tentando. Ela está tentando tomar a porra da arma do seu parceiro, vai matar seu parceiro, como aconteceu, o moleque tomou o tiro na cabeça, o outro foi baleado. No Morreiro, de sorte. Exatamente. Meu, cola no peito do cara e senta o dedo no cara, irmão. Já era. Como é que foi? Foi assim. Foi assim.

[00:04:15]

Exatamente. Acabou, irmão. E hoje, a gente vê que a Polícia de hoje, os caras não conversam mais entre eles. A nossa equipe trabalha igual a música. E a gente sempre falava, se dia eu vacilar e o ladrão me pegar, só poupa minha cabeça, irmão. Não me deixe na mão dos ladrões, não. Abre o fogo, velho. Senta o bambu.

[00:04:28]

Abre o fogo, mano. Você trabalhava com o Cabo, lá no segundo batalhão, o Carlos. E ele falava para mim, ele falava meio enrolado, ele entendia só 10% que ele falava. Ele falava muito para situação, para situação. Polícia na refém, para situação. Se o cara pegar você de refém, eu vou balhar você. Você vai se fuder.

[00:04:45]

É isso aí. E eu vou falar: Está certo, caralho. Porque se eu vacilei do ladrão me catar...

[00:04:51]

Exatamente.

[00:04:51]

O casal é meu.

[00:04:52]

Tem filme que eu assisti, na época, o cara falou assim: Meu, ocorrência com refém, faz o quê? Faz tiro no refém, caralho?

[00:05:03]

Negociação.

[00:05:04]

É uma brincadeira, o cara falou para o outro: Ele caiu na mão dos caras, tá ligado? O cara pagrodou ele e falou: Porra, eu conheço, é o cara: Porra, parceiro, você, eu conheço que o refém foi não, não, não, não, não.