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Felipe mandou super gente. Falou assim fala pro Sancho falar dessa estatua de unicórnio que ele fez na sobrancelha. Abraço a todos. Aí falou o nome dele Felipe. Foi uma.

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Homenagem. Deixa eu ficar quieto cara. Só não vou te ofender, porque se eu te ofender, minha mulher vai me bater em casa. Mas foi homenagem a senhora, Sua cara, O que você tem contra o filho? Fez micropigmentação de sobrancelha? Ficou mano? Agora eu tô com olho de gato. Alias, de gato, você vai se tornar o meu gato. Cara, só por que.

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Achei que ele foi esquisito. Eu achei uma coisa meio esquisita.

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Não, não, não. Deixo aqui com o brasão da Costa. Tinha mandado.

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Os peixes de uma pergunta.

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E não, ele falou se você já teve. Se você já foi, teve ou sofreu, eh um tipo de preconceito por causa das tatuagens. Sim.

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Porque assim seja. Eu não sei aqui a realidade do Estado de São Paulo. Quando eu entrei no Paraná, eu fiz o concurso em 2009 e aí, antes de assumir, você vai pra exame físico e tal e aí é questionado você tinha tatuagem? Já tinha fora do que era recomendado, né? O terço distal do braço. Então, se eu poderia ter tatuagem até onde a camiseta esconde eu já tinha fechava o bíceps, já tinha algumas tatuagens, mas nenhuma delas com os motivos que eram proibidos, né? É apologia ao crime, incitação ao ódio? Sim, e símbolos. Então, quando eu entrei, os caras olharam assim pra ver se tatuar já pá, pá pá, beleza. Mas passei na avaliação. Depois eu continuei me tatuando. Então assim eu entrei, fiz escola, 2010, 2011, eu fechei o braço, braço esquerdo. Eu tinha um tribal, mas tá tudo bem. Então, por isso que hoje eu meti um black, porque agora eu sou nessa nova modalidade, agora eu sou cotista, eu sou meio negão, cara.

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Então você já pode.

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Processar, velho, você entendeu, né?

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Já pode repetir aí, né, meu cotista? Sou negro.

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Cotista. Mas aí o que acontece? Quando eu entrei, então, 2011, eu fechei o braço esquerdo. E aí, cara, eu já fechei o braço direito. Então, cara, finalzinho de 2011 eu tava com os dois braços fechado no Paraná. Eu não lembro de nenhum policial, isso no ano de 2011. Daí, cara, já tatuei a mão, fui tatua no pescoço. Então, um cara em 2015 já tava com a cabeça tatuar o pescoço fechado, os braços, tudo fechado. Quase dez anos atrás e aí sim, teve várias situações de você passar por mim e não só oficiais mais graduados e até os mesmos praças mais velhos, ou a galera que já tinha uma outra mentalidade. O cara olhar pra você com ar de repreensão, de desaprovação dele, olhar sem ele falar. Não, cara, não gosto de tatuagem, né? O velho também não gosta de tatuagem.

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Quem quer assim?

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Não, não, não. Eu não tenho nada com o.

[00:03:06]

Que.

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Eu falo. Eu falo assim, eu falo assim. Você acha que eu ia.

[00:03:10]

Falar que quando.

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Eu entrei na PM, quando eu ia ter tatuagem? Nenhuma, zero tatuagem.

[00:03:17]

Falar que é.

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Tatuagem? Não. Mas eu troquei ideia com o Coutinho aqui. Eu falei pra ele, falou o Coutinho. Mas só que as coisas evoluem, cara. Sim, mas evoluem. A gente tem que passar do tempo, a gente tem que evoluir isso. Daí a gente chega.

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A época, quando você via o policial tatuado que vinha para cá, não ia.

[00:03:35]

Curtir.

[00:03:36]

Não, não.

[00:03:37]

Chegava.

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Xingando. Quando eu a nove anos atrás ainda não.

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Saiu lá em 2001.

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Mas aí o que que eu sempre, O que eu sempre tive porque assim cara, o meu pai vai fazer quatro anos, vão fazer quatro anos que ele morreu e ele morreu com 93 anos. E ele me olhava. Ele falava assim Por que você está fazendo isso? Isso é uma coisa. Tão quando na vida que eu vou ficar assim, é porque você tem que me aceitar. Você também, mano, Eu fiz porque eu quis. É o meu direito, Mas se tu não gosta, eu tenho que entender isso. Então, quando o pessoal me olhava com esse tom, eu falo Desculpa, eu entendo o senhor em respeito. Desculpa se a minha imagem lhe é ofensiva, mas eu gosto de tatuagem. Eu não vou parar de me tatuar.

[00:04:21]

Já era, não ele.

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Aí depois a galera começou a ver que porra tipo, o cara é todo alterado, mas o cara não dá alteração. O cara é todo aloprado, mas ele nunca faltou com respeito, não tem uma parte como o cara.

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Exatamente.

[00:04:35]

Diz respeito a superior hierárquico. Pô, o cara é um dos caras que senta certinho, porque assim, embora eu tenho esse jeitão, quero sua.

[00:04:43]

Imagem de.

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Parceiro meu, de olhar pro cara assim, falou olha o lixo que trata o teu coturno, O cara vai engrossar a farda, então sempre eu cobrei isso. Viatura pega a viatura, dá aquele trato, passa um pretinho, deixa marca limpa. Então eu sempre fui embora, Eu tenho esse meu jeito, mas como profissional eu Pô, eu sou bem exigente, eu tenho uma autocrítica muito grande, Mas em relação à tatuagem, eu sempre entendi isso. Eu fiz porque eu quis. Se ele não gosta, eu tenho que entender, eu tenho que respeitar e todo o direito que ele tem. Ele não tem que aceitar as minhas tatuagens, porque eu acho que ele tem que aceitar. Então, sim, se eu sofrer preconceito sim, mas falar assim ai porque os caras me perseguiam? Porque mentira nesse quesito não, nunca passei por nada disso dentro.

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Eu penso assim o é que nem os caras falar o por isso que tem cara que trabalhou 30 anos e nunca veio. Conheço muito o cara que foi excelente policial e ele não teve nenhuma resistência na carreira dele. Entendendo isso daí, não vai dizer se o polícia é bom ou se o policial é ruim. As vezes ele não teve oportunidade ou às vezes a oportunidade que ele teve ele não soube aproveitar. Mas aí é de cada um, entendeu? A minha mulher é paisana. Sabe o que ela falou pra mim? Um dia nós comentando sobre isso. Aí ela falou assim ó. Ela falou Mas a culpa não é da polícia, a culpa é de quem deixou ele se ele se tatuar. Porque se tiver uma regra na PM que não pode, você não ia, ou você não estaria na PM, ou você não ia fazer a tatuagem. A partir do momento que abriu.

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Abriu a Não. mão, mas.

[00:06:18]

Agora há evolução. Uma coisa que logo, logo vai ter. Valorizar a barba? Sim, Não vai demorar? Sim. Não vai demorar.

[00:06:24]

É uma bobeira de bobeira. A próxima é a barba.

[00:06:30]

Na verdade, assim, isso aí eu já.

[00:06:31]

Tô autorizando a trocar o nome, né?

[00:06:33]

Na realidade, a realidade é a realidade que quem criou essas regras aí criou para a época, né? Pra época não era assim. E agora a gente tem um exemplo claro, que é a parte da opção. Exatamente. A gente hoje não dá para você fala que é inegável em todos os quartéis. Aí você vai encontrar gente homossexual.

[00:06:54]

E.

[00:06:54]

Acabou e tá tudo certo. Agora, o que a gente tem que aceitar, O que a gente tem que aceitar é.

[00:06:58]

O seu irmão.

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É isso aqui que ele falou, é o profissionalismo. Exatamente aí você julgar o cara pelo profissional que ele é, né? O fardamento, a educação, a postura e isso é isso aí que define o profissional, não é a imagem dele. Ai que é o que ele falou, ele gosta, você não gosta, o outro gosta. Tá tudo certo.

[00:07:20]

Dois pontos Primeiro, pelo menos no Paraná. A justificativa que me era colocada que o fato de eu ser tatuado facilitaria a identificação de qualquer grupo em retaliação a qualquer atividade minha. Bicho, tu não tem nenhuma tatuagem. Quantas pessoas conseguem identificar de longe, de longe, de rede social? Então, isso hoje já não.

[00:07:43]

Vinga, Já caiu.

[00:07:44]

Por terra, não tem? Caiu por segundo. Quando você vai atender uma ocorrência? Você acha que a população tem algum preconceito pelo fato de eu ser tatuado indo atender ocorrência dela? Não, não, não, não, não. Você é muito tatuado. Não quero você até no meu carro.

[00:07:57]

Só os mais antigos, né? Igual ao seu pai tinha os mais velhos. Eles vão ter os irmãos mais novos, não pra.

[00:08:03]

Um diálogo, pode ser mais pra atender ocorrência, roubar o meu carro.

[00:08:08]

Você entendeu do que eu duvido?

[00:08:10]

Não. Então, nunca houve isso.

[00:08:11]

O que que eles querem saber? Cara, eu chego ali. Acabaram de roubar. Levaram ela dentro. Eu chego e eu sou a porra do técnico de segurança pública. Eu sou o profissional, meu irmão. Calma, eu preciso que você me passe qualquer placa do teu carro. Então eu, embora tenha toda essa aparência, eu consigo acalmar ele. E aí eu consigo extrair dele toda a informação pra passar pra tua equipe, lograr êxito na abordagem aquele carro e salvar a mulher dele. Você acha que ele vai achar ruim, seja eu que esteja dando atendimento ao.