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Eu já peguei um caso bombástico aí o primeiro já o primeiro assim é só pra batismo.

[00:00:04]

É isso que eu ia perguntar pra você assim. Aí eu já ia perguntar pra você como é que foi seu primeiro, a sua primeira e o seu primeiro contato assim, já com a profissão, né? Porque você já era polícia? Já tinha, né meu, De vez em quando a.

[00:00:16]

Gente tem aquelas visões.

[00:00:20]

Mas como é que foi a sua primeira ação mesmo? Assim como como perito mesmo?

[00:00:25]

Foi assim Muito impactante, né? Porque nós, como PMs, a gente só chega à ocorrência, a gente vai para o local, aguarda ali os procedimentos. Mas eu, como perito meu, a minha primeira ocorrência como perito foi uma coisa avassaladora, porque foi um caso midiático, repercutiu em toda a imprensa. Aí que foi o caso dos Nardoni.

[00:00:51]

Caraca, mano!

[00:00:52]

Então, meu estágio já foicorpo dela, onde há marcas no punho, há marcas no quadril e no cóccix. De fraturas, de queda. A menina tinha um metro e dez. Como é que ela vai sofrer essas fraturas? São fraturas de lançamento.Então, essas fraturas que você detectou aí não foram dentro da queda dela, não foram.Da queda, Foram dentro do apartamento. Na hora que ele soltou ela no chão.Ela soltou Ele lançou ela, né?Porque o camarada de um metro e dez Pega uma menina de um e desculpa uns 70. Pega uma menina de um e dez e lança o chão, sendo sua filha.Maldito desgraçado!Puta que pariu!Que raiva, mano!Aí ela fica ali, encostada no no sofá. Começa a ter crises de vômito junto com a dor do sangramento e das fraturas que ela teve. Aí ele, num estado ali, diz que ele não diz até hoje que se passou da cabeça dele, Corta a grade da do quarto e lança a menina que pariu. É uma psicopatia muito doente.Irmão. Nem animal faz isso. O animal como Um cachorro? Um gato. Ele. Ele mata o filhote ali. Aí o pessoal matou ele matou porque aquele filhote não ia vingar. Ele já sabia que não ia vingar, então ele ia lá. E tipo assim, acabava com o sofrimento do filhote, né? Agora fazer uma desgraça dessa, pelo amor de Deus para.Acobertar uma mulher, uma mulher?Cara, pelo amor de Deus cara e coisa.E quantos dias depois ficaram descobrindo que o manda prender? Que foram eles?Foram? Foi um mês, Foi um mês aí de muita busca, trabalho, muito trabalho e aquele trabalho incansável. Você não ter hora para sair, não tem hora para chegar e vamos para o prédio, Vamos, vamos para apartamento, vamos analisar a perícia, vamos fazer as reproduções. E aí foi a gente ficou ali trabalhando, fazendo, até chegar às vias de fato, até a gente conseguir falar. Se não foram eles, pode prender. Caraca, meu, foi um caso muito bizarro.E vocês, meu? Porque eu assim Eu não sou perita. Mas eu acho que quando quanto mais vai aparecendo assim situações, vocês vão mais se interessando pelo caso sim, e vai querendo elucidar aquilo ali. Mano deve ser foda, mano. Deve ser.Quando a gente achou os vestígios de sangue da menina dentro do quarto e aí a gente fez o paralelo, o caminho do carro para o para o elevador, do elevador para a entrada do apartamento. E aí só no apartamento tem bastante sangue. E aí a gente começou a confrontar com os laudos do legista que ela tinha sofrido asfixia.Aí deduziu que ele vinha fazendo a asfixia da menina e estancando o sangue, porque no trajeto também não teve nenhuma gota de sangue. Não teve elevador, Nada.As manchas de sangue. Estava atrás do carro do motorista, que era onde ele estava, na cadeirinha do bebê. Do irmão menor. Ali, o caçula. e no banco do carro. E aí, depois dessas ruas, só vou aparecer do apartamento na entrada do apartamento. E a mancha de sangue que aparece no apartamento é de quem tá entrando. Não é uma gota, uma gota fixa.Mas depois que vocês deram a bater o martelo, aí que realmente foram eles, né, que eles chegaram a confessar, não lembro até hoje não confessaram.Até hoje não confessaram, inclusive. Tá, tá tendo aí uma defesa, Tá tentando acabar com isso, né? Tá querendo inocentar os dois agora, mesmo ele estando livres?Caraca.É isso que eu ia falar até hoje eu nunca ouvi ele falando aqui, não foi a gente mesmo que matou.Mas é meio contra, contra provas. Não tem, não tem. Não tem o que falar. A perícia comprovou por A mais B que realmente foram eles. Cara.É toda essa, esse esquema de interrogatório, de não assumir a culpa. Foi orquestrado pelo pai dele.Porque o pai dele era um advogado experiente, um advogado experiente.Tanto é que depois que eles foram presos, o pai dele mudou de profissão. O pai dele não advoga mais. Ele tem uma construtora aqui em Santana, na Zona Norte.E na época, tudo o que ele que ele queria, o pai dele tava junto, tava acompanhando, tava orientando sim. Então, por isso que eles tiveram essa. Tiveram orientação profissional sim. Caraca mano, que que que caso, porra!Quando eu soube da situação que a gente vai acompanhando e foi aquele, aquela coisa assim, nós da perícia ficamos muito restritos à imprensa, né? Tanto doutora Rosângela e a gente não dava informações do caso. Então a gente agiu muito no sigilo. Quando surgiu algo na mídia, tinha ali o delegado responsável que falava algo sobre o caso. Nós, da perícia, sempre agimos na constatação das provas.Só falaram mesmo quando tinham certeza do que estavam falando. Não ficou jogando fumaça, né? Sim, porque.Até porque não tinha o porque falar. Porque dependendo do que a gente falasse, o juiz poderia reverter para eles a situação.Podia beneficiar eles, né?Poderia beneficiar eles com a bagunça do apartamento. Ah, não, mas essa bagunça aqui tá característica de que realmente teve alguém dentro do apartamento em busca de algo. Não, não era a busca de algo. Era do convívio deles. Havia panelas com restos de comida embolorada. Havia absorventes íntimos jogados pelo chão. Havia fraldas de criança suja jogadas pelo chão.Era desleixo mesmo.Era desleixo mesmo. Era desleixo mesmo. E aí, no dia dos fatos, apenas uma fralda dentro de um balde com cândida.A fralda de pano e a.Fralda do pano. No apartamento todo bagunçado, área de serviço imunda. Aí tem uma fralda dentro de um pano, um balde com produto de limpeza.Por que essa casa tá toda zoneada, né, meu?Não tem. Não tinha explicação.E ali também tirou o sangue, né? Sim.Fizemos os testes e depois de laboratório, constatou que era da Isabele. Isabelle. E aí foi. E a gente só foi ajuntando provas, analisando para no momento decisivo falar se realmente foi o pai e a madrasta aqui.A perícia, no caso, ela foi primordial para condenar eles.Primordial. Tanto é que a gente solicitou. A Dra. Rosângela solicitou a roupa deles no dia do. Dos fatos, Ele veio entregar a roupa dele nove dias depois.Quem não deve não teme, né irmão?E aí, quando houve a solicitação da roupa e ele não entregou imediatamente, a gente pensou Meu, esse cara vai lavar a roupa. Ele vai dar sumiço na roupa, vai inventar qualquer coisa. E aí, quando veio a roupa, nós começamos a analisar a roupa. E havia ali a marca da tela, que é por onde ele jogou a menina. Na camiseta dele havia fluidos corporais tanto dele quanto da da menina, da.Da.Mulher. Então tudo ocorreu naquele dia.Caraca, mano, é um.Negócio assim muito, muito cabuloso e.Macabro.Eu falo macabro porque meu não tem como. Não tem.Como explicar.Né?E pior que isso, daí sai da cadeia. Você vai confiar nisso aí como nunca? Pessoa vai e faz um filho. Você fala Meu Deus! Eles estão juntos.Estão juntos.Estão juntos, estão.Juntos, saíram e eles estão juntos.Imagina final do ano, Natal chega os cadáveres.Se eles estão. Enquanto estava sendo escoltada, eles estavam rindo. Você acha que eles estão preocupado?Não. Mas imagina a família, a mãe, o pai.O pai é outro pilantra porque acoita o filho. Fazer um negócio desse. Se é meu filho, fala um negócio desse. Eu fico sabendo. Eu sou o primeiro a dar paulada nele. Fala não, Você vai lá e vai, Vai se entregar e vai falar que você fez essa bosta aí, caralho! Agora não. O pai dele ficou acobertando ele, cara. Porra, mano, era neto do cara, mano.E ele dava instruções de como agir, de como fazer, do que falar, do que não falar.Era neto do cara, mano, Não.Tem, não tem uma lógica.Não tem uma cabra. O que você falou é macabro mesmo, cara. A família inteira. Você é louco, mano?Sim.Então foi esse caso me marcou bastante por ter sido o meu primeiro caso ali e por ter todo esse contexto aí, né?E você, já foi? Ganhou uma experiência legal, né? Porque foi. É muita coisa para pensar, muita coisa para você analisar, né cara? Porra, legal, cara. Foi Aí a.Gente cria, né? Os e-mails. A Dra. Rosângela, sempre uma excelente professora. Eu aprendi muito com ela e ela sempre dando as dicas. O pega isso, vamos analisar, ver realmente qual que é a marca do lábio que tá aqui, qual que é a digital do lábio, Sabe ela dando dicas sensacionais?Cara, E é muito. São coisas assim. A perícia ela lida com pequenos detalhes, né cara?Micro detalhes.Saca? Porque às vezes você vê, você vê, Ó, eu acompanhava a perícia quando eu estava em alguma ocorrência que tinha, por exemplo, homicídio dentro de carro. Tudo meu. Os cara vinha e os caras ficavam no carro ali, horas e horas ali, analisando, né? E você via pô, caramba, que que tem? Analisa tanto? Às vezes um detalhe ali vai solucionar o crime, né, cara?Um risquinho que você achar diferente naquele local pode te trazer a resposta do que ocorreu.Teve algum caso?

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corpo dela, onde há marcas no punho, há marcas no quadril e no cóccix. De fraturas, de queda. A menina tinha um metro e dez. Como é que ela vai sofrer essas fraturas? São fraturas de lançamento.

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Então, essas fraturas que você detectou aí não foram dentro da queda dela, não foram.

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Da queda, Foram dentro do apartamento. Na hora que ele soltou ela no chão.

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Ela soltou Ele lançou ela, né?

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Porque o camarada de um metro e dez Pega uma menina de um e desculpa uns 70. Pega uma menina de um e dez e lança o chão, sendo sua filha.

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Maldito desgraçado!

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Puta que pariu!

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Que raiva, mano!

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Aí ela fica ali, encostada no no sofá. Começa a ter crises de vômito junto com a dor do sangramento e das fraturas que ela teve. Aí ele, num estado ali, diz que ele não diz até hoje que se passou da cabeça dele, Corta a grade da do quarto e lança a menina que pariu. É uma psicopatia muito doente.

[00:16:07]

Irmão. Nem animal faz isso. O animal como Um cachorro? Um gato. Ele. Ele mata o filhote ali. Aí o pessoal matou ele matou porque aquele filhote não ia vingar. Ele já sabia que não ia vingar, então ele ia lá. E tipo assim, acabava com o sofrimento do filhote, né? Agora fazer uma desgraça dessa, pelo amor de Deus para.

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Acobertar uma mulher, uma mulher?

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Cara, pelo amor de Deus cara e coisa.

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E quantos dias depois ficaram descobrindo que o manda prender? Que foram eles?

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Foram? Foi um mês, Foi um mês aí de muita busca, trabalho, muito trabalho e aquele trabalho incansável. Você não ter hora para sair, não tem hora para chegar e vamos para o prédio, Vamos, vamos para apartamento, vamos analisar a perícia, vamos fazer as reproduções. E aí foi a gente ficou ali trabalhando, fazendo, até chegar às vias de fato, até a gente conseguir falar. Se não foram eles, pode prender. Caraca, meu, foi um caso muito bizarro.

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E vocês, meu? Porque eu assim Eu não sou perita. Mas eu acho que quando quanto mais vai aparecendo assim situações, vocês vão mais se interessando pelo caso sim, e vai querendo elucidar aquilo ali. Mano deve ser foda, mano. Deve ser.

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Quando a gente achou os vestígios de sangue da menina dentro do quarto e aí a gente fez o paralelo, o caminho do carro para o para o elevador, do elevador para a entrada do apartamento. E aí só no apartamento tem bastante sangue. E aí a gente começou a confrontar com os laudos do legista que ela tinha sofrido asfixia.

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Aí deduziu que ele vinha fazendo a asfixia da menina e estancando o sangue, porque no trajeto também não teve nenhuma gota de sangue. Não teve elevador, Nada.

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As manchas de sangue. Estava atrás do carro do motorista, que era onde ele estava, na cadeirinha do bebê. Do irmão menor. Ali, o caçula. e no banco do carro. E aí, depois dessas ruas, só vou aparecer do apartamento na entrada do apartamento. E a mancha de sangue que aparece no apartamento é de quem tá entrando. Não é uma gota, uma gota fixa.

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Mas depois que vocês deram a bater o martelo, aí que realmente foram eles, né, que eles chegaram a confessar, não lembro até hoje não confessaram.

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Até hoje não confessaram, inclusive. Tá, tá tendo aí uma defesa, Tá tentando acabar com isso, né? Tá querendo inocentar os dois agora, mesmo ele estando livres?

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Caraca.

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É isso que eu ia falar até hoje eu nunca ouvi ele falando aqui, não foi a gente mesmo que matou.

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Mas é meio contra, contra provas. Não tem, não tem. Não tem o que falar. A perícia comprovou por A mais B que realmente foram eles. Cara.

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É toda essa, esse esquema de interrogatório, de não assumir a culpa. Foi orquestrado pelo pai dele.

[00:19:18]

Porque o pai dele era um advogado experiente, um advogado experiente.

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Tanto é que depois que eles foram presos, o pai dele mudou de profissão. O pai dele não advoga mais. Ele tem uma construtora aqui em Santana, na Zona Norte.

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E na época, tudo o que ele que ele queria, o pai dele tava junto, tava acompanhando, tava orientando sim. Então, por isso que eles tiveram essa. Tiveram orientação profissional sim. Caraca mano, que que que caso, porra!

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Quando eu soube da situação que a gente vai acompanhando e foi aquele, aquela coisa assim, nós da perícia ficamos muito restritos à imprensa, né? Tanto doutora Rosângela e a gente não dava informações do caso. Então a gente agiu muito no sigilo. Quando surgiu algo na mídia, tinha ali o delegado responsável que falava algo sobre o caso. Nós, da perícia, sempre agimos na constatação das provas.

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Só falaram mesmo quando tinham certeza do que estavam falando. Não ficou jogando fumaça, né? Sim, porque.

[00:20:29]

Até porque não tinha o porque falar. Porque dependendo do que a gente falasse, o juiz poderia reverter para eles a situação.

[00:20:42]

Podia beneficiar eles, né?

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Poderia beneficiar eles com a bagunça do apartamento. Ah, não, mas essa bagunça aqui tá característica de que realmente teve alguém dentro do apartamento em busca de algo. Não, não era a busca de algo. Era do convívio deles. Havia panelas com restos de comida embolorada. Havia absorventes íntimos jogados pelo chão. Havia fraldas de criança suja jogadas pelo chão.

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Era desleixo mesmo.

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Era desleixo mesmo. Era desleixo mesmo. E aí, no dia dos fatos, apenas uma fralda dentro de um balde com cândida.

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A fralda de pano e a.

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Fralda do pano. No apartamento todo bagunçado, área de serviço imunda. Aí tem uma fralda dentro de um pano, um balde com produto de limpeza.

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Por que essa casa tá toda zoneada, né, meu?

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Não tem. Não tinha explicação.

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E ali também tirou o sangue, né? Sim.

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Fizemos os testes e depois de laboratório, constatou que era da Isabele. Isabelle. E aí foi. E a gente só foi ajuntando provas, analisando para no momento decisivo falar se realmente foi o pai e a madrasta aqui.

[00:21:59]

A perícia, no caso, ela foi primordial para condenar eles.

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Primordial. Tanto é que a gente solicitou. A Dra. Rosângela solicitou a roupa deles no dia do. Dos fatos, Ele veio entregar a roupa dele nove dias depois.

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Quem não deve não teme, né irmão?

[00:22:20]

E aí, quando houve a solicitação da roupa e ele não entregou imediatamente, a gente pensou Meu, esse cara vai lavar a roupa. Ele vai dar sumiço na roupa, vai inventar qualquer coisa. E aí, quando veio a roupa, nós começamos a analisar a roupa. E havia ali a marca da tela, que é por onde ele jogou a menina. Na camiseta dele havia fluidos corporais tanto dele quanto da da menina, da.

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Da.

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Mulher. Então tudo ocorreu naquele dia.

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Caraca, mano, é um.

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Negócio assim muito, muito cabuloso e.

[00:23:03]

Macabro.

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Eu falo macabro porque meu não tem como. Não tem.

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Como explicar.

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Né?

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E pior que isso, daí sai da cadeia. Você vai confiar nisso aí como nunca? Pessoa vai e faz um filho. Você fala Meu Deus! Eles estão juntos.

[00:23:17]

Estão juntos.

[00:23:18]

Estão juntos, estão.

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Juntos, saíram e eles estão juntos.

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Imagina final do ano, Natal chega os cadáveres.

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Se eles estão. Enquanto estava sendo escoltada, eles estavam rindo. Você acha que eles estão preocupado?

[00:23:29]

Não. Mas imagina a família, a mãe, o pai.

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O pai é outro pilantra porque acoita o filho. Fazer um negócio desse. Se é meu filho, fala um negócio desse. Eu fico sabendo. Eu sou o primeiro a dar paulada nele. Fala não, Você vai lá e vai, Vai se entregar e vai falar que você fez essa bosta aí, caralho! Agora não. O pai dele ficou acobertando ele, cara. Porra, mano, era neto do cara, mano.

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E ele dava instruções de como agir, de como fazer, do que falar, do que não falar.

[00:24:01]

Era neto do cara, mano, Não.

[00:24:02]

Tem, não tem uma lógica.

[00:24:04]

Não tem uma cabra. O que você falou é macabro mesmo, cara. A família inteira. Você é louco, mano?

[00:24:09]

Sim.

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Então foi esse caso me marcou bastante por ter sido o meu primeiro caso ali e por ter todo esse contexto aí, né?

[00:24:19]

E você, já foi? Ganhou uma experiência legal, né? Porque foi. É muita coisa para pensar, muita coisa para você analisar, né cara? Porra, legal, cara. Foi Aí a.

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Gente cria, né? Os e-mails. A Dra. Rosângela, sempre uma excelente professora. Eu aprendi muito com ela e ela sempre dando as dicas. O pega isso, vamos analisar, ver realmente qual que é a marca do lábio que tá aqui, qual que é a digital do lábio, Sabe ela dando dicas sensacionais?

[00:24:51]

Cara, E é muito. São coisas assim. A perícia ela lida com pequenos detalhes, né cara?

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Micro detalhes.

[00:24:58]

Saca? Porque às vezes você vê, você vê, Ó, eu acompanhava a perícia quando eu estava em alguma ocorrência que tinha, por exemplo, homicídio dentro de carro. Tudo meu. Os cara vinha e os caras ficavam no carro ali, horas e horas ali, analisando, né? E você via pô, caramba, que que tem? Analisa tanto? Às vezes um detalhe ali vai solucionar o crime, né, cara?

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Um risquinho que você achar diferente naquele local pode te trazer a resposta do que ocorreu.

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Teve algum caso?