POLICIAL SE EMOCIONA E CHORA AO VIVO AO LEMBRAR DO SEU IRMÃO POLICIAL QUE MAT4RAM NA COVARDIA
Danilo Snider- 344 views
- 27 Apr 2024
Sejam bem vindos ao maior podcast policial do Brasil com histórias incríveis dos nossos heróis que combatem o crime todos os ...
O cabalzinho, cara, cinco tiros.
Cinco tiros, é que era seis menos dois. Nem podía nem colocar seis.
Nem poderia nem por seis. Então, está certo, é isso aí mesmo. E você teve alguma ocorrência que te marcou muito na sua carreira, cara? Geralmente quando a gente tem esse tipo de ocorrência, envolve criança, envolve idoso? Você teve alguma que marcou, que você fala: Porra, mano...
? Cara, eu posso falar para você assim, não, de verdade. Uma coisa que marcou Opa, a Fabiana está aqui, é foda, cara.
Quando a gente fala marcou, a gente já vê que a pessoa se emociona, porque eu tenho ocurrências que... Calma, respira.
Cara, a pior notícia da minha vida, cara. Por exemplo, minha mãe já não está mais nesse plano com a gente. Mas ela, doente... Não é que você aceita, cara, você... Ninguém aceita. Não aceita, a ferida está ali. Eu saí de trampo 6 horas da manhã, trabalhava 8:40.
Desculpa, cara. Não, irmão, fica em paz, cara. Se você não quiser O cara também fica a seu critério, cara.
Ele merece. Aí fui embora, cara, não tinha a época do celular ainda. Aí quando conseguir fazer contato comigo, já era tipo umas 11 horas da manhã, a gente saiu 6 horas da manhã, cara. Dias antes, o Marcelo, o cara, ele fazia uma escolta da... Pega papel para mim no banheiro, por favor, B. Ele Ele fazia a escolta do Extra e na Ibebo Ibiri- Pode vir, pode vir. Tinha uma subida, uma subida e o trânsito deu uma paradinha. Ele contou a história para mim, cara. Tinha caminhão... O caminhão de bebida, acho que da Coca-Cola, eu não lembro o que ele me falou. O Mala na moto, o Garupa foi e catou fardo de Coca, para você ver como que a gente vale tão pouco. Catou fardo de Coca, colocou entre os dois. Aí ele, do caminhãozinho da entrega do extra, que eles faziam entrega do extra do Guarapiranga, ele fez o cara devolver. Enquadrou o Malu sem descer.
O devolve lá.
Fez o cara devolver. O Malu falou para ele assim: A gente vai te pegar. Ameaçou ele. Ameaçou. Aí, passado uns dias, E algumas vezes eu fui com ele nesse bravo. Só que a gente ia com o carrinho dele, ele tinha escorte, na época, gol bolinha branca, eu não lembro. A gente ia com ele, o cara era meu irmão, cara. Foi uma perda de família. E eu ia com ele na escola. Às vezes, o irmão dele também, que é falecido hoje por acidente de caminhão. No segundo dia que eu parei de ir com ele, os malafões fizeram ele. Porra, mano.
Zeraram ele?
Lá no Jardim Anja.
E era seu parceirão?
Parceiro, irmão, cara. Se a mãe dele estiver assistindo, ela fala que ela é minha mãe branca. A minha esposa aqui do lado, ela confirma isso. Vocês me desculpa, O cara é de verdade.
Não, irmão, fique em paz, meu irmão. Fiquem em paz.
Não estou fazendo cena, não, cara. É porque...
Não, quando...
Foi dia 28 de dezembro de 1999, cara, esse ocorrido com ele aí.
Foi Quando a gente cria na viatura, quando a gente trabalha muito tempo com o cara, a gente cria laço de amizade que é uma imandade, é uma Irmandade muito grande.
Não, ele era de frequentar minha casa, eu frequentar a casa dele, tratar bem minha mãe. A mãe dele, ela viu eu falando com ele, vindo para cá, do Narlete. Ela: Ah, estou com uma saudade de você, meu filho, não sei o quê, papá, você sumiu. Era na correria, cara. Essa foi...
E mataram ele na covardia.
Na covardia, cara. E detalhe, cara, eu não tenho por que também mentir. Ele estava, numa época dessa, ele estava numa situação que ele estava precisando de uma grana e ele tinha budoguinho, acho que era três ou dois os pequenininho, sabe?
2 polegadas, é?
Ele pegou, vendeu para gerente que eu tive uma loja do Extra. E eu tenho 4 polegada, bonitão, minha arma é bonita, é 9,38. Não, é S,4, não lembro. 9,38 é pistola. E E ele estava sem arma e ele estava sem carga na meganha, aí eu peguei e dei o meu 4 polegadas para ele. Falei: Você não vai ficar desarmado, não. Dei minha arma para ele. Irregular, cara.
Eu já fiz isso muitas vezes, irmão.
Dei a minha arma para ele. Meu, o negócio era para acontecer de reto tão certo que ele tinha feito negócio para vender arma para cara, a arma tudo regularizadinha. Ele disse, nesse inteirinho, nessa semana, tipo, o bagulho de uma semana, ele foi e desfez o negócio. Ele falou assim: Vamos comigo no extra da Guarapiranga do Shop Fiesta, lá na zona Sul, pega meu carro, você vai lá em Cotia buscar essa arma minha que eu vou desfazer o negócio com o cara. Ele desfez, eu levei a arma para ele, entreguei o budoguinho dele, aí peguei meu oitão com ele. Imagina se ele morresse com meu oitão.
Daí ia complicar para você.
Você entendeu? Deu tudo certo nesse sentido. Mas falar para você, cara, na PM eu diria que foi dos melhores momentos que eu passei, mas tem também que é difícil. É difícil, tem uma outra situação. Vocês me permitem que eu conto e eu falo também.
Não, irmão, fica à vontade aí.
João, se você estiver vendo aí, cara, tu na Arlet, cara, vocês são muito importante O que é isso para mim, cara? Eu amei, amei não, amo o pai de vocês, cara. A gente era mano, irmão, pau para toda obra. Situação foda, cara. Se você já deve ter passado por algumas, É você avisar para familiar de policial que ele faleceu. No caso, aí já mudou, não é do Marcelo, não. Pelotão de Força Tática, na madrugada, no Capão Redondo, o pessoal sempre ia no posto de gasolina, aquele esquema lá que você comentando ali. E... Eu não vou falar o nome do mais. Ele ia embora na Irton Senna com a motinha 125. Eu contei essa história vindo para cá, para a Fabiana. Ele O Ayrton Senna... O que o Câmera constatou lá? Uma carreta deu uma desequilibrada nele, aí passou por cima dele, aí veio outras carreta passando por cima e Ayrton Senna era a 110, 120. As carreta, aqueles caminhões homens daquele jeito. Resumindo, o que sobrou dele inteiro foi o pé. Nossa. Foi o pé. O Mike da rodoviária falava que era como se tivesse tirado com... Uma espátula. Com a barrendo e colocando. Aí, o capitão Rogério, a gente foi lá dar a notícia para a mãe.
E o que é mais foda, não é nem você dar a notícia, Castro. É a mãe falar que quer ver o corpo da minha.
Pelo amor de Deus, nossa senhora.
Então, eu falei para ela que ela nem sabia dessa história aqui. É a mãe querendo ver o corpo, cara. E a única coisa que ficou inteiro dele, algum membro, foi só pé. O resto ficou tudo esmagado. Não, tudo esmagado, cara. E foda. A gente foi lá, participamos de tudo que tinha que participar, do velório, mas falar para você, duas situações, jegue. Jegue que eu passei, e essa situação do Marcelo que eu não absorvi até hoje. Às vezes o pessoal fala: Você tem trauma, que não sei o quê, papapá. Cara, a gente é cheio de feridas, cara.
Não é, pô.
A gente tem várias vidas.
E quando a gente perde irmão assim, porque a gente tem como irmão, não é? Pede irmão, pede parceiro, a gente fica... Até hoje, eu sinto a foto, eu tive amigo meu precioso, olha o nome dele, Edson Perpétuo Precioso, nunca esqueço. 87 milhão fez escola de soldado comigo e vagabundo do outro polícia matou ele. O outro polícia matou ele. Vagabundo. Vagabundo, por causa de treta de dinheiro, cara. Fui lá e matou ele no Bico, entendeu? Bico não, o police estava no Bico e matou ele de serviço, cara.Castro.
Hoje, muito menos, cara. Mas tinha uma época, tinha muito papamala também, cara.
Tinha, muito.