Transcribe your podcast
[00:00:00]

Eu te brincadei, acho que juntou uns 30, 40 táxis lá na Delegacia. Meus, os taxistas escultaram a gente até a rota. Não tem... Aquele cortejo. Não tem dinheiro que pague negócio desse. Aí chegamos lá na rota, os taxistas tudo entraram, quiseram, subiram lá no comando para para benizar a gente. Isso é uma coisa bem marcante, porque daí aconteceu. A gente recebeu a Laura de mérito pessoal, não era comum isso aí, mas a gente foi receber lá no comandante geral, porque deu uma repercussão muito grande, nos jornais de taxista, Rota Salva, filho de taxista, taxista que... E marcou bastante, uma ocorrência bem bonita. Fomos condecorados com Laura lá no comando geral, o pelotão inteiro que a gente expôr dessa operação. Foi uma operação que marcou bastante a gente ali na rota.

[00:00:50]

Deixa eu ver, uma ocorrência de rota, ocorrência de resgate, tudo, eles pegaram o 4 caras em pé. O que eu sempre finto, te fala que o vagabundo, ele escolhe do jeito que ele quer ir. Sempre. Se ele quiser trocar tiro, ele vai receber.

[00:01:04]

Esse negócio de letalidade é palhaçada que a gente escuta. Não é a gente que define o destino, quem define o destino do ladrão, é o ladrão. Exatamente. A partir do momento que ele largou a arma, ele está preso. A partir do momento que ele continua com a arma na mão, a gente entende o que ele quer. Exatamente. É simples assim.

[00:01:21]

Para bater de frente com esses mimizentos, esses bandos de macuilho que se diz, especialista em segurança, fala: Não, que O cara não vai para a polícia chega para matar, aí de cheiro para prender, a princípio. Se o cara resistiu, o cara tentou contravida do policial, tentou contravida da vítima, ele vai sofrer as consequências.

[00:01:40]

A nossa função é ajudar as pessoas, salvar vida, prender o vagabundo. Então, muito longe disso. A maior parte de ocorrências nossas são de pessoas presas, aí sobra uma porcentagemzinha, são desses que resolveram encarar a lei.

[00:01:58]

Quando resolvem encarar, E aí já era.

[00:02:00]

Quem tem que sair perdendo é o outro lado, não o nosso.

[00:02:03]

Aproveitando que vocês estão falando disso daí, do jeito que o ladrão escolhe, vamos comentar o que sai na mídia, está saindo na mídia, acho que foi o quê? Foi uma entrevista que você deu, até o Castrão pode ajudar nessa daí, do cara que é abordado na comunidade, do cara que é abordado vai em Alphaville, que tem diferença.

[00:02:26]

Eu vou explicar para o se você vai entender, fica bem claro. A Polícia tem procedimento operacional padrão. Toda abordagem nossa existe protocolo para abordar. Se você vai abordar uma pessoa, tem procedimento. Se tem duas pessoas para você abordar, tem outro procedimento. Se você está em quatro policiais, tem procedimento. Se você está em dois na viatura, é procedimento. A Polícia cria procedimentos justamente para prevenir... Para cada situação. Para cada situação, para prevenir que não saia nada de errado. E sempre com o objetivo do quê? De você conseguir revistar aquela pessoa e ver se ela está armada ou desarmada, saber quem que é aquela pessoa. E para você fazer isso, você precisa saber falar, às vezes gesticular, tudo para facilitar que a gente consiga fazer essa abordagem. E existe protocolo. Se eu vou abordar na selva, no meio do mato, na mata, tem protocolo. Se eu for abordar a pessoa na praia, tem protocolo. Se eu na cidade cheio de prédio, tem protocolo. E se eu estou numa comunidade, existe protocolo. Quando eu dei essa entrevista, foi explicando exatamente isso. Para cada local existe uma situação. E eu peguei dois extremos e a pessoa já A imprensa toda veio para cima da gente falando que a gente trata diferente quem mora em periferia, quem mora em jardins, e foi longe disso, mais longe disso.

[00:03:56]

A gente quis dizer que existem protocolos para se abordar as pessoas. E, inclusive, a gente fala em figura de linguagem a forma como você vai falar. Eu vou contar o contrário, contrário para entender. Isso aconteceu em Mojiguaçu. Comandei lá a região de Mojiguaçu. Um rapaizinho, ladrão, foi assaltar casalzinho de namorado que estava na praça, foi levar o celular. Ladrão chegou, falou assim: Perdeu, perdeu, perdeu, passo radinho. O moleque era moleque de apartamento, como a gente usa na gira aí. E ele não entendeu nada. Ele ficou procurando no chão e o cara falou: Perdeu, perdeu, perdeu, passo Radinho, passo radinho, passo radinho. E ele ficou assim procurando no chão, radinho, não entendeu nada. Esse criminoso deu tiro no moleque, matou o moleque na frente da menina e levou o celular. Esse perdeu, passo radinho é uma gíria que o criminoso usou, estou colocando invertido, ele usou uma gíria que não facilitou ele para abordar a pessoa de bem. Qual era a finalidade dele? A ideia dele era só pegar, roubar o celular dele. Só que ele usou uma gíria, ele usou uma figura de linguagem que aquela pessoa não conseguiu entender e dificultou para ele e ele teve que matar aquela pessoa lá.

[00:05:25]

E na polícia, a gente usa também figura de linguagem. Se você vai, às vezes, em local, você vai usar uma gíria, vai usar uma forma de falar com a pessoa que ela entenda o que você quer. Porque qual é o objetivo? Facilitar a abordagem. A gente usa de figuras de linguagem para facilitar a abordagem, que é o quê? Simplesmente, você identificar a pessoa. E a imprensa detrupou tudo, falou que, na verdade, eu trato diferente de lado e do outro, e longe disso, não tem nada.

[00:05:55]

O que eles quiseram dizer é que na comunidade, chega batendo e alfavilha, e não, mano, é a mídia podre? É isso que eles quiseram dizer.

[00:06:01]

É a mídia podre, sendo mídia podre.

[00:06:02]

Eu posso dizer, por mim mesmo, eu já tomei enquadro na quebrada e já tomei enquadro lá para o centro, lá. E foi o mesmo enquadro.

[00:06:13]

É o mesmo padrão. É o mesmo padrão.

[00:06:15]

O meu padrão, o cara: Irmão, irmão, nada. Cidadão, desce do carro, mão na cabeça. Isso na quebrada que eu digo aqui, zona leste e tal. Mão na cabeça, Mão na cabeça, opa, tem passagem, está com arma dentro do carro, não, não O documento do carro está atrasado, toma aí, você vai se lascar. Centro, a mesma coisa. Cidadão, desce do carro, mão na cabeça, a mesma coisa. O problema não é o enquadro, o problema é a pessoa que está levando enquadro.

[00:06:43]

Você já abordou uma pessoa e falou assim: Você tem passagem, o cara puxa passagem de ônibus?

[00:06:47]

Já, antigamente tinha muito isso daí.

[00:06:49]

Outra dificuldade- É até a forma. Você vê, às vezes você pega uma pessoa tão simples que não tem esse lado criminal e ela vai pegar a passagem de ônibus. E o que você está querendo saber se ela tem passagem criminal.

[00:07:02]

Tem uma dificuldade que a gente tem no local simples, você fala para o cara: Põe a mão na cabeça, entrelaça os dedos. O cara não sabe o que é entrelaçar os dedos. Exatamente. Aí ele fica assim. Aí você fala para ele: Não, só põe a mão na cabeça. Deixa a mão onde eu possa ver. Você vê que a pessoa não entendeu.

[00:07:17]

Você não viu o vídeo esse dia? O cara está dentro do carro e fala assim, o cara está de bicicleta. O cara fala: Vai, para a mão na cabeça. O cara larga a mão do guidão, vai botar a mão na cabeça e cai. Você viu? Ele cai no O que é que eu mato? Então é mais ou menos isso que você quis dizer.

[00:07:33]

É, exatamente. É foda, a mídia pega- Mas a mídia, o que acontece? Isso aí saiu tudo porque a gente é candidato a vice-prefeito. E não tem nada para falar de mim. Não tem nada, eu não sou desonesto, não sou ladrão, não tem nada. Então, vamos pegar esse trechinho aqui. Vocês podem ver, não tem mais, o que eles falam de mim? Tem nada. Eles pegaram esse trechinho, mas ele trata diferente do outro.

[00:07:55]

Ninguém vai falar com o senhor, fez uma limpa lá na Céagésio. Exatamente. O senhor acabou com a corrupção da Céagésio.

[00:08:01]

Agora, pega monte.